Agentes infecciosos no coração de pacientes com cardiomiopatia dilatada idiopática: possível relação com rejeição pós-transplante cardíaco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-03072019-144653/ |
Resumo: | A cardiomiopatia dilatada (CMD) é caracterizada pela dilatação progressiva com redução da função contráctil do ventrículo esquerdo ou de ambos os ventrículos, podendo ser de origem viral e/ou imune, genética ou idiopática. Devido às inúmeras variáveis envolvidas na patogênese da CMD, atualmente não existe uma opção terapêutica definitiva para seu tratamento, sendo o transplante cardíaco o tratamento de escolha para a insuficiência cardíaca refratária. Trabalho anterior aventou a hipótese de simbiose entre microrganismos interferindo na resposta imune no tecido miocárdico. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar se a presença de antígenos ou DNA de agentes infecciosos associados à inflamação em corações explantados de pacientes com CMD Idiopática está relacionada com o desenvolvimento de rejeição moderada/grave no coração do doador após o transplante cardíaco. Foram estudadas amostras de miocárdio de pacientes transplantados por CMD Idiopática, agrupadas em: RMP (N = 6), rejeição moderada persistente, RM (n = 7) rejeição resolvida após pulsoterapia e SR (n = 5) sem rejeição. A inflamação foi quantificada por imunohistoquímica e os agentes infecciosos por imunohistoquímica, biologia molecular, hibridação in situ e microscopia eletrônica de transmissão. Houve maior número de macrófagos no grupo RMP, e mais células B e maior expressão de HLA classe II no grupo SR. A imunohistoquímica mostrou maior quantidade de M. pneumoniae e de HBC nos grupos RMP e RM. O grupo SR mostrou correlação positiva entre quantidade de gene Bb e antígeno de enterovírus. A biologia molecular demonstrou a presença dos genes M. pneumoniae, Borrelia burgdorferi, HHV6 e PVB19 em todos os grupos de estudo. A microscopia eletrônica revelou a presença de estruturas compatíveis com microrganismos que apresentam características de micoplasma, borrelia, enterovírus, HHV6 e parvovírus. Agentes infecciosos podem ser o fator causal e/ou perpetuador da lesão miocárdica em pacientes com CMD idiopática, uma vez que esses achados iniciais sugerem que a presença de microrganismos em simbiose no miocárdio está associada com pior prognóstico pós-transplante |
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Agentes infecciosos no coração de pacientes com cardiomiopatia dilatada idiopática: possível relação com rejeição pós-transplante cardíacoInfectious agents in heart of patients with idiopathic dilated cardiomyopathy: potential relation with rejection of cardiac transplantationAgentes infecciososCardiomiopatia dilatadaDilated cardiomyopathyHeart transplantationInfection agentsInflamaçãoInflammationPost-transplant rejectionRejeição pós-transplanteTransplante de coraçãoA cardiomiopatia dilatada (CMD) é caracterizada pela dilatação progressiva com redução da função contráctil do ventrículo esquerdo ou de ambos os ventrículos, podendo ser de origem viral e/ou imune, genética ou idiopática. Devido às inúmeras variáveis envolvidas na patogênese da CMD, atualmente não existe uma opção terapêutica definitiva para seu tratamento, sendo o transplante cardíaco o tratamento de escolha para a insuficiência cardíaca refratária. Trabalho anterior aventou a hipótese de simbiose entre microrganismos interferindo na resposta imune no tecido miocárdico. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar se a presença de antígenos ou DNA de agentes infecciosos associados à inflamação em corações explantados de pacientes com CMD Idiopática está relacionada com o desenvolvimento de rejeição moderada/grave no coração do doador após o transplante cardíaco. Foram estudadas amostras de miocárdio de pacientes transplantados por CMD Idiopática, agrupadas em: RMP (N = 6), rejeição moderada persistente, RM (n = 7) rejeição resolvida após pulsoterapia e SR (n = 5) sem rejeição. A inflamação foi quantificada por imunohistoquímica e os agentes infecciosos por imunohistoquímica, biologia molecular, hibridação in situ e microscopia eletrônica de transmissão. Houve maior número de macrófagos no grupo RMP, e mais células B e maior expressão de HLA classe II no grupo SR. A imunohistoquímica mostrou maior quantidade de M. pneumoniae e de HBC nos grupos RMP e RM. O grupo SR mostrou correlação positiva entre quantidade de gene Bb e antígeno de enterovírus. A biologia molecular demonstrou a presença dos genes M. pneumoniae, Borrelia burgdorferi, HHV6 e PVB19 em todos os grupos de estudo. A microscopia eletrônica revelou a presença de estruturas compatíveis com microrganismos que apresentam características de micoplasma, borrelia, enterovírus, HHV6 e parvovírus. Agentes infecciosos podem ser o fator causal e/ou perpetuador da lesão miocárdica em pacientes com CMD idiopática, uma vez que esses achados iniciais sugerem que a presença de microrganismos em simbiose no miocárdio está associada com pior prognóstico pós-transplanteDilated cardiomyopathy (DCM) is characterized by progressive dilation with reduction of contractile function of the left ventricle or both ventricles, which may be viral and/or immune, genetic or idiopathic. Because of countless variables involved in the DCM, currently there is no definitive therapeutic option for its treatment, being heart transplant the treatment for choice of refractory heart failure. A previous study hypothesized that symbiosis between microorganisms may interfere in immune system in myocardial tissue. Thus, the present study had the objective to determine if presence of antigens or DNA of infectious agents associated with inflammation in explanted hearts of patients with idiopathic DCM is related to the development of moderated/severe rejection in donor\'s heart after cardiac transplantation. Myocardial samples from patients transplanted by Idiopathic DCM were studied, grouped in: PMR (n=6) persistent moderate rejection, MR (n=7) rejection resolved after pulse therapy and NR (n=5) no rejection, without moderate rejection, in which inflammation was quantified by immunohistochemistry and infectious agents by immunohistochemistry, molecular biology, in situ hybridization technique and transmission electron microscopy. There was higher amount of macrophages in PMR group, and more B cells (p=0.0001) and higher HLA class II expression (p= < 0.0001) in NR group. Immunohistochemistry showed M. pneumoniae (p=0.003) and HBc (p=0.0009) antigens in PMR and MR groups. NR showed positive correlation between amount of Bb genes and enterovirus antigens. Molecular biology demonstrated the presence of M. pneumoniae, Borrelia burgdorferi, HHV6 and PVB19 genes in all studied groups. Electron microscopy revealed the presence of structures compatible with mycoplasma, borrelia, enterovirus, herpesvirus 6 and parvovirus. Infectious agents may be the causal and/or perpetuating factor of myocardial injury in patients with Idiopathic DCM, since these initial findings suggest that the microorganisms in symbiosis in the myocardium of these patients is associated with worst prognosis after transplantationBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHiguchi, Maria de LourdesPereira, Jaqueline de Jesus2019-04-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-03072019-144653/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-07-04T17:50:30Zoai:teses.usp.br:tde-03072019-144653Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-07-04T17:50:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A cardiomiopatia dilatada (CMD) é caracterizada pela dilatação progressiva com redução da função contráctil do ventrículo esquerdo ou de ambos os ventrículos, podendo ser de origem viral e/ou imune, genética ou idiopática. Devido às inúmeras variáveis envolvidas na patogênese da CMD, atualmente não existe uma opção terapêutica definitiva para seu tratamento, sendo o transplante cardíaco o tratamento de escolha para a insuficiência cardíaca refratária. Trabalho anterior aventou a hipótese de simbiose entre microrganismos interferindo na resposta imune no tecido miocárdico. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar se a presença de antígenos ou DNA de agentes infecciosos associados à inflamação em corações explantados de pacientes com CMD Idiopática está relacionada com o desenvolvimento de rejeição moderada/grave no coração do doador após o transplante cardíaco. Foram estudadas amostras de miocárdio de pacientes transplantados por CMD Idiopática, agrupadas em: RMP (N = 6), rejeição moderada persistente, RM (n = 7) rejeição resolvida após pulsoterapia e SR (n = 5) sem rejeição. A inflamação foi quantificada por imunohistoquímica e os agentes infecciosos por imunohistoquímica, biologia molecular, hibridação in situ e microscopia eletrônica de transmissão. Houve maior número de macrófagos no grupo RMP, e mais células B e maior expressão de HLA classe II no grupo SR. A imunohistoquímica mostrou maior quantidade de M. pneumoniae e de HBC nos grupos RMP e RM. O grupo SR mostrou correlação positiva entre quantidade de gene Bb e antígeno de enterovírus. A biologia molecular demonstrou a presença dos genes M. pneumoniae, Borrelia burgdorferi, HHV6 e PVB19 em todos os grupos de estudo. A microscopia eletrônica revelou a presença de estruturas compatíveis com microrganismos que apresentam características de micoplasma, borrelia, enterovírus, HHV6 e parvovírus. Agentes infecciosos podem ser o fator causal e/ou perpetuador da lesão miocárdica em pacientes com CMD idiopática, uma vez que esses achados iniciais sugerem que a presença de microrganismos em simbiose no miocárdio está associada com pior prognóstico pós-transplante |
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