Atividade anticarcinogênica da tributirina associada ou não ao sorafenibe em ratos Fischer-344 implantados com células GP7TB

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tavares, Paulo Eduardo Latorre Martins
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-11042018-161207/
Resumo: O câncer primário de fígado (CPF) apresenta mau prognóstico, o que torna importante sua quimioprevenção. Nesse sentido, a tributirina (TB), um pró-fármaco do ácido butírico (AB), presente em laticínios e no mel, mostrou-se um agente quimiopreventivo promissor da hepatocarcinogênese experimental. Os efeitos inibitórios da TB têm sido relacionados à inibição do desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas, bem como indução de apoptose e hiperacetilação de histonas. A quimioterapia é uma das abordagens mais comuns para o tratamento de diversos tipos de câncer, inclusive o CPF. Neste caso, o tratamento com sorafenibe (SO) é capaz de prolongar a sobrevida média dos pacientes com a doença em fases avançadas em aproximadamente apenas três meses. Em vista disso, são necessários estudos da associação do sorafenibe com outros compostos que possam aumentar a eficácia do tratamento quimioterápico. Desta forma, a associação de fármacos anti-neoplásicos com compostos bioativos dos alimentos pode consistir em uma estratégia potencial para aumentar a eficácia contra o câncer. No presente estudo, foi avaliada a atividade anticarcinogênica da TB e do SO, isoladamente ou em associação, na etapa de progressão da hepatocarcinogênese. Para tanto, foram realizados implantes singênicos no flanco de ratos Fischer-344 a partir de células da linhagem tumoral GP7TB. Quando as neoplasias atingiram 1 cm3, os animais foram aleatorizados em grupos experimentais: Grupo controle (CO), constituído por 10 ratos Fischer 344 que receberam Maltodextrina (300mg/ 100 g. p. c.), controle isocolarico e solução de etanol à 12,5% e Cremofor à 12,5% em agua estéril; Grupo Tributirina (TB), constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam TB (200mg/ 100 g. p. c.) e solução de etanol à 12,5% e Cremofor à 12,5% em água estéril; Grupo sorafenibe (SO) constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam Maltodextrina (300 mg/ 100 g. p. c.), controle isocalorico e tosilato de sorafenibe (3mg / 100 g. p. c. ) em água estéril; Grupo associação da tributirina com o sorafenibe (AS) constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam TB (20 mg/ 100 g. p. c.) e tosiliato de sorafenibe (3mg/ 100 g. p. c.); tratados por administração intragástrica (i.g) diariamente por 5 semanas consecutivas. As concentrações de AB e SO foram analisadas por cromatografia gasosa associada à espectrometria de massa e as neoplasias foram caracterizadas por imunoistoquímica. Em relação à evolução do tamanho das neoplasias o grupo AS apresentou menor (p=0,009) tamanho das mesmas em relação ao grupo CO. No entanto, estas diferenças não atingiram diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos TB e CO, bem como entre os grupos SO e CO. Contudo, quando ajustados os valores do tamanho da neoplasia pela latência, observou-se alterações significativas (p<0,05) nos diversos grupos quando comparados ao grupo CO. O grupo SO aumentou a área necrótica das neoplasias, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05), enquanto que o grupo TB reduziu essa área necrótica em relação ao grupo CO (p=0,005). O grupo TB e AS apresentaram significativamente maiores (p<0,05) concentrações hepáticas e neoplásicas de AB em relação ao grupo CO. O grupo SO e AS apresentaram significativamente maiores (p<0,05) concentrações neoplásicas de SO em relação ao grupo CO. Os grupos SO e AS reduziram a expressão de PTEN, quando comparados ao grupo CO, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05). O grupo TB por sua vez expressou maiores niveis de PTEN, embora esta diferença não tenha atigindo significância estatística (p>0,05). Todos os grupos expressaram maiores niveis de caspase 3 clivada quando comparada ao grupo CO (p>0,05). OS grupos TB e SO reduziram a expressão de pERK &#189; quando comparados ao grupo CO. embora estas diferenças não tenham atingidos diferença estatística (p>0,05). O grupo AS apresentou maior expressão de pERK &#189; quando comparada ao grupo CO, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05). A caracterização das neoplasias do grupo CO foi padronizada por imunoistoquímica, apresentando-se positivas para CK 7, CK8, CK19 e Arginase e negativas para HepPar1 e CK18. Assim, os resultados sugerem que as neoplasias obtidas por implantes com células da linhagem GP7TB apresentam características de CPF oriundo de células tronco neoplásicas. Além disso, os grupos experimentais TB e AS apresentaram atividade anticarcinogênica promissora no modelo de implantes singênicos com células GP7TB, que eventualmente envolvem mecanismos de ação distintos da atividade quimioterápica apresentada pelo SO.
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Neste caso, o tratamento com sorafenibe (SO) é capaz de prolongar a sobrevida média dos pacientes com a doença em fases avançadas em aproximadamente apenas três meses. Em vista disso, são necessários estudos da associação do sorafenibe com outros compostos que possam aumentar a eficácia do tratamento quimioterápico. Desta forma, a associação de fármacos anti-neoplásicos com compostos bioativos dos alimentos pode consistir em uma estratégia potencial para aumentar a eficácia contra o câncer. No presente estudo, foi avaliada a atividade anticarcinogênica da TB e do SO, isoladamente ou em associação, na etapa de progressão da hepatocarcinogênese. Para tanto, foram realizados implantes singênicos no flanco de ratos Fischer-344 a partir de células da linhagem tumoral GP7TB. Quando as neoplasias atingiram 1 cm3, os animais foram aleatorizados em grupos experimentais: Grupo controle (CO), constituído por 10 ratos Fischer 344 que receberam Maltodextrina (300mg/ 100 g. p. c.), controle isocolarico e solução de etanol à 12,5% e Cremofor à 12,5% em agua estéril; Grupo Tributirina (TB), constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam TB (200mg/ 100 g. p. c.) e solução de etanol à 12,5% e Cremofor à 12,5% em água estéril; Grupo sorafenibe (SO) constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam Maltodextrina (300 mg/ 100 g. p. c.), controle isocalorico e tosilato de sorafenibe (3mg / 100 g. p. c. ) em água estéril; Grupo associação da tributirina com o sorafenibe (AS) constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam TB (20 mg/ 100 g. p. c.) e tosiliato de sorafenibe (3mg/ 100 g. p. c.); tratados por administração intragástrica (i.g) diariamente por 5 semanas consecutivas. As concentrações de AB e SO foram analisadas por cromatografia gasosa associada à espectrometria de massa e as neoplasias foram caracterizadas por imunoistoquímica. Em relação à evolução do tamanho das neoplasias o grupo AS apresentou menor (p=0,009) tamanho das mesmas em relação ao grupo CO. No entanto, estas diferenças não atingiram diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos TB e CO, bem como entre os grupos SO e CO. Contudo, quando ajustados os valores do tamanho da neoplasia pela latência, observou-se alterações significativas (p<0,05) nos diversos grupos quando comparados ao grupo CO. O grupo SO aumentou a área necrótica das neoplasias, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05), enquanto que o grupo TB reduziu essa área necrótica em relação ao grupo CO (p=0,005). O grupo TB e AS apresentaram significativamente maiores (p<0,05) concentrações hepáticas e neoplásicas de AB em relação ao grupo CO. O grupo SO e AS apresentaram significativamente maiores (p<0,05) concentrações neoplásicas de SO em relação ao grupo CO. Os grupos SO e AS reduziram a expressão de PTEN, quando comparados ao grupo CO, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05). O grupo TB por sua vez expressou maiores niveis de PTEN, embora esta diferença não tenha atigindo significância estatística (p>0,05). Todos os grupos expressaram maiores niveis de caspase 3 clivada quando comparada ao grupo CO (p>0,05). OS grupos TB e SO reduziram a expressão de pERK &#189; quando comparados ao grupo CO. embora estas diferenças não tenham atingidos diferença estatística (p>0,05). O grupo AS apresentou maior expressão de pERK &#189; quando comparada ao grupo CO, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05). A caracterização das neoplasias do grupo CO foi padronizada por imunoistoquímica, apresentando-se positivas para CK 7, CK8, CK19 e Arginase e negativas para HepPar1 e CK18. Assim, os resultados sugerem que as neoplasias obtidas por implantes com células da linhagem GP7TB apresentam características de CPF oriundo de células tronco neoplásicas. Além disso, os grupos experimentais TB e AS apresentaram atividade anticarcinogênica promissora no modelo de implantes singênicos com células GP7TB, que eventualmente envolvem mecanismos de ação distintos da atividade quimioterápica apresentada pelo SO.Primary liver cancer (PLC) presents poor prognosis, which makes its chemoprevention important. In this sense, tributyrin (TB), a prodrug of butyric acid (AB), present in dairy products and honey, has been shown to be a promising chemopreventive agent for experimental hepatocarcinogenesis. The inhibitory effects of TB have been related to inhibition of the development of pre-neoplastic lesions, as well as induction of apoptosis and hyperacetylation of histones. Chemotherapy is one of the most common approaches for treating various types of cancer, including PLC. In this case, treatment with sorafenib (SO) is able to prolong the average survival of patients with the disease in advanced stages in approximately three months. In view of this, studies of the association of sorafenib with other compounds that may increase the efficacy of chemotherapeutic treatment are necessary. Thus, the association of anti-neoplastic drugs with bioactive compounds in food may be a potential strategy to increase efficacy against cancer. In the present study, the anticarcinogenic activity of TB and SO was evaluated, alone or in combination, in the progression stage of hepatocarcinogenesis. For this purpose, syngenic implants were performed on the flank of Fischer-344 mice from GP7TB tumor cells. When the neoplasms reached 1 cm3, the animals were randomized into experimental groups: Control group (CO), consisting of 10 Fischer 344 rats receiving Maltodextrin (300mg / 100 g.p.c), isocaloric control and 12.5% ethanol solution, and Cremofor to 12.5% in sterile water; Tributyrin group (TB), consisting of 9 Fischer 344 rats that received TB (200mg / 100 g.p.c.) and 12.5% ethanol solution and Cremofor 12.5% in sterile water; Sorafenib group (SO) consisting of 9 Fischer 344 rats receiving maltodextrin (300 mg / 100 g, w / w), isocaloric control and sorafenib tosylate (3 mg / 100 g, w / w) in sterile water; The association group of tributyrin and sorafenib (AS) consisted of 9 Fischer 344 rats receiving TB (20 mg / 100 g p.o.) and sorafenib tosylate (3 mg / 100 g p.o.); treated intragastric (i.g) daily for 5 consecutive weeks. The concentrations of AB and SO were analyzed by gas chromatography associated with mass spectrometry and the neoplasms were characterized by immunohistochemistry. In relation to the evolution of the size of the neoplasias, the AS group presented smaller (p = 0.009) size of the same ones in relation to the CO group. However, these differences did not reach significant differences (p> 0.05) between the TB and CO groups, as well as between the SO and CO groups. However, when adjusted for size of the neoplasm by latency, significant changes (p <0.05) were observed in the different groups when compared to the CO group. The SO group increased the necrotic area of the neoplasias, although this difference did not reach a significant difference (p> 0.05), while the TB group reduced this necrotic area in relation to the CO group (p = 0.005). The TB and AS groups presented significantly higher (p <0.05) hepatic and neoplastic AB concentrations than the CO group. The SO and AS groups presented significantly higher (p <0.05) neoplastic concentrations of SO in relation to the CO group. The SO and AS groups reduced the PTEN expression when compared to the CO group, although this difference did not reach a significant difference (p> 0.05). The TB group in turn expressed higher levels of PTEN, although this difference did not increase statistical significance (p> 0.05). All groups expressed higher levels of caspase 3 cleaved when compared to the CO group (p> 0.05). The TB and SO groups reduced the expression of pERK &#189; when compared to the CO group. although these differences did not reach statistical difference (p> 0.05). The AS group presented higher pERK &#189; expression when compared to the CO group, although this difference did not reach a significant difference (p> 0.05). Characterization of the neoplasias of the CO group was standardized by immunohistochemistry, presenting positive for CK 7, CK8, CK19 and Arginase and negative for HepPar1 and CK18. Thus, the results suggest that the neoplasias obtained by implants with GP7TB cells present CPF characteristics originating from neoplastic stem cells. In addition, the experimental groups TB and AS presented promising anticarcinogenic activity in the model of syngeneic implants with GP7TB cells, which eventually involve mechanisms of action distinct from the chemotherapy activity presented by SO.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoreno, Fernando SalvadorTavares, Paulo Eduardo Latorre Martins2018-04-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-11042018-161207/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-09-20T19:49:24Zoai:teses.usp.br:tde-11042018-161207Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-09-20T19:49:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description O câncer primário de fígado (CPF) apresenta mau prognóstico, o que torna importante sua quimioprevenção. Nesse sentido, a tributirina (TB), um pró-fármaco do ácido butírico (AB), presente em laticínios e no mel, mostrou-se um agente quimiopreventivo promissor da hepatocarcinogênese experimental. Os efeitos inibitórios da TB têm sido relacionados à inibição do desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas, bem como indução de apoptose e hiperacetilação de histonas. A quimioterapia é uma das abordagens mais comuns para o tratamento de diversos tipos de câncer, inclusive o CPF. Neste caso, o tratamento com sorafenibe (SO) é capaz de prolongar a sobrevida média dos pacientes com a doença em fases avançadas em aproximadamente apenas três meses. Em vista disso, são necessários estudos da associação do sorafenibe com outros compostos que possam aumentar a eficácia do tratamento quimioterápico. Desta forma, a associação de fármacos anti-neoplásicos com compostos bioativos dos alimentos pode consistir em uma estratégia potencial para aumentar a eficácia contra o câncer. No presente estudo, foi avaliada a atividade anticarcinogênica da TB e do SO, isoladamente ou em associação, na etapa de progressão da hepatocarcinogênese. Para tanto, foram realizados implantes singênicos no flanco de ratos Fischer-344 a partir de células da linhagem tumoral GP7TB. Quando as neoplasias atingiram 1 cm3, os animais foram aleatorizados em grupos experimentais: Grupo controle (CO), constituído por 10 ratos Fischer 344 que receberam Maltodextrina (300mg/ 100 g. p. c.), controle isocolarico e solução de etanol à 12,5% e Cremofor à 12,5% em agua estéril; Grupo Tributirina (TB), constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam TB (200mg/ 100 g. p. c.) e solução de etanol à 12,5% e Cremofor à 12,5% em água estéril; Grupo sorafenibe (SO) constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam Maltodextrina (300 mg/ 100 g. p. c.), controle isocalorico e tosilato de sorafenibe (3mg / 100 g. p. c. ) em água estéril; Grupo associação da tributirina com o sorafenibe (AS) constituído por 9 ratos Fischer 344 que receberam TB (20 mg/ 100 g. p. c.) e tosiliato de sorafenibe (3mg/ 100 g. p. c.); tratados por administração intragástrica (i.g) diariamente por 5 semanas consecutivas. As concentrações de AB e SO foram analisadas por cromatografia gasosa associada à espectrometria de massa e as neoplasias foram caracterizadas por imunoistoquímica. Em relação à evolução do tamanho das neoplasias o grupo AS apresentou menor (p=0,009) tamanho das mesmas em relação ao grupo CO. No entanto, estas diferenças não atingiram diferenças significativas (p>0,05) entre os grupos TB e CO, bem como entre os grupos SO e CO. Contudo, quando ajustados os valores do tamanho da neoplasia pela latência, observou-se alterações significativas (p<0,05) nos diversos grupos quando comparados ao grupo CO. O grupo SO aumentou a área necrótica das neoplasias, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05), enquanto que o grupo TB reduziu essa área necrótica em relação ao grupo CO (p=0,005). O grupo TB e AS apresentaram significativamente maiores (p<0,05) concentrações hepáticas e neoplásicas de AB em relação ao grupo CO. O grupo SO e AS apresentaram significativamente maiores (p<0,05) concentrações neoplásicas de SO em relação ao grupo CO. Os grupos SO e AS reduziram a expressão de PTEN, quando comparados ao grupo CO, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05). O grupo TB por sua vez expressou maiores niveis de PTEN, embora esta diferença não tenha atigindo significância estatística (p>0,05). Todos os grupos expressaram maiores niveis de caspase 3 clivada quando comparada ao grupo CO (p>0,05). OS grupos TB e SO reduziram a expressão de pERK &#189; quando comparados ao grupo CO. embora estas diferenças não tenham atingidos diferença estatística (p>0,05). O grupo AS apresentou maior expressão de pERK &#189; quando comparada ao grupo CO, embora esta diferença não tenha atingido diferença significativa (p>0,05). A caracterização das neoplasias do grupo CO foi padronizada por imunoistoquímica, apresentando-se positivas para CK 7, CK8, CK19 e Arginase e negativas para HepPar1 e CK18. Assim, os resultados sugerem que as neoplasias obtidas por implantes com células da linhagem GP7TB apresentam características de CPF oriundo de células tronco neoplásicas. Além disso, os grupos experimentais TB e AS apresentaram atividade anticarcinogênica promissora no modelo de implantes singênicos com células GP7TB, que eventualmente envolvem mecanismos de ação distintos da atividade quimioterápica apresentada pelo SO.
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