Prevalência de úlcera por pressão em pacientes em risco e o cuidado no domicílio após a alta hospitalar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moro, Jaisa Valeria
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-05012016-141625/
Resumo: Pacientes hospitalizados que têm risco para Úlcera por Pressão (UP) ou já apresentam o problema, após a saída do hospital, necessitam de cuidados domiciliares para manejo da situação. Atenção Domiciliar (AD), no âmbito do Sistema Único de Saúde, é uma modalidade de atenção à saúde em que um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, pode permitir a continuidade de cuidados. Este estudo é transversal, com abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Os objetivos foram: descrever o perfil sociodemográfico e de saúde de pacientes que tinham risco para UP e que receberam alta de um hospital de urgência; identificar o nível de risco para UP após a saída do hospital; identificar a prevalência de UP, as características da lesão e o contexto do cuidado domiciliar. A coleta de dados foi realizada no domicílio no segundo mês após a alta. Participaram da pesquisa 23 pacientes, idade média de 50,07 anos, cor branca, maior frequência do sexo feminino, procedentes de Ribeirão Preto. Maioria pensionista, casada, com renda familiar mensal de um a dois salários mínimos, morando com esposo e filhos. O problema de saúde mais frequente foi trauma de crânio, seguido por acidente vascular cerebral. Dentre os que necessitavam de algum cuidado no domicílio, os cuidadores principais eram esposos (45%). A média dos escores da Escala de Braden para 13 pacientes em risco para UP foi 15,46 enquanto para 10 sem risco foi 22. Dentre os pacientes em risco houve predomínio dos idosos (61,5%). A prevalência de UP foi 21,7%, e das oito UP, 50% localizavam-se na região sacral. Em relação ao contexto do cuidado no domicílio, dos 21 pacientes que receberam encaminhamentos após a alta, 18(78,3%) eram acompanhados nos serviços de saúde. Dezesseis pacientes (69,5%) referiram ter recebido orientações sobre a prevenção da UP durante a internação. No domicílio, nove pacientes recebiam AD com Visita Domiciliar (VD), e desses, seis tinham risco para UP e quatro apresentavam a lesão. Um paciente com UP e residente em outro município não recebia AD. Em 44,4% dos casos, as VD foram realizadas por enfermeiros, auxiliares de enfermagem e médico. Quanto às medidas de prevenção, em todos os pacientes em risco era realizada mudança de decúbito, oito (61,5%) realizavam alívio da pressão quando sentados, quatro (30,8%) usavam almofada para sentar-se, sete (53,8%) faziam alívio da pressão dos calcâneos e três (23,1%) usavam lençol móvel para movimentação no leito. Dos oito pacientes em risco que não tiveram UP durante a internação, nenhum desenvolveu úlcera após a alta. Conclui-se que os escores da Escala de Braden permitem a detecção da vulnerabilidade dos pacientes para UP e apontam para a necessidade de AD para favorecer a continuidade do cuidado após a alta. Por outro lado, existe a necessidade de melhorar as orientações para o cuidado preventivo no ambiente hospitalar; e a criação de mecanismos de comunicação entre os serviços para facilitar a continuidade do cuidado e a segurança do paciente
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Os objetivos foram: descrever o perfil sociodemográfico e de saúde de pacientes que tinham risco para UP e que receberam alta de um hospital de urgência; identificar o nível de risco para UP após a saída do hospital; identificar a prevalência de UP, as características da lesão e o contexto do cuidado domiciliar. A coleta de dados foi realizada no domicílio no segundo mês após a alta. Participaram da pesquisa 23 pacientes, idade média de 50,07 anos, cor branca, maior frequência do sexo feminino, procedentes de Ribeirão Preto. Maioria pensionista, casada, com renda familiar mensal de um a dois salários mínimos, morando com esposo e filhos. O problema de saúde mais frequente foi trauma de crânio, seguido por acidente vascular cerebral. Dentre os que necessitavam de algum cuidado no domicílio, os cuidadores principais eram esposos (45%). A média dos escores da Escala de Braden para 13 pacientes em risco para UP foi 15,46 enquanto para 10 sem risco foi 22. Dentre os pacientes em risco houve predomínio dos idosos (61,5%). A prevalência de UP foi 21,7%, e das oito UP, 50% localizavam-se na região sacral. Em relação ao contexto do cuidado no domicílio, dos 21 pacientes que receberam encaminhamentos após a alta, 18(78,3%) eram acompanhados nos serviços de saúde. Dezesseis pacientes (69,5%) referiram ter recebido orientações sobre a prevenção da UP durante a internação. No domicílio, nove pacientes recebiam AD com Visita Domiciliar (VD), e desses, seis tinham risco para UP e quatro apresentavam a lesão. Um paciente com UP e residente em outro município não recebia AD. Em 44,4% dos casos, as VD foram realizadas por enfermeiros, auxiliares de enfermagem e médico. Quanto às medidas de prevenção, em todos os pacientes em risco era realizada mudança de decúbito, oito (61,5%) realizavam alívio da pressão quando sentados, quatro (30,8%) usavam almofada para sentar-se, sete (53,8%) faziam alívio da pressão dos calcâneos e três (23,1%) usavam lençol móvel para movimentação no leito. Dos oito pacientes em risco que não tiveram UP durante a internação, nenhum desenvolveu úlcera após a alta. Conclui-se que os escores da Escala de Braden permitem a detecção da vulnerabilidade dos pacientes para UP e apontam para a necessidade de AD para favorecer a continuidade do cuidado após a alta. Por outro lado, existe a necessidade de melhorar as orientações para o cuidado preventivo no ambiente hospitalar; e a criação de mecanismos de comunicação entre os serviços para facilitar a continuidade do cuidado e a segurança do pacienteHospitalized patients at risk of developing pressure ulcers (PU) or who already present the problem need home care for managing the situation after hospital discharge. In the scope of the Brazilian Unified Health System, home care consists of a type of health care in which a set of actions for health promotion, prevention and treatment of diseases, and rehabilitation can allow for the continuation of care. This cross-sectional study, with a quantitative approach, was approved by the Research Ethics Committee of the Ribeirão Preto College of Nursing. Its objectives were to describe the sociodemographic and health profile of patients who presented risk for developing PU and who had been discharged from an emergency hospital; to identify the level of risk for PU after hospital discharge; and to identify the prevalence of PÙ, the characteristics of the lesion and the home care context. Data were collected at the patients\' homes in the second month following discharge. Study participants were 23 patients, mean age of 50.07 years, Caucasian, mostly female, from Ribeirão Preto. Most participants were pensioners, married, with a monthly family income of one to two minimum wages, who lived with the spouse and children. The most frequent health problem was craniocerebral trauma, followed by stroke. Among those who needed home care, the main caregivers were the spouses (45%). The mean of the Braden scale scores for 13 patients at risk for PU was 15.46, whereas the mean for 10 patients without risk was 22. Among the patients at risk, most were older adults (61.5%). The prevalence for PU was 21.7%, and of the eight PU identified, 50% were in the sacral region. Regarding the home care context, of the 21 patients who had referrals after discharge, 18 (78.3%) were followed-up in health services. Sixteen patients (69.5%) reported receiving instructions for preventing PU during hospitalization. At home, nine patients received home care with home visits, and of these, six presented risk for PU and four already presented the lesion. A patient with PU and who lived in another city did not receive home care. In 44.4% of the cases, home visits were performed by nurses, nursing aides, and physicians. Regarding preventive measures, all patients at risk performed decubitus changes, eight (61.5%) relieved the pressure while sitting, four (30.8%) used a cushion to sit, seven (53.8%) relived calcaneal pressure, and three (23.1%) used a mobile sheet for moving on the bed. Of the eight patients at risk and who did not have PU during hospitalization, none developed pressured ulcer after discharge. In conclusion, the Braden scale scores allow for the detection of the vulnerability of patients to PU and point to the need for home care to favor the continuation of care after discharge. Nonetheless, it is necessary to improve the instructions for preventive care in the hospital environment, and to create communication mechanisms among the services to facilitate the continuation of care and patient safetyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCaliri, Maria Helena LarcherMoro, Jaisa Valeria2015-09-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-05012016-141625/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:06:17Zoai:teses.usp.br:tde-05012016-141625Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:06:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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