Análise da estrutura e dinâmica de uma comunidade de espécies arbóreas em um fragmento de floresta ribeirinha, Ipeúna, SP

• Autor(a) principal: Bertani, Daniela Fessel
• Data de Publicação: 2000
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191108-121908/
• topic: ÁRVORES FLORESTAIS; COMUNIDADES VEGETAIS; FLORA; FRAGMENTOS FLORESTAIS; MATAS CILIARES

No presente estudo foi feita a análise temporal da heterogeneidade florística e estrutural em um trecho de floresta ribeirinha. O trecho é caracterizado por um mosaico florestal constituído por três grupos vegetacionais correlacionados com as características edáficas da área. Em 1989 e1998 foram medidos e mapeados todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm, em 157 parcelas de 5 x 10 m ao longo do Rio Passa Cinco, Ipeúna, SP, totalizando uma área de 0,785 ha em um trecho da floresta ribeirinha. Foram analisadas as alterações florísticas e fitossociológicas, além dos padrões de dinâmica para a comunidade como um todo e para cada grupo vegetacional. Poucas alterações ocorreram na comunidade em 9 anos, o que indica estabilidade para a vegetação no período estudado. As diferenças florísticas e estruturais entre os grupos vegetacionais se mantiveram com o tempo. O grupo vegetacional localizado imediatamente paralelo ao curso d'água apresentou características peculiares, como maior diversidade, densidade, e distribuição espacial agrupada de seus indivíduos. Foi a área com maiores taxas de crescimento e mortalidade. Estas características devem estar estritamente relacionadas com a dinâmica das cheias do no, o que condiciona características ambientais diferenciadas no tempo e no espaço. Em relação aos outros grupos vegetacionais encontrados, na área fora da interferência do curso da água, percebe-se que tanto a topografia como as características edáficas são fatores determinantes do padrão de distribuição espacial, da estrutura e da dinâmica de seus indivíduos. O rio, considerado como um fator de perturbação nas faixas ribeirinhas, deve ser entendido como um elemento de manutenção da diversidade e heterogeneidade nestas áreas.