A assistência da equipe de enfermagem no posicionamento cirúrgico do paciente durante o período intra-operatório

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Cleidileno Teixeira
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-07052009-105426/
Resumo: Posição cirúrgica é a movimentação do corpo humano de forma a deixá-lo apoiado na mesa cirúrgica num ângulo que propicie ao cirurgião boa visão da área operatória, mas que garanta ao paciente conforto, segurança e respeito aos seus limites anatômicos e fisiológicos. A relevância deste estudo baseia-se no fato de se ter poucos profissionais na área de enfermagem, e em âmbito nacional, que estudem o tema com mais profundidade. O enfermeiro deve utilizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória para direcioná-lo neste cuidado: prevendo e provendo recursos de proteção adequados e recursos humanos qualificados. Este estudo objetivou caracterizar a assistência, incluindo as necessidades e dificuldades, da equipe de enfermagem frente ao posicionamento cirúrgico. Trata-se de um estudo de campo exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no 8° Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização, organizado pela SOBECC em Julho de 2007. O estudo contou com a participação de 235 profissionais de enfermagem. Três categorias profissionais foram representadas, com 200 enfermeiros (entre coordenadores, assistenciais e docentes universitários), 28 técnicos e 7 auxiliares de enfermagem (entre circulantes de sala e instrumentadores cirúrgicos). O estudo foi feito com um p significativo ( 0,05) frente aos testes estatísticos não-paramétricos. O profissional que executa o posicionamento possui idade mediana de 39 anos (p = 0,021) e tempo de trabalho em centro cirúrgico mediano de 10 anos (p = 0,004). O profissional que não executa o posicionamento possui idade de 33 anos e tempo de trabalho no setor de 5 anos. Protocolos e treinamentos sobre posicionamento vigoram, respectivamente, em 34,3% e 32,4% das instituições hospitalares segundo os pesquisados. O enfermeiro executa o posicionamento em 24,8% das vezes. Porém, quando ele participa ocorre uma diminuição significativa da participação dos técnicos e auxiliares de enfermagem (p = 0,047). O registro da posição cirúrgica à qual ficou submetido o paciente é feito em 69,4% das vezes e dos recursos de proteção em 45,9% no relatório intra-operatório. Dados significantes (p = 0,007) apontam que os profissionais que mais posicionam o paciente possuem mais adaptações para fazer tal ação. As dificuldades levantadas pela equipe de enfermagem na realização do posicionamento são: falta de recursos materiais (39,5%), pouca cooperação entre a equipe multidisciplinar (27,5%), esforço físico (15,6%), déficit de recursos humanos (10,9%), despreparo assistencial ao paciente (10,4%), falta de treinamento (9,8%) e de informações técnico-científicas (7,8). A falta de cooperação entre a equipe de enfermagem e cirúrgica reduz, de forma significativa (p = 0,013), a participação do corpo de enfermagem na execução do posicionamento. Materiais e equipamentos adequados, protocolos, estratégias para a cooperação multidisciplinar e treinamento são os recursos que os profissionais mais gostariam de possuir para melhorar a assistência ao posicionamento do paciente. As informações levantadas neste trabalho poderão subsidiar propostas, como um protocolo futuro, que, de fato, norteiem a assistência de enfermagem no posicionamento, trazendo mais segurança e qualidade de cuidado ao paciente e maior preparo aos atuais e aos novos profissionais de enfermagem
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spelling A assistência da equipe de enfermagem no posicionamento cirúrgico do paciente durante o período intra-operatórioThe care of the nursing team in surgical positioning patient during the intraoperative periodAssistência de enfermagemEquipe de enfermagemIntraoperative periodNursing careNursing teamPeríodo intra-operatórioPosição cirúrgicaSurgical positioningPosição cirúrgica é a movimentação do corpo humano de forma a deixá-lo apoiado na mesa cirúrgica num ângulo que propicie ao cirurgião boa visão da área operatória, mas que garanta ao paciente conforto, segurança e respeito aos seus limites anatômicos e fisiológicos. A relevância deste estudo baseia-se no fato de se ter poucos profissionais na área de enfermagem, e em âmbito nacional, que estudem o tema com mais profundidade. O enfermeiro deve utilizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória para direcioná-lo neste cuidado: prevendo e provendo recursos de proteção adequados e recursos humanos qualificados. Este estudo objetivou caracterizar a assistência, incluindo as necessidades e dificuldades, da equipe de enfermagem frente ao posicionamento cirúrgico. Trata-se de um estudo de campo exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no 8° Congresso Brasileiro de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização, organizado pela SOBECC em Julho de 2007. O estudo contou com a participação de 235 profissionais de enfermagem. Três categorias profissionais foram representadas, com 200 enfermeiros (entre coordenadores, assistenciais e docentes universitários), 28 técnicos e 7 auxiliares de enfermagem (entre circulantes de sala e instrumentadores cirúrgicos). O estudo foi feito com um p significativo ( 0,05) frente aos testes estatísticos não-paramétricos. O profissional que executa o posicionamento possui idade mediana de 39 anos (p = 0,021) e tempo de trabalho em centro cirúrgico mediano de 10 anos (p = 0,004). O profissional que não executa o posicionamento possui idade de 33 anos e tempo de trabalho no setor de 5 anos. Protocolos e treinamentos sobre posicionamento vigoram, respectivamente, em 34,3% e 32,4% das instituições hospitalares segundo os pesquisados. O enfermeiro executa o posicionamento em 24,8% das vezes. Porém, quando ele participa ocorre uma diminuição significativa da participação dos técnicos e auxiliares de enfermagem (p = 0,047). O registro da posição cirúrgica à qual ficou submetido o paciente é feito em 69,4% das vezes e dos recursos de proteção em 45,9% no relatório intra-operatório. Dados significantes (p = 0,007) apontam que os profissionais que mais posicionam o paciente possuem mais adaptações para fazer tal ação. As dificuldades levantadas pela equipe de enfermagem na realização do posicionamento são: falta de recursos materiais (39,5%), pouca cooperação entre a equipe multidisciplinar (27,5%), esforço físico (15,6%), déficit de recursos humanos (10,9%), despreparo assistencial ao paciente (10,4%), falta de treinamento (9,8%) e de informações técnico-científicas (7,8). A falta de cooperação entre a equipe de enfermagem e cirúrgica reduz, de forma significativa (p = 0,013), a participação do corpo de enfermagem na execução do posicionamento. Materiais e equipamentos adequados, protocolos, estratégias para a cooperação multidisciplinar e treinamento são os recursos que os profissionais mais gostariam de possuir para melhorar a assistência ao posicionamento do paciente. As informações levantadas neste trabalho poderão subsidiar propostas, como um protocolo futuro, que, de fato, norteiem a assistência de enfermagem no posicionamento, trazendo mais segurança e qualidade de cuidado ao paciente e maior preparo aos atuais e aos novos profissionais de enfermagemSurgical positioning is the movement of the human body on the surgical table in such a way as to provide the best angle of vision to the surgeon, while at the same time guaranteeing the comfort and security of the patient with respect to his anatomical and physiological limits. The relevance of this study is based on the fact that there are few nursing professionals, nationally, who have studied this theme in depth. The nurse should make use of the Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória [Systemization of Perioperative Nursing Assistance] for guidelines, resources, and human resource qualifications. The goal of this study was to characterize the positioning task of the nursing team, including its requirements and difficulties. It is an exploratory, descriptive study with a quantitative approach. The data were collected at the 8th Brazilian Congress of Surgical Center Nursing, Anesthetic Recovery and Hospital Sterilization Units organized by SOBECC in July of 2007. 235 nursing professionals participated in the study in three categories: 200 Registered Nurses (as coordinators, practicing nurses, and university professors), 28 Licensed Practical Nurses [LPNs] and seven Certified Nursing Assistants [CNAs] (including operating room assistants and surgical instrument handlers). Significance was set at (p 0.05) for non-parametric statistical tests. Professionals who executed the positioning had a median age of 39 (p= 0.021) with a median surgical center experience of 10 years (p= 0.004). Professionals who did not execute the positioning had a median age of 33 and median work experience in the sector of five years. Protocols and training about patient positioning were in force in 34.3% and 32.4% of the represented institutions according to the respondents. The nurse executed the positioning in 24.8% of the surgeries. However, when the RN participated, there was a significant reduction in participation by the LPNs and CNAs (p = 0.047). Registry of the patients surgical position was made in 69.4% of the cases and registry of protection resources in 45.9% in the intra-operational reports. Significant data (p =0.007) point to the fact that the professionals who most frequently position the patient have the most experience and skill for that task. The most common difficulties confronting the nursing team with respect to positioning are: lack of material resources (39.5%), poor cooperation among the interdisciplinary team (27.5%), physical effort (15.6%), lack of human resources (10.9%), unpreparedness (10.4%), lack of training (9.8%), lack of technical/scientific information (7.8%). The lack of cooperation between the nursing and surgical teams significantly reduced (p = 0.013) participation by the nurses in the execution of positioning. Adequate materials and equipment, protocols, strategies for multidisciplinary cooperation and training are resources that the nursing professionals would most like to have in order to better serve patients. The information collected in this study could be foundational to proposals, such as a future protocol, which could direct nurses regarding positioning and thereby lead to greater security and quality of patient care as well as greater preparedness of current and future nursing professionalsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLeite, Rita de Cássia Burgos de OliveiraSilveira, Cleidileno Teixeira2008-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-07052009-105426/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-07052009-105426Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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