Efeito da ciclagem de pH na liberação/recarga de flúor e na microinfiltração de materiais restauradores resinosos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-03072009-142106/ |
Resumo: | Quedas cíclicas de pH no meio bucal parecem ser um dos maiores desafios aos quais estão expostos os materiais restauradores. Desta forma, a capacidade de liberação/recarga de flúor (F¯) e a avaliação da interface dente/restauração pelo teste de microinfiltração em ciclagem de pH (CpH), durante 15 dias, pode complementar in vitro, a simulação de situações clínicas de alto desafio cariogênico. Foram confeccionados 12 corpos-de prova na forma de discos (1,1 cm de diâmetro, 0,15 cm de espessura) dos materiais, distribuídos em dois grupos sem e com recarga (R), Vitremer (V/VR), Dyract AP (DY/DYR), Ariston®AT (A/AR), Definite® (D/DR), Tetric®Ceram (TC/TCR). Os corpos-de-prova foram imersos individualmente em 4 mL de solução CpH, 6 horas em solução desmineralizante (DES¯) e 17 horas em solução remineralizante (RE). A recarga foi iniciada no 2º dia com pasta fluoretada fluida 3:1(Crest), realizada diariamente, entre as trocas das soluções DES¯/RE. As soluções DES¯/RE dos dois grupos, com e sem recarga eram trocadas diariamente, e armazenadas durante 15 dias. A análise da concentração de F¯ da liberação e da recarga foi medida com 0,5 mL de solução teste adicionada a igual volume de TISAB II, por um eletrodo íon F¯ específico acoplado ao aparelho analisador pH/F¯. Os resultados foram submetidos a ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). Os maiores valores F¯ foram registrados em solução DES¯ (pH 4.3). Todos os materiais, em ambos experimentos, apresentaram o mesmo padrão de liberação de F¯ e, os maiores valores foram do V (418,04 µgF¯/cm²) e VR (818,39 µgF¯/cm²). Ao 3º dia, materiais sob recarga apresentaram maiores valores de F¯ liberado, com declínio lento e alcançando valores estáveis ao 15º dia, quando os valores de F¯ aproximaram-se aos sem recarga, obtidos ao 2º dia. As resinas compostas D e TC apresentaram os mais baixos valores de F¯ liberados, D (5,16 µgF¯/cm²); DR (10,25 µgF¯/cm²); TC (10,09µgF¯/cm²); TCR (16,85 µgF¯/cm²), em ambos experimentos, mas sem diferenças estatísticas significantes entre DR e TC. Entre as resinas compostas, a maior liberação foi da AR (327,20 µgF¯/cm²). Para avaliar a microinfiltração, foram utilizados 3ºs molares extraídos preparados com cavidades Classe V (4,00 mm, 2,00 mm, 1,5 mm), em esmalte, restaurados com os mesmos materiais e distribuídos em dois meios de imersão, água deinozada (A) e CpH (DES¯/RE) durante 15 dias. Em seguida, foram imersos em fucsina básica 0,5% por 24 horas, lavados, seccionados, visualizados em estereomicroscópio óptico com 60X de aumento. Os cortes mais infiltrados foram escaneados e uma medida linear (0,5 cm=115 pixels) foi obtida pelo softweare Image Tool. Ao teste de Tukey, houve diferença estatística significante entre os meios de imersão, o maior grau de microinfiltração foi em CpH. Todos os materiais apresentaram microinfiltração na interface dente/restauração, sendo observada a maior infiltração na resina composta D, seguida da TC, V, DY e A. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais TC, V, DY e A. Diante das limitações desse estudo e frente aos resultados encontrados, observa-se que apesar das quantidades de F¯ liberadas no experimento sem e com recarga, não deixou de ocorrer o processo de microinfiltração na interface dente/restauração dos materiais avaliados. |
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A recarga foi iniciada no 2º dia com pasta fluoretada fluida 3:1(Crest), realizada diariamente, entre as trocas das soluções DES¯/RE. As soluções DES¯/RE dos dois grupos, com e sem recarga eram trocadas diariamente, e armazenadas durante 15 dias. A análise da concentração de F¯ da liberação e da recarga foi medida com 0,5 mL de solução teste adicionada a igual volume de TISAB II, por um eletrodo íon F¯ específico acoplado ao aparelho analisador pH/F¯. Os resultados foram submetidos a ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). Os maiores valores F¯ foram registrados em solução DES¯ (pH 4.3). Todos os materiais, em ambos experimentos, apresentaram o mesmo padrão de liberação de F¯ e, os maiores valores foram do V (418,04 µgF¯/cm²) e VR (818,39 µgF¯/cm²). Ao 3º dia, materiais sob recarga apresentaram maiores valores de F¯ liberado, com declínio lento e alcançando valores estáveis ao 15º dia, quando os valores de F¯ aproximaram-se aos sem recarga, obtidos ao 2º dia. As resinas compostas D e TC apresentaram os mais baixos valores de F¯ liberados, D (5,16 µgF¯/cm²); DR (10,25 µgF¯/cm²); TC (10,09µgF¯/cm²); TCR (16,85 µgF¯/cm²), em ambos experimentos, mas sem diferenças estatísticas significantes entre DR e TC. Entre as resinas compostas, a maior liberação foi da AR (327,20 µgF¯/cm²). Para avaliar a microinfiltração, foram utilizados 3ºs molares extraídos preparados com cavidades Classe V (4,00 mm, 2,00 mm, 1,5 mm), em esmalte, restaurados com os mesmos materiais e distribuídos em dois meios de imersão, água deinozada (A) e CpH (DES¯/RE) durante 15 dias. Em seguida, foram imersos em fucsina básica 0,5% por 24 horas, lavados, seccionados, visualizados em estereomicroscópio óptico com 60X de aumento. Os cortes mais infiltrados foram escaneados e uma medida linear (0,5 cm=115 pixels) foi obtida pelo softweare Image Tool. Ao teste de Tukey, houve diferença estatística significante entre os meios de imersão, o maior grau de microinfiltração foi em CpH. Todos os materiais apresentaram microinfiltração na interface dente/restauração, sendo observada a maior infiltração na resina composta D, seguida da TC, V, DY e A. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais TC, V, DY e A. Diante das limitações desse estudo e frente aos resultados encontrados, observa-se que apesar das quantidades de F¯ liberadas no experimento sem e com recarga, não deixou de ocorrer o processo de microinfiltração na interface dente/restauração dos materiais avaliados.pH cyclic alterations in the oral environment seems to be one of the largest challenges in which the restoratives materials are subjected. Therefore, fluoride (F¯) release/uptake capacity evaluation of the tooth/restorative interfaces by microleakage test under pH-cycling (CpH) regimen, for 15 days might simulate in vitro the clinical situations of caries challenging. Twelve cylindrical samples with diameter of 11mm and thickness of 1.5mm of the materials Vitremer (V/VR), Dyract AP (DY/DYR), Ariston®AT (A/AR), Definite® (D/DR), Tetric®Ceram (TC/TCR) were fabricated and distributed in two groups of F¯ release and uptake. Samples were individually immersed in 4mL of CpH solution, i.e., 6 hours in demineralizing solution (pH 4.3) followed by 17 hours in remineralizing solution (pH 7.0). The fluoride uptake was started at 2nd day by means of dentifrice slurry containing 1.100 ppm of F¯ (Crest), applied daily, before DES¯/RE solutions changing. The analysis of F¯ release/uptake concentration was measured by a specific F¯ ionelectrode with 0.5mL of test solution added to 0.5mL of TISAB II. The results were submitted to ANOVA and Tukey\'s Test (p<0.05). The highest F¯ values were registered in DES¯ solution. All materials, in both experiments, presented the same pattern of fluoride release and the highest rates were obtained by V (418.04µgF¯/cm²) and VR (818.39µgF¯/cm²) groups. At 3rd day, all materials presented the highest amount of F¯ releasing after the uptake, with slowly decrease, reaching stable values at the 15th day, when fluoride release presented similar levels of that at 2nd day. Composite resins D and TC released the lowest fluoride amounts, D (5.16µgF¯/cm²); DR(10.25µgF¯/cm²); TC (10.09µgF¯/cm²); TCR (16.86µgF¯/cm²), in both experiments, although no statistically difference was observed between DR and TC. AR released the highest amount of F¯ (327.21µgF¯/cm²) among composites. Eighty human 3rd molars were used to evaluate microleakage under pH-cycling regimen. Class V cavities (4.0mm, 2.0mm, 1.5mm) with margins in enamel were prepared and restored with the same materials. They were distributed in two immersion media, groups: deionized water (A) 112 and pH-cycling (DES¯/RE), for 15 days. After this period, specimens were then immersed in 0.5% basic fucsine dye for 24 hours. They were washed in tap water and sectioned for evaluation. The samples were analyzed by means of an optical stereomicroscope (60X) and slices with the greatest dye penetration were choosen and submitted to Image Tool area analysis softweare. Data was submitted to stattiscal analysis using two-way ANOVA and Tukeys test (=0.05), revealing that there was statistically difference between immersion media factor. The greatest level of dye penetration was obtained in CpH. All materials tested registered some microleakage but the greatest level was registered by Definite® followed by TC, V, DY and A. However, there were no statistically significant differences amongst TC, V, DY and A. Definite® was significantly different to A and DY. Within the limits of this study and in the basis of the obtained results, the fluoride release/uptake was not able in reducing preventing the microleakage of the evaluated materials. Therefore, the restorative material to each clinical situation should be analyzed on his physical, chemical and mechanical aspects as well as his behavior under caries challenge.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAraújo, Paulo Amarante deGarcez, Rosa Maria Viana de Bragança2006-06-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25131/tde-03072009-142106/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-03072009-142106Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Quedas cíclicas de pH no meio bucal parecem ser um dos maiores desafios aos quais estão expostos os materiais restauradores. Desta forma, a capacidade de liberação/recarga de flúor (F¯) e a avaliação da interface dente/restauração pelo teste de microinfiltração em ciclagem de pH (CpH), durante 15 dias, pode complementar in vitro, a simulação de situações clínicas de alto desafio cariogênico. Foram confeccionados 12 corpos-de prova na forma de discos (1,1 cm de diâmetro, 0,15 cm de espessura) dos materiais, distribuídos em dois grupos sem e com recarga (R), Vitremer (V/VR), Dyract AP (DY/DYR), Ariston®AT (A/AR), Definite® (D/DR), Tetric®Ceram (TC/TCR). Os corpos-de-prova foram imersos individualmente em 4 mL de solução CpH, 6 horas em solução desmineralizante (DES¯) e 17 horas em solução remineralizante (RE). A recarga foi iniciada no 2º dia com pasta fluoretada fluida 3:1(Crest), realizada diariamente, entre as trocas das soluções DES¯/RE. As soluções DES¯/RE dos dois grupos, com e sem recarga eram trocadas diariamente, e armazenadas durante 15 dias. A análise da concentração de F¯ da liberação e da recarga foi medida com 0,5 mL de solução teste adicionada a igual volume de TISAB II, por um eletrodo íon F¯ específico acoplado ao aparelho analisador pH/F¯. Os resultados foram submetidos a ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). Os maiores valores F¯ foram registrados em solução DES¯ (pH 4.3). Todos os materiais, em ambos experimentos, apresentaram o mesmo padrão de liberação de F¯ e, os maiores valores foram do V (418,04 µgF¯/cm²) e VR (818,39 µgF¯/cm²). Ao 3º dia, materiais sob recarga apresentaram maiores valores de F¯ liberado, com declínio lento e alcançando valores estáveis ao 15º dia, quando os valores de F¯ aproximaram-se aos sem recarga, obtidos ao 2º dia. As resinas compostas D e TC apresentaram os mais baixos valores de F¯ liberados, D (5,16 µgF¯/cm²); DR (10,25 µgF¯/cm²); TC (10,09µgF¯/cm²); TCR (16,85 µgF¯/cm²), em ambos experimentos, mas sem diferenças estatísticas significantes entre DR e TC. Entre as resinas compostas, a maior liberação foi da AR (327,20 µgF¯/cm²). Para avaliar a microinfiltração, foram utilizados 3ºs molares extraídos preparados com cavidades Classe V (4,00 mm, 2,00 mm, 1,5 mm), em esmalte, restaurados com os mesmos materiais e distribuídos em dois meios de imersão, água deinozada (A) e CpH (DES¯/RE) durante 15 dias. Em seguida, foram imersos em fucsina básica 0,5% por 24 horas, lavados, seccionados, visualizados em estereomicroscópio óptico com 60X de aumento. Os cortes mais infiltrados foram escaneados e uma medida linear (0,5 cm=115 pixels) foi obtida pelo softweare Image Tool. Ao teste de Tukey, houve diferença estatística significante entre os meios de imersão, o maior grau de microinfiltração foi em CpH. Todos os materiais apresentaram microinfiltração na interface dente/restauração, sendo observada a maior infiltração na resina composta D, seguida da TC, V, DY e A. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais TC, V, DY e A. Diante das limitações desse estudo e frente aos resultados encontrados, observa-se que apesar das quantidades de F¯ liberadas no experimento sem e com recarga, não deixou de ocorrer o processo de microinfiltração na interface dente/restauração dos materiais avaliados. |
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