A porção ocidental da faixa Alto Rio Grande: ensaio de evolução tectônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos Neto, Mario da Costa
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-14102014-091400/
Resumo: A Faixa Alto Rio Grande (FARG) é uma província tectônica Uruaçuana, do Proterozóico Médio, instalada sobre fragmentos de um microcontinente aglutinado em orógenos sucessivos no Arqueano e no Proterozóico lnferior. Foi intensamente retrabalhada na orogênese neoproterozóico Brasiliana, cujos terrenos foram a ela acrescidos, como os terrenos suspeitos da Nappe de Empurrão socorro-Guaxupé (NESG), quando do sistema de colagens da orogênese cambriana Rio Doce. Com uma abertura oceânica admitida há 1,7-1,8 Ga., iniciou-se o ciclo Uruaçuano, no qual a FARG correspondeu a evolução de um arco vulcano-grauváquico separado de uma margem continental passiva, na borda sul-sudoeste do Cráton do São Francisco (CSF). Em ambientes deposicionais dominados por processos de ressedimentação por fluxos gravitacionais de massa, grauvacas vulcanoclásticas de afinidades cálcio-alcalinas, associam-se a leques psamo-pelíticos distais. Controlados pela atividade vulcânica no arco e pela ascenção de um alto fundo que separou dois ambientes em um domínio de \"back arc\", esses depósitos (Sequência Deposicional Andrelândia) representaram o período de maior expansão das bacias. Transicionaram, através de uma série sedimentar condensada, a um estágio de convergência e de fechamento das bacias, que foram assoreadas por uma sequência psamítica progradacional ou regressiva (Sequência Deposicional ltapira). Plutonismo alcali-cálcico, de arco magmático maduro (Granito Gnaisses Taguar), podem representar as últimas manifestações identificadas no domínio do arco vulcânico. Depósitos psamíticos e subordinadamente pelito-carbonosos e pelito-carbonáticos, de um sistema deposicional costeiro (Sequência Deposicional Carrancas), foram transgressivos sobre restos de um estágio rifte precursor (Sequências Deposicionais Carandaí, Lenheiro e Tiradentes) na margem continental passiva. O substrato siálico antigo da FARG registrou a evolução de microplacas arqueanas, dominadas por uma sucessão de séries magmáticas cálcio-alcalinas. Foram marcadas por adelgaçamentos crustais e geração de bacias com extrusões máfico-ultramáficas de afinidades komatiíticas. Aglutinaram-se nas orogêneses do Proterozóico lnferior, organizadas de forma a constituir, na fragmentação e deriva Uruaçuana, domínios coerentes como substrato do arco vulcânico (Migmatitos Amparo com os Ortognaisses Serra Negra e Sequência Máfico-Ultramáfica Arcadas e o Complexo São Gonçalo do Sapucaí) e da margem passiva (Gnaisses Hellodora). Batolitos de uma série cálcio-alcalina (Suíte Serra de São Gonçalo o Ortognaisses Serra do Quiabeiro), deformados e metamorfisados, foram os últlmos registros, pós aglutinação, da história destes fragmentos crustais antigos. A colisão do arco vulcânico contra a margem continental passiva (sub-ciclo orogênico Taguar), registrado há 1,4 Ga., embricou, em um complexo sistema de cavalgamentos, lascas dos substratos antigos com as sequências deposicionais, transportando-os contra o CSF.. Esta pilha chegou a condições metamórficas no limite entre os graus médio-forte, materializando a foliação \'S IND.1\' nas supra-crustais. Estruturas relacionadas com outro evento colisional (sub-ciclo orogênico Andrelandiano) marcaram, há cerca de 1,1 Ga., o fim da evolução dos ambientes deposicionais Uruçuanos. O cisalhamento dúctil, dentro das lascas alóctones e no transporte retomado contra o CSF, levou ao empilhamento de nappes anticlinais, soterradas, no domínio ocidental interno da FARG, a condições de grau médio, zona de sillimanita, de um metamorfismo Barroviano materializado na foliação \'S IND.2\'. A esta dinâmica de placas opos-se, há 1,3 Ga., regimes de intenso adelgaçamento crustal, que foram precursores do espaço oceânico do ciclo tectônico Brasiliano. Uma longa evolução de um arco magmático tipo cordilherano e de natureza compressional, mantém registros até 650 Ma.. Um estágio orogênico colisional foi registrado em intenso imbricamento de distintos andares crustais, a partir dos granulitos inferiores, provavelmente descolados sob altas pressões. A ascenção e transporte, para NW do arco magmático da província Brasiliana, foi acompanhado de um metamorfismo de baixa pressão e anatexia das supracrustais. A FARG comportou-se como um orógeno transpressivo, ao longo de cinturões transcorrentes destrais, orientados E.NE-W.SW, oblíquos à compressão advinda da dinâmica do arco magmático e do fechamento do espaço oceânico na orogênese Brasiliana. Um dobramento assimétrico e inclinado para o interior das zonas em transpressão, ocorreu sob condições (grau fraco, zona da biotita) compatíveis com a establilização metamórfica nas zonas de cisalhamento. Seguiram-se domínios em transtensão, com a abertura de bacias lacustres (Formações pouso Alegre e Eleutério). A establilização da orogênese Brasliliana se deu há 585-600 Ma., com as séries plutônicas subalcalinas e do tipo-A, intrusivos no interior da NESG. Episódios orogênicos cambrianos, relacionados com a evolução de nova microplaca (a Orogênese Rio Doce), retomaram o campo de esforços anterior e acresceram a raiz do arco magmático brasliliano sobre FARG, como os terrenos suspeitos da NESG. Esses domínios tectônicos, agora justapostos, foram dobradas em estruturas anticlinoriais E.NE-W.SW, que admitiram uma clivagem e crenulagão e clivagem ardosiana como plano axial. O extremo ocidental da FARG foi redobrado na inflexão Bueno Brandão-Sapucaí, como uma mega-estrutura em bainha, devida ao avanço episódico da NESG para noroeste. Um regime compressivo, quase perpendicular, deixou os ultimos registros deformacionais. Um amplo dobramento N-S se superpôs aos anteriores e as zonas de cisalhamento verticais foram retomadas em tração (aquelas próximas a E-W), ou em transcorrência rúptil destral (aquelas a NE-SW). Essas deformações seguiram um magmatismo sienito-granítico restrito. No Ordoviciano lnferior o domínio da FARG e da NESG entrou em condições plataformais.
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Em ambientes deposicionais dominados por processos de ressedimentação por fluxos gravitacionais de massa, grauvacas vulcanoclásticas de afinidades cálcio-alcalinas, associam-se a leques psamo-pelíticos distais. Controlados pela atividade vulcânica no arco e pela ascenção de um alto fundo que separou dois ambientes em um domínio de \"back arc\", esses depósitos (Sequência Deposicional Andrelândia) representaram o período de maior expansão das bacias. Transicionaram, através de uma série sedimentar condensada, a um estágio de convergência e de fechamento das bacias, que foram assoreadas por uma sequência psamítica progradacional ou regressiva (Sequência Deposicional ltapira). Plutonismo alcali-cálcico, de arco magmático maduro (Granito Gnaisses Taguar), podem representar as últimas manifestações identificadas no domínio do arco vulcânico. 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Batolitos de uma série cálcio-alcalina (Suíte Serra de São Gonçalo o Ortognaisses Serra do Quiabeiro), deformados e metamorfisados, foram os últlmos registros, pós aglutinação, da história destes fragmentos crustais antigos. A colisão do arco vulcânico contra a margem continental passiva (sub-ciclo orogênico Taguar), registrado há 1,4 Ga., embricou, em um complexo sistema de cavalgamentos, lascas dos substratos antigos com as sequências deposicionais, transportando-os contra o CSF.. Esta pilha chegou a condições metamórficas no limite entre os graus médio-forte, materializando a foliação \'S IND.1\' nas supra-crustais. Estruturas relacionadas com outro evento colisional (sub-ciclo orogênico Andrelandiano) marcaram, há cerca de 1,1 Ga., o fim da evolução dos ambientes deposicionais Uruçuanos. O cisalhamento dúctil, dentro das lascas alóctones e no transporte retomado contra o CSF, levou ao empilhamento de nappes anticlinais, soterradas, no domínio ocidental interno da FARG, a condições de grau médio, zona de sillimanita, de um metamorfismo Barroviano materializado na foliação \'S IND.2\'. A esta dinâmica de placas opos-se, há 1,3 Ga., regimes de intenso adelgaçamento crustal, que foram precursores do espaço oceânico do ciclo tectônico Brasiliano. Uma longa evolução de um arco magmático tipo cordilherano e de natureza compressional, mantém registros até 650 Ma.. Um estágio orogênico colisional foi registrado em intenso imbricamento de distintos andares crustais, a partir dos granulitos inferiores, provavelmente descolados sob altas pressões. A ascenção e transporte, para NW do arco magmático da província Brasiliana, foi acompanhado de um metamorfismo de baixa pressão e anatexia das supracrustais. A FARG comportou-se como um orógeno transpressivo, ao longo de cinturões transcorrentes destrais, orientados E.NE-W.SW, oblíquos à compressão advinda da dinâmica do arco magmático e do fechamento do espaço oceânico na orogênese Brasiliana. Um dobramento assimétrico e inclinado para o interior das zonas em transpressão, ocorreu sob condições (grau fraco, zona da biotita) compatíveis com a establilização metamórfica nas zonas de cisalhamento. Seguiram-se domínios em transtensão, com a abertura de bacias lacustres (Formações pouso Alegre e Eleutério). A establilização da orogênese Brasliliana se deu há 585-600 Ma., com as séries plutônicas subalcalinas e do tipo-A, intrusivos no interior da NESG. Episódios orogênicos cambrianos, relacionados com a evolução de nova microplaca (a Orogênese Rio Doce), retomaram o campo de esforços anterior e acresceram a raiz do arco magmático brasliliano sobre FARG, como os terrenos suspeitos da NESG. Esses domínios tectônicos, agora justapostos, foram dobradas em estruturas anticlinoriais E.NE-W.SW, que admitiram uma clivagem e crenulagão e clivagem ardosiana como plano axial. O extremo ocidental da FARG foi redobrado na inflexão Bueno Brandão-Sapucaí, como uma mega-estrutura em bainha, devida ao avanço episódico da NESG para noroeste. Um regime compressivo, quase perpendicular, deixou os ultimos registros deformacionais. Um amplo dobramento N-S se superpôs aos anteriores e as zonas de cisalhamento verticais foram retomadas em tração (aquelas próximas a E-W), ou em transcorrência rúptil destral (aquelas a NE-SW). Essas deformações seguiram um magmatismo sienito-granítico restrito. No Ordoviciano lnferior o domínio da FARG e da NESG entrou em condições plataformais.The Alto Rio Grande Belt (FARG) is a Middle Proterozoic Uruaçuano tectonic province thrust upon fragments of a microcontinent which came together in successive orogenies during the Archean and Early Proterozoic. lt was strongly reworked in the Late Proterozoic Brasiliano orogeny, whose terranes - the suspect terranes of the Socorro-Guaxupé Thrust Nappe (NESG) - were accreted to it during the Cambrian Rio Doce orogeny. The Uruaçuano cycle may have begun at 1.8-1.7 Ga by an oceanic opening and the FARG coresponds to the products of a graywacke-volcanic arc, separated from a passive continental margin in the south-southwest border of the São Francisco Craton (CSF). Cac-alkaline volcaniclastic graywackes are associated to distal psammo-pelitic fans in depositional environments dominated by gravity flow reworking processes. These deposits (Andrelândia Depositional Sequence) formed during the main basin expansion and were controlled by volcanic arc activity and by a rise which separated two environments in a back-arc domain. A condenses sedimentar series represent a transition to a convergent stage and during closure the basin was filled by a prograded or regressive psammitic sequence (ltapira Depositional Sequence). Alkali-calcic plutonism of a mature magmatic arc (Taguar granite gneisses) may represent the last identified manifestation of the volcanic arc domain. Psammitic and subordinately carbonaceous - and carbonatic-pelitic deposits, from a costal system (Carrancas Depositional Sequence), transgressed over remains of a precursor rift stage (Carandaí Lenheiro and Tiradentes Depostional Sequences) in the passive continental margin. The old sialic terranes of the FARG registered the evolution of Archean microplates dominated by a succession of calc-alkaline magmatic series. The microplates were marked by crustal thinning and generation of basins with komatiite-like mafic-ultramafic rocks. During the Early Proterozoic orogenies they were welded and during the Uruaçuano fragmentation and drift constituted coherent domains as both volcanic arc (Amparo Migmatites with Serra Negra Orthogneisses and Arcadas Mafic-Ultramafic Sequence and São Gonçalo do Sapucaí Complex) and passive margin (Heliodora Gneisses) basements. Deformed and metamorphosed calc-alkaline batholiths (Serra de São Gonçalo Suite and Serra do Quiabeiro Orthogneisses) were the last records of the post-welding history of these old crustal blocks. The collision of the volcanic arc with the passive continental margin (Taguar orogenic sub-cycle), registered at 1.4 Ga, pilled up slices of old basement and the depositional sequences in a complex thrust system and transported lt towards the CSF. This pile reached the limit between medium and high grade metamorphic conditions which promoted the \'S IND.1\' foliation in the supracrustais. Another collisional event (Andrelandiano orogenic sub-cycle), at about 1.1 Ga, is marked by related structures and marks the end of the Uruçuano depositional environment evolution. Ductile shearing in the allochthonous slices together with a new transport towards the CSF led to the pilling up of anticlinal nappes under medium grade, sillimanite zone, Barrovian type metamorphism related to the \'S IND.2\' foliation, in the western internal domain of the FARG. At 1.4 Ga, strong crustal thinning regimes which preceded the formation of oceanic basins of the Brasiliano tectonic cycle opposed the plate dynamics which acted previously. A long evolution of a cordilleran-type magmatic arc of compressional nature lasted up to 650 Ma. A collisional orogenic event was registered by tectonic stacking of distinct crustal segments, starting with the lowermost granulites which were probably decoupuled under high pressures. The upward movement and northwestward transport of the Brasiliano magmatic arc was followed by low pressure metamorphism and anatexis of the supracrustais. The FARG acted as a transpressive orogen along dextral transcurrent belts, ENE-WSW oriented, oblique to the compression of the magmatic arc dynamic phase and the direction of closing of the oceanic basin in the Brasiliano orogeny. Assymetric folding, tilted to the interio of the transpressive zones, occurred under low grade, biotite zone, metamorphic conditions compatible with metamorphic stabilization in the shear zones. Transtensive regimes followed with the opening of lacustrine basins (Pouso Alegre and Eleutério Formations). Stabilization of the Brasiliano orogeny occured at 585-600 Ma with A-type sub-alkaline plutonic series intrusive into the interior of the NESG. Cambrian orogenic episodes related to the evolution of a new microplate (the Rio Doce Orogeny) resume the earlier stress field and accreted the Brasiliano magmatic arc roots over the FARG, as the suspect terranes of the NESG. These tectonic domains, now juxtaposed, were folded in ENE-WSW anticlinorial structures which have axial plane cronulation and slaty cleavages. The westernmost portion of the FARG was refolded as a mega-sheath fold, in the Bueno Brandão-Sapucaí inflection, due to the northwestward episodic movement of the NESG. An almost perpendicular compressive regime is responsible for the last deformational records, a N-S open folding is superposed onto the earlier foldings and the vertical shear zones were reactivated in extensive regimes (the near E-W previous zones) or in dextral brittle transcurrency (the near NE-SW ones). These deformations followed a restricted syenite-granitic plutonism. In the Early Ordovician the FARG and NESG domain reached platformal conditions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrito Neves, Benjamim Bley de Campos Neto, Mario da Costa1991-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-14102014-091400/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-14102014-091400Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Controlados pela atividade vulcânica no arco e pela ascenção de um alto fundo que separou dois ambientes em um domínio de \"back arc\", esses depósitos (Sequência Deposicional Andrelândia) representaram o período de maior expansão das bacias. Transicionaram, através de uma série sedimentar condensada, a um estágio de convergência e de fechamento das bacias, que foram assoreadas por uma sequência psamítica progradacional ou regressiva (Sequência Deposicional ltapira). Plutonismo alcali-cálcico, de arco magmático maduro (Granito Gnaisses Taguar), podem representar as últimas manifestações identificadas no domínio do arco vulcânico. Depósitos psamíticos e subordinadamente pelito-carbonosos e pelito-carbonáticos, de um sistema deposicional costeiro (Sequência Deposicional Carrancas), foram transgressivos sobre restos de um estágio rifte precursor (Sequências Deposicionais Carandaí, Lenheiro e Tiradentes) na margem continental passiva. O substrato siálico antigo da FARG registrou a evolução de microplacas arqueanas, dominadas por uma sucessão de séries magmáticas cálcio-alcalinas. Foram marcadas por adelgaçamentos crustais e geração de bacias com extrusões máfico-ultramáficas de afinidades komatiíticas. Aglutinaram-se nas orogêneses do Proterozóico lnferior, organizadas de forma a constituir, na fragmentação e deriva Uruaçuana, domínios coerentes como substrato do arco vulcânico (Migmatitos Amparo com os Ortognaisses Serra Negra e Sequência Máfico-Ultramáfica Arcadas e o Complexo São Gonçalo do Sapucaí) e da margem passiva (Gnaisses Hellodora). Batolitos de uma série cálcio-alcalina (Suíte Serra de São Gonçalo o Ortognaisses Serra do Quiabeiro), deformados e metamorfisados, foram os últlmos registros, pós aglutinação, da história destes fragmentos crustais antigos. A colisão do arco vulcânico contra a margem continental passiva (sub-ciclo orogênico Taguar), registrado há 1,4 Ga., embricou, em um complexo sistema de cavalgamentos, lascas dos substratos antigos com as sequências deposicionais, transportando-os contra o CSF.. Esta pilha chegou a condições metamórficas no limite entre os graus médio-forte, materializando a foliação \'S IND.1\' nas supra-crustais. Estruturas relacionadas com outro evento colisional (sub-ciclo orogênico Andrelandiano) marcaram, há cerca de 1,1 Ga., o fim da evolução dos ambientes deposicionais Uruçuanos. O cisalhamento dúctil, dentro das lascas alóctones e no transporte retomado contra o CSF, levou ao empilhamento de nappes anticlinais, soterradas, no domínio ocidental interno da FARG, a condições de grau médio, zona de sillimanita, de um metamorfismo Barroviano materializado na foliação \'S IND.2\'. A esta dinâmica de placas opos-se, há 1,3 Ga., regimes de intenso adelgaçamento crustal, que foram precursores do espaço oceânico do ciclo tectônico Brasiliano. Uma longa evolução de um arco magmático tipo cordilherano e de natureza compressional, mantém registros até 650 Ma.. Um estágio orogênico colisional foi registrado em intenso imbricamento de distintos andares crustais, a partir dos granulitos inferiores, provavelmente descolados sob altas pressões. A ascenção e transporte, para NW do arco magmático da província Brasiliana, foi acompanhado de um metamorfismo de baixa pressão e anatexia das supracrustais. A FARG comportou-se como um orógeno transpressivo, ao longo de cinturões transcorrentes destrais, orientados E.NE-W.SW, oblíquos à compressão advinda da dinâmica do arco magmático e do fechamento do espaço oceânico na orogênese Brasiliana. Um dobramento assimétrico e inclinado para o interior das zonas em transpressão, ocorreu sob condições (grau fraco, zona da biotita) compatíveis com a establilização metamórfica nas zonas de cisalhamento. Seguiram-se domínios em transtensão, com a abertura de bacias lacustres (Formações pouso Alegre e Eleutério). A establilização da orogênese Brasliliana se deu há 585-600 Ma., com as séries plutônicas subalcalinas e do tipo-A, intrusivos no interior da NESG. Episódios orogênicos cambrianos, relacionados com a evolução de nova microplaca (a Orogênese Rio Doce), retomaram o campo de esforços anterior e acresceram a raiz do arco magmático brasliliano sobre FARG, como os terrenos suspeitos da NESG. Esses domínios tectônicos, agora justapostos, foram dobradas em estruturas anticlinoriais E.NE-W.SW, que admitiram uma clivagem e crenulagão e clivagem ardosiana como plano axial. 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