A Missividade: por uma gramática tensiva da semiótica de HQs

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tomasi, Carolina
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-27102011-090503/
Resumo: Esta dissertação ocupa-se do estudo da missividade, utilizando como corpus as HQs de Território de bravos, de Luiz Gê. Seu objetivo principal é examinar a emissividade e a remissividade como elementos fundadores de uma gramática tensiva nas narrativas dos quadrinhos. Inicialmente, abordamos a paixão da obstinação como constituidora do éthos do enunciador. Como a obstinação revela a cifra tensiva da continuidade da parada causada pela tonicidade do antissujeito no percurso do sujeito, tornou-se relevante fazer o levantamento de quadrinhos emissivos e remissivos nas HQs. O resultado encontrado de 75,47% de quadrinhos de dominância remissiva endereçou-nos para a teoria da missividade de Zilberberg. Essa teoria dá sustentação às análises empreendidas nesta dissertação e possibilitou-nos a constatação de que é o jogo do fazer missivo que estrutura as HQs. Examinamos comparativamente duas HQs de direções diversas: uma de dominância remissiva e outra de dominância emissiva e verificamos a pertinência do estudo da função do antissujeito, que é de desarranjador da ordem sujeito objeto. Ele seria responsável por impulsionar o percurso narrativo, assim como impulsiona a paixão da obstinação no enunciador. Não houvesse a presença do antissujeito, a relação entre sujeito e objeto caminharia para o exaurimento da narrativa, ou seja, uma harmonia absoluta. Posteriormente, com apoio na teoria da missividade, verificamos a oportunidade de pesquisar o ritmo e a retórica nas HQs como outros fatores tensivos engendradores do sentido. Examinamos, ainda, a aceleração e desaceleração promovedoras desse ritmo das HQs e chegamos ao estabelecimento de um paralelo entre as HQs de Luiz Gê e as estéticas clássica e barroca. Esses conceitos implicaram uma revisão da retórica sob o ponto de vista tensivo. Daí, o interesse deste trabalho pelos tropos metafóricos e metonímicos aqui vistos segundo as cifras tensivas da aceleração e desaceleração, respectivamente.
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