Influência do comportamento do bruxismo de vigília na fadiga dos músculos mastigatórios

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barragán Núñez, Maria Isabel
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-29112021-170032/
Resumo: O bruxismo é caraterizado pela atividade dos músculos mastigatórios durante o sono ou na vigília, indicando uma possível relação entre bruxismo e diferentes sintomas musculares. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do comportamento do bruxismo da vigília (BV) na fadiga dos músculos mastigatórios. Para isso, foi recrutada uma amostra de 150 indivíduos saudáveis, de ambos os gêneros com idade entre 22 e 35 anos. A frequência do comportamento de BV foi avaliada em toda a amostra via telefone celular, através da avaliação momentânea ecológica (AME) por um período de 7 dias. Os indivíduos foram instruídos a relatar em tempo real a condição atual dos músculos da mastigação entre cinco possíveis opções. Posterior à semana de AME, cada individuo executou um teste de fadiga dos músculos mastigatórios, que consistiu da realização de uma tarefa de apertamento dentário sustentado de 30% da força máxima de mordida (FMM) pelo maior tempo possível até atingir fadiga. O teste terminou quando o individuo não conseguiu mais produzir a força de mordida na magnitude determinada. A FMM antes e após o teste foram registradas e o tempo foi quantificado. Da mesma forma, foi feita a mensuração do limiar de dor à pressão nos músculos mastigatórios antes e após do teste de fadiga. Foi verificada que a frequência média de pelo menos um comportamento de BV foi de 45,46%, sendo o comportamento dentes encostando levemente (29,38%) o mais relatado. A fadiga muscular levou a uma redução significativa da força máxima de mordida (p<0,05) e aumento do limiar de dor à pressão na amostra total (p<0,05). Entretanto, o teste de correlação de Spearman mostrou que não houve correlação significativa entre os comportamentos de BV, o grau de fadiga muscular e o limiar de dor à pressão nos músculos mastigatórios. Conclui-se que houve uma frequência relativamente alta de comportamentos de bruxismo de vigília, os quais não parecem impactar o grau de fadiga muscular e o limiar de dor à pressão. Entretanto, a fadiga induzida nos músculos mastigatórios tem potencial para reduzir a força máxima de mordida e aumentar o limiar de dor à pressão.
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Os indivíduos foram instruídos a relatar em tempo real a condição atual dos músculos da mastigação entre cinco possíveis opções. Posterior à semana de AME, cada individuo executou um teste de fadiga dos músculos mastigatórios, que consistiu da realização de uma tarefa de apertamento dentário sustentado de 30% da força máxima de mordida (FMM) pelo maior tempo possível até atingir fadiga. O teste terminou quando o individuo não conseguiu mais produzir a força de mordida na magnitude determinada. A FMM antes e após o teste foram registradas e o tempo foi quantificado. Da mesma forma, foi feita a mensuração do limiar de dor à pressão nos músculos mastigatórios antes e após do teste de fadiga. Foi verificada que a frequência média de pelo menos um comportamento de BV foi de 45,46%, sendo o comportamento dentes encostando levemente (29,38%) o mais relatado. A fadiga muscular levou a uma redução significativa da força máxima de mordida (p<0,05) e aumento do limiar de dor à pressão na amostra total (p<0,05). Entretanto, o teste de correlação de Spearman mostrou que não houve correlação significativa entre os comportamentos de BV, o grau de fadiga muscular e o limiar de dor à pressão nos músculos mastigatórios. Conclui-se que houve uma frequência relativamente alta de comportamentos de bruxismo de vigília, os quais não parecem impactar o grau de fadiga muscular e o limiar de dor à pressão. Entretanto, a fadiga induzida nos músculos mastigatórios tem potencial para reduzir a força máxima de mordida e aumentar o limiar de dor à pressão.Bruxism is characterized by the activity of the masticatory muscles during sleep or wakefulness, enabling a possible relationship between bruxism and different muscle symptoms. The aim of this study was to evaluate the influence of the awake bruxism (AB) behaviors on fatigue of the masticatory muscles (MM). A sample of 150 healthy adults of both genders, aged between 22 and 35 years, was recruited. The frequency of AB behaviors were assessed in the entire sample using a smartphone-based tool, through ecological momentary assessment (EMA), for a period of 7 days. Participants were asked to report in real time the current condition of the MM among 5 possible options. After the week of the EMA evaluation, each subject performed a fatigue test of the MM. The test consisted of sustained clenching contractions at 30% of the maximum bite force (MBF) intensity as long as possible until fatigue was achieved. The test ended when the subjects could no longer produce the required bite force. MBFs before and after the test were measured and time was also quantified. Likewise, the pressure pain threshold (PPT) in the MM was measured before and after the fatigue test. As a result, it was found that the average frequency of different AB behaviors was 45.46%, with the behavior \"light touch teeth contact \" (29.38%) been the most frequently reported condition. Muscle fatigue led to a significant reduction of the MBF (p<0,05) and increase in the PPT in the total sample. Nevertheless, the Spearman correlation test showed that there was no significant correlation between AB behaviors, level of muscle fatigue and pressure pain threshold on the masticatory muscles. It is concluded that there was a relative high frequency of awake bruxism behaviors, which did not seem to impact the degree of muscle fatigue and the pressure pain threshold. However, the fatigue induced in the masticatory muscles by a sustained motor task, had the potential to reduce the maximum bite force and increase the pressure pain threshold.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBonjardim, Leonardo RigoldiBarragán Núñez, Maria Isabel 2020-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-29112021-170032/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-29T13:00:33Zoai:teses.usp.br:tde-29112021-170032Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-29T13:00:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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