Manuel Bandeira e Jules Laforgue: Dor, ironia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lago, Flavia Togni do
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-26102012-123505/
Resumo: O presente trabalho consiste em apresentar uma leitura de poemas de Manuel Bandeira e Jules Laforgue com o objetivo de trazer a discussão a respeito da dor e da ironia nas duas obras. O estudo tem como objetivo principal ampliar a reflexão sobre a ironia bandeiriana, a partir de elementos relacionados com a obra de Jules Laforgue. Como pudemos comprovar, Bandeira foi um grande admirador e leitor do poeta francês, e embora haja diferenças visíveis entre as obras, estes mesmos pontos de afastamento nos ajudarão a compreender o processo criativo que resultará na construção da ironia em Bandeira. Tentamos recuperar poemas relacionados a um dos temas principais das obras: a morte. Aos poucos, para Manuel Bandeira, veremos que a dor da finitude se transforma em recolhimento e sabedoria, num processo de maturação crescente que acompanha a abertura para o modernismo. Sendo assim, a ironia de Laforgue pode ser considerada mais cruel, ou seja, ela é aparentemente utilizada como arma de defesa ou de libertação de seu desejo de morte presente desde os seus primeiros versos. Em Bandeira, a ironia se relaciona diretamente ao par morte/superação, ou seja, podemos dizer que a ironia banderiana é uma ironia residual, onde após a experiência da dor e do aprendizado para a morte, seria possível rir. A partir dessas primeiras elaborações, a figura do Pierrot transformou-se num ponto de convergência das duas obras, sintetizando em sua imagem os temas trabalhados nesta pesquisa: dor e ironia.
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