Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nahas, Andressa Kutschenko
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-16042019-143712/
Resumo: Objetivo: Este estudo tem por objetivo apresentar diferenciais inter-municípios e temporais dos padrões de mortalidade fetal no estado de São Paulo (SP) e identificar indicadores municipais associados. Métodos: Estudo ecológico com uso de análises exploratórias espaciais e modelagem bayesiana espacial e espaço-temporal utilizando histórico de dados do estado de SP entre 2005 e 2016. Foram calculadas as taxas brutas e bayesianas empíricas de mortalidade fetal considerando município como unidade de análise e, em seguida, foram calculados os índices globais de Moran e Geary para testar a hipótese de autocorrelação espacial. Os indicadores municipais testados como covariáveis do modelo bayesiano espacial foram selecionados por uma combinação de métodos de Análise de Componentes Principais e critério Deviance Information Criterion. Foram calculdas as taxas totalmente bayesianas de mortalidade fetal pelos modelos bayesianos espacial com e sem covariáveis. A identificação de padrões espaço-temporais foi realizada pela modelagem bayesiana espaço-temporal. Resultados: A autocorrelação espacial foi evidenciada pelos índices de Moran e Geary, não havendo evidências de aleatoriedade em sua distribuição. A seleção de indicadores municipais resultou como finalistas cinco variáveis e o modelo bayesiano espacial com quatro indicadores municipais foi eleito o modelo com melhor ajuste, apontando relação de aumento da taxa de mortalidade fetal nos municípios que apresentam as seguintes características: baixo percentual de crianças entre 4 e 5 anos na escola; alto percentual de adolescentes entre 15 e 17 anos no ensino médio com 2 anos de atraso; alto percentual da população em domicílios com densidade superior a 2 pessoas por dormitório. A amplitude das taxas empíricas bayesianas e totalmente bayesianas foram reduzidas em relação à taxa bruta, de tal modo que as taxas bayesianas empíricas global e local apresentaram a menor e a maior variabilidade entre as taxas calculadas, respectivamente. A região intermediária de São José dos Campos e da Baixada Santista apresentaram altas taxas de mortalidade fetal e relação geral de indicadores municipais que indicavam piores condições. A região de Marília obteve maiores taxas de mortalidade fetal segundo o modelo eleito apesar da relação de indicadores apresentarem boas condições. O modelo bayesiano espaço-temporal identificou leve tendência de redução da taxa de mortalidade ao longo dos anos no SP. Conclusões: Os achados do estudo apontam a necessidade de intensificação de políticas públicas que gerem maior atenção à saúde das gestantes que residem em locais com alta vulnerabilidade social e baixo rendimento médio per capita, que são locais de maior risco para mortalidade fetal.
id USP_4255667c332dbc78bf001f6f8aa039cc
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-16042019-143712
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016Stillbirth rate spatial-temporal patterns in the state of São Paulo, Brazil, 2005-2016Análise EspacialAnálise Espaço-TemporalBioestatisticaBiostatisticsFetal MortalityMetodologiaMetodologyMortalidade FetalSpatial AnalysisSpatio-Temporal AnalysisObjetivo: Este estudo tem por objetivo apresentar diferenciais inter-municípios e temporais dos padrões de mortalidade fetal no estado de São Paulo (SP) e identificar indicadores municipais associados. Métodos: Estudo ecológico com uso de análises exploratórias espaciais e modelagem bayesiana espacial e espaço-temporal utilizando histórico de dados do estado de SP entre 2005 e 2016. Foram calculadas as taxas brutas e bayesianas empíricas de mortalidade fetal considerando município como unidade de análise e, em seguida, foram calculados os índices globais de Moran e Geary para testar a hipótese de autocorrelação espacial. Os indicadores municipais testados como covariáveis do modelo bayesiano espacial foram selecionados por uma combinação de métodos de Análise de Componentes Principais e critério Deviance Information Criterion. Foram calculdas as taxas totalmente bayesianas de mortalidade fetal pelos modelos bayesianos espacial com e sem covariáveis. A identificação de padrões espaço-temporais foi realizada pela modelagem bayesiana espaço-temporal. Resultados: A autocorrelação espacial foi evidenciada pelos índices de Moran e Geary, não havendo evidências de aleatoriedade em sua distribuição. A seleção de indicadores municipais resultou como finalistas cinco variáveis e o modelo bayesiano espacial com quatro indicadores municipais foi eleito o modelo com melhor ajuste, apontando relação de aumento da taxa de mortalidade fetal nos municípios que apresentam as seguintes características: baixo percentual de crianças entre 4 e 5 anos na escola; alto percentual de adolescentes entre 15 e 17 anos no ensino médio com 2 anos de atraso; alto percentual da população em domicílios com densidade superior a 2 pessoas por dormitório. A amplitude das taxas empíricas bayesianas e totalmente bayesianas foram reduzidas em relação à taxa bruta, de tal modo que as taxas bayesianas empíricas global e local apresentaram a menor e a maior variabilidade entre as taxas calculadas, respectivamente. A região intermediária de São José dos Campos e da Baixada Santista apresentaram altas taxas de mortalidade fetal e relação geral de indicadores municipais que indicavam piores condições. A região de Marília obteve maiores taxas de mortalidade fetal segundo o modelo eleito apesar da relação de indicadores apresentarem boas condições. O modelo bayesiano espaço-temporal identificou leve tendência de redução da taxa de mortalidade ao longo dos anos no SP. Conclusões: Os achados do estudo apontam a necessidade de intensificação de políticas públicas que gerem maior atenção à saúde das gestantes que residem em locais com alta vulnerabilidade social e baixo rendimento médio per capita, que são locais de maior risco para mortalidade fetal.Objective: This study aims to assess differential inter-urban and temporal stillbirth patterns in the state of São Paulo (SP), as well as identify possible associated municipal indicators. Methods: This is an ecological study applying exploratory spatial analyses, using SP data history between 2005 and 2016. Crude and empirical Bayes stillbirth rates were calculated considering municipality as the analysis unit, followed by global Moran and Geary index calculations to test the spatial autocorrelation hypothesis. The municipal indicators tested as Bayesian spatial model covariates were selected by a combination of a Principal Components Analysis and Deviance Information Criterion criteria. Bayesian rates of stillbirth were calculated using Bayesian spatial models with and without covariates. The identification of spatio-temporal patterns was carried out using Bayesian spatio-temporal modeling. Results: Spatial autocorrelation was evidenced by the Moran and Geary indices, with no evidence of random distribution. The selection of municipal indicators resulted in five variables as finalists and the Bayesian spatial model comprising four municipal indicators was chosen as the best fit model, indicating a relation of increase of the fetal mortality rate in the municipalities that present the following characteristics: low percentage of children between 4 and 5 years attending school, high percentage of adolescents between 15 and 17 years old attending high school with up to a 2-year delay, high percentage of the population in households with a density over 2 people per dormitory and high percentage of the population exposed to very high social vulnerability. The amplitude of the Bayes empirical rates and Bayesian rates were reduced in relation to the gross rate, so that the global and local empirical Bayes rates presented the lowest and the highest variability among the calculated rates, respectively. The intermediate region of São José dos Campos and Baixada Santista presented high rates of fetal mortality and general relation of municipal indicators that indicated worse conditions. The region of Marília obtained higher rates of stillbirth according to the model chosen, despite the ratio of indicators showing good conditions. The Bayesian space-time model pointed to low and high-risk clusters and the Bayesian parametric temporal model presented a slight trend for decreased mortality rates over the years in SP. Conclusions: The findings obtained herein point out the need for intensification of public policies that generate greater attention to the health of pregnant women living in places with high social vulnerability and low per capita income, which are higher risk places for fetal mortality.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlencar, Gizelton PereiraNahas, Andressa Kutschenko2018-12-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-16042019-143712/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:58:24Zoai:teses.usp.br:tde-16042019-143712Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:58:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016
Stillbirth rate spatial-temporal patterns in the state of São Paulo, Brazil, 2005-2016
title Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016
spellingShingle Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016
Nahas, Andressa Kutschenko
Análise Espacial
Análise Espaço-Temporal
Bioestatistica
Biostatistics
Fetal Mortality
Metodologia
Metodology
Mortalidade Fetal
Spatial Analysis
Spatio-Temporal Analysis
title_short Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016
title_full Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016
title_fullStr Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016
title_full_unstemmed Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016
title_sort Padrões espaço-temporais da taxa de mortalidade fetal no estado de São Paulo, Brasil, 2005-2016
author Nahas, Andressa Kutschenko
author_facet Nahas, Andressa Kutschenko
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Alencar, Gizelton Pereira
dc.contributor.author.fl_str_mv Nahas, Andressa Kutschenko
dc.subject.por.fl_str_mv Análise Espacial
Análise Espaço-Temporal
Bioestatistica
Biostatistics
Fetal Mortality
Metodologia
Metodology
Mortalidade Fetal
Spatial Analysis
Spatio-Temporal Analysis
topic Análise Espacial
Análise Espaço-Temporal
Bioestatistica
Biostatistics
Fetal Mortality
Metodologia
Metodology
Mortalidade Fetal
Spatial Analysis
Spatio-Temporal Analysis
description Objetivo: Este estudo tem por objetivo apresentar diferenciais inter-municípios e temporais dos padrões de mortalidade fetal no estado de São Paulo (SP) e identificar indicadores municipais associados. Métodos: Estudo ecológico com uso de análises exploratórias espaciais e modelagem bayesiana espacial e espaço-temporal utilizando histórico de dados do estado de SP entre 2005 e 2016. Foram calculadas as taxas brutas e bayesianas empíricas de mortalidade fetal considerando município como unidade de análise e, em seguida, foram calculados os índices globais de Moran e Geary para testar a hipótese de autocorrelação espacial. Os indicadores municipais testados como covariáveis do modelo bayesiano espacial foram selecionados por uma combinação de métodos de Análise de Componentes Principais e critério Deviance Information Criterion. Foram calculdas as taxas totalmente bayesianas de mortalidade fetal pelos modelos bayesianos espacial com e sem covariáveis. A identificação de padrões espaço-temporais foi realizada pela modelagem bayesiana espaço-temporal. Resultados: A autocorrelação espacial foi evidenciada pelos índices de Moran e Geary, não havendo evidências de aleatoriedade em sua distribuição. A seleção de indicadores municipais resultou como finalistas cinco variáveis e o modelo bayesiano espacial com quatro indicadores municipais foi eleito o modelo com melhor ajuste, apontando relação de aumento da taxa de mortalidade fetal nos municípios que apresentam as seguintes características: baixo percentual de crianças entre 4 e 5 anos na escola; alto percentual de adolescentes entre 15 e 17 anos no ensino médio com 2 anos de atraso; alto percentual da população em domicílios com densidade superior a 2 pessoas por dormitório. A amplitude das taxas empíricas bayesianas e totalmente bayesianas foram reduzidas em relação à taxa bruta, de tal modo que as taxas bayesianas empíricas global e local apresentaram a menor e a maior variabilidade entre as taxas calculadas, respectivamente. A região intermediária de São José dos Campos e da Baixada Santista apresentaram altas taxas de mortalidade fetal e relação geral de indicadores municipais que indicavam piores condições. A região de Marília obteve maiores taxas de mortalidade fetal segundo o modelo eleito apesar da relação de indicadores apresentarem boas condições. O modelo bayesiano espaço-temporal identificou leve tendência de redução da taxa de mortalidade ao longo dos anos no SP. Conclusões: Os achados do estudo apontam a necessidade de intensificação de políticas públicas que gerem maior atenção à saúde das gestantes que residem em locais com alta vulnerabilidade social e baixo rendimento médio per capita, que são locais de maior risco para mortalidade fetal.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-12-18
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-16042019-143712/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-16042019-143712/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090766224490496