Utilização da PCR na identificação de espécies de leishmânias e do hábito alimentar em flebotomíneos (Díptera: Psychodidae) de regiões do Mato Grosso do Sul, Brasil.
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-02022010-122140/ |
Resumo: | As leishmanioses são protozooses de alta prevalência em regiões tropicais como o Brasil, transmitidas por vetores flebotomíneos, cujos reservatórios são compostos por diferentes espécies animais. No vetor, os parasitos assumem uma forma flagelada indistinguível entre as espécies e outros tripanossomatídeos. A doença apresenta amplo espectro pela existência de varias espécies de leishmânias e por diferenças na susceptibilidade individual dos hospedeiros. Tanto para o prognóstico individual como também nas investigações epidemiológicas, levando-se em conta futuras medidas de controle desta doença, a identificação espécie especifica é de crucial importância. Um fator importante na rede causal é a determinação da preferência alimentar dos vetores, permitindo assim a intervenção adequada no controle da doença e de seus reservatórios. Atualmente, técnicas moleculares como a PCR, permitem diagnosticar a infecção, identificar a espécie infectante no vetor e seus hospedeiros,assim como o hábito alimentar dos flebotomíneos. Observou-se um aumento significativo de notificações de leishmaniose tegumentar e visceral no Estado do Mato Grosso do Sul, sendo que até o presente momento, pouco se conhece a respeito de sua etiologia. Neste sentido, em colaboração com pesquisadores do Mato Grosso do Sul e por meio da técnica de PCR, temos como objetivo: determinar a infecção natural dos flebotomíneos capturados em campo; identificar as espécies de leishmânias provenientes de amostras humanas e caninas e isoladas em hamster; padronizar reação que determine a fonte alimentar de flebotomíneos; em Campo Grande e Bela Vista. Para a identificação de leishmânia, foi utilizada como alvo seqüências de mini exon e nos casos positivos para subgênero Viannia utilizou-se a técnica de RFLP. Para identificação de fonte alimentar foi utilizado como alvo regiões conservadas do gene citocromo b. Na capital Campo Grande, a captura foi realizada no período de 2003 a 2005. Entre os anos de 2003 - 2004 a taxa mínima de infecção (TM) foi de 1,6%, sendo identificado L.(V.) braziliensis, já para o período de 2004 - 2005 a TM foi de 0,38%, para L.(L.) amazonensis, cuja maioria das espécies pertencia à Lu. longipalpis. Cinco amostras humanas provenientes de Campo Grande e outros municípios e isolados em hamster foram identificadas como L.(V.) braziliensis. No município de Bela Vista, no período entre 2004-2006, a maioria das espécies capturadas pertencia à espécie Bi. flaviscutelata. Destes, foi possível identificar TM de 0,6% de L. (L.) amazonensis e taxa de 0,24% para outros tripanossomatídeos. De um total de 10 amostras de cães isoladas em hamsters, 2 foram identificadas como L.(L.) amazonensis. A PCR para identificação de fonte alimentar foi capaz de identificar sangue de humano, galinha, camundongo, cavalo, gambá, capivara, porco, cachorro doméstico e cachorro do mato. Para validação da técnica, foram utilizados flebotomíneos capturados em Campo Grande (MS). Verificou-se que 68% dos insetos capturados alimentaram-se em galinha. Acreditamos que os resultados advindos deste projeto possam contribuir no desenho de futuras medidas de controle desta doença no Estado do Mato Grosso do Sul. |
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Utilização da PCR na identificação de espécies de leishmânias e do hábito alimentar em flebotomíneos (Díptera: Psychodidae) de regiões do Mato Grosso do Sul, Brasil.PCR-based leishmania species and blood meal identification in sand flies (Diptera: Psychodidae) from Mato Grosso do Sul, Brazil.Food preferencesInsects vectorsInsetos vetoresLeishmaniasis animal (Identification)Leishmanioses animal (Identificação)Mato Grosso do SulMato Grosso do SulPolymerase chain reaction - PCRPreferências alimentaresReação em cadeia por polimerase - PCRAs leishmanioses são protozooses de alta prevalência em regiões tropicais como o Brasil, transmitidas por vetores flebotomíneos, cujos reservatórios são compostos por diferentes espécies animais. No vetor, os parasitos assumem uma forma flagelada indistinguível entre as espécies e outros tripanossomatídeos. A doença apresenta amplo espectro pela existência de varias espécies de leishmânias e por diferenças na susceptibilidade individual dos hospedeiros. Tanto para o prognóstico individual como também nas investigações epidemiológicas, levando-se em conta futuras medidas de controle desta doença, a identificação espécie especifica é de crucial importância. Um fator importante na rede causal é a determinação da preferência alimentar dos vetores, permitindo assim a intervenção adequada no controle da doença e de seus reservatórios. Atualmente, técnicas moleculares como a PCR, permitem diagnosticar a infecção, identificar a espécie infectante no vetor e seus hospedeiros,assim como o hábito alimentar dos flebotomíneos. Observou-se um aumento significativo de notificações de leishmaniose tegumentar e visceral no Estado do Mato Grosso do Sul, sendo que até o presente momento, pouco se conhece a respeito de sua etiologia. Neste sentido, em colaboração com pesquisadores do Mato Grosso do Sul e por meio da técnica de PCR, temos como objetivo: determinar a infecção natural dos flebotomíneos capturados em campo; identificar as espécies de leishmânias provenientes de amostras humanas e caninas e isoladas em hamster; padronizar reação que determine a fonte alimentar de flebotomíneos; em Campo Grande e Bela Vista. Para a identificação de leishmânia, foi utilizada como alvo seqüências de mini exon e nos casos positivos para subgênero Viannia utilizou-se a técnica de RFLP. Para identificação de fonte alimentar foi utilizado como alvo regiões conservadas do gene citocromo b. Na capital Campo Grande, a captura foi realizada no período de 2003 a 2005. Entre os anos de 2003 - 2004 a taxa mínima de infecção (TM) foi de 1,6%, sendo identificado L.(V.) braziliensis, já para o período de 2004 - 2005 a TM foi de 0,38%, para L.(L.) amazonensis, cuja maioria das espécies pertencia à Lu. longipalpis. Cinco amostras humanas provenientes de Campo Grande e outros municípios e isolados em hamster foram identificadas como L.(V.) braziliensis. No município de Bela Vista, no período entre 2004-2006, a maioria das espécies capturadas pertencia à espécie Bi. flaviscutelata. Destes, foi possível identificar TM de 0,6% de L. (L.) amazonensis e taxa de 0,24% para outros tripanossomatídeos. De um total de 10 amostras de cães isoladas em hamsters, 2 foram identificadas como L.(L.) amazonensis. A PCR para identificação de fonte alimentar foi capaz de identificar sangue de humano, galinha, camundongo, cavalo, gambá, capivara, porco, cachorro doméstico e cachorro do mato. Para validação da técnica, foram utilizados flebotomíneos capturados em Campo Grande (MS). Verificou-se que 68% dos insetos capturados alimentaram-se em galinha. Acreditamos que os resultados advindos deste projeto possam contribuir no desenho de futuras medidas de controle desta doença no Estado do Mato Grosso do Sul.Leishmaniases protozooses have a high incidence in tropical regions such as Brazil and they are transmitted by sand fly vectors, their reservoirs consisting of different animal species. Flagellate forms in the vector are indistinguishable among the leishmania species as well as among other trypanosomatides. The disease presents a large spectrum due to the several leishmania species and also to different individual susceptibilities of hosts. Both for the individual prognosis as well as for epidemiological investigations in the future control measures of the disease the specific species identification is of crucial importance. An important factor in the causal net of the disease is knowledge of the vectors food source preferences, thus allowing an adequate intervention to control the spreading of the disease as well as of the reservoirs. Nowadays molecular techniques such as PCR allow an infection diagnosis, identification of the parasite infection in the vectors and hosts as well as the sand flies feeding habits. A significant increase of tegument and visceral leishmaniasis notifications was detected in Mato Grosso do Sul State (MS) and so far little is known about their etiology. In collaboration with Mato Grosso do Sul researchers we aim at the following goals, applying PCR techniques: determine the natural infections of field captured sand flies; identify leishmania species originating from human and canine isolates in hamsters; standardize the reaction to determine feeding source from sand flies captured in Campo Grande and Bela Vista. For leishmania species identification mini-exon sequences were used as target and in cases positive for Viannia subgenus the RFLP was applied. For food source identification citochrome b gene conserved regions were used as targets. Captures in Campo Grande were performed between 2003 to 2005. Between the years 2003 -2004 the minimum infection rate (MR) of 1.6% was found for L.(V.) braziliensis, while for the period 2004-2005 MR for L.(L.) amazonensis was 0.38% and the majority of sandfly species were identified as Lu. longipalpis. Five human isolates from Campo Grande and other municipalities were identified as L.(V.) braziliensis. The majority of specimens captured in Bela Vista municipality between 2004-2006 were Bi. flaviscutelata. From these a MR of 0.6% were identified as L .(L.) amazonensis and 0.24% for other Kinetoplastidia species. From a total of 10 canine isolates 2 were identified as L.(L.) amazonensis. Standardization of PCR for food source identification was capable to distinguish the origin of several blood sources: human, chicken, mouse, horse, opossum, capybara, pig, domestic and bush dogs. Sandflies captured in Campo Grande (MS) were used to validate the technique. A percentage of 68% from these captures had fed on chicken. We believe that results shown in this project may contribute to the design of future control measures of this disease in the State of Mato Grosso do Sul.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAndrade Junior, Heitor Franco dePaiva, Byanca Regina de2009-11-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-02022010-122140/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-02022010-122140Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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As leishmanioses são protozooses de alta prevalência em regiões tropicais como o Brasil, transmitidas por vetores flebotomíneos, cujos reservatórios são compostos por diferentes espécies animais. No vetor, os parasitos assumem uma forma flagelada indistinguível entre as espécies e outros tripanossomatídeos. A doença apresenta amplo espectro pela existência de varias espécies de leishmânias e por diferenças na susceptibilidade individual dos hospedeiros. Tanto para o prognóstico individual como também nas investigações epidemiológicas, levando-se em conta futuras medidas de controle desta doença, a identificação espécie especifica é de crucial importância. Um fator importante na rede causal é a determinação da preferência alimentar dos vetores, permitindo assim a intervenção adequada no controle da doença e de seus reservatórios. Atualmente, técnicas moleculares como a PCR, permitem diagnosticar a infecção, identificar a espécie infectante no vetor e seus hospedeiros,assim como o hábito alimentar dos flebotomíneos. Observou-se um aumento significativo de notificações de leishmaniose tegumentar e visceral no Estado do Mato Grosso do Sul, sendo que até o presente momento, pouco se conhece a respeito de sua etiologia. Neste sentido, em colaboração com pesquisadores do Mato Grosso do Sul e por meio da técnica de PCR, temos como objetivo: determinar a infecção natural dos flebotomíneos capturados em campo; identificar as espécies de leishmânias provenientes de amostras humanas e caninas e isoladas em hamster; padronizar reação que determine a fonte alimentar de flebotomíneos; em Campo Grande e Bela Vista. Para a identificação de leishmânia, foi utilizada como alvo seqüências de mini exon e nos casos positivos para subgênero Viannia utilizou-se a técnica de RFLP. Para identificação de fonte alimentar foi utilizado como alvo regiões conservadas do gene citocromo b. Na capital Campo Grande, a captura foi realizada no período de 2003 a 2005. Entre os anos de 2003 - 2004 a taxa mínima de infecção (TM) foi de 1,6%, sendo identificado L.(V.) braziliensis, já para o período de 2004 - 2005 a TM foi de 0,38%, para L.(L.) amazonensis, cuja maioria das espécies pertencia à Lu. longipalpis. Cinco amostras humanas provenientes de Campo Grande e outros municípios e isolados em hamster foram identificadas como L.(V.) braziliensis. No município de Bela Vista, no período entre 2004-2006, a maioria das espécies capturadas pertencia à espécie Bi. flaviscutelata. Destes, foi possível identificar TM de 0,6% de L. (L.) amazonensis e taxa de 0,24% para outros tripanossomatídeos. De um total de 10 amostras de cães isoladas em hamsters, 2 foram identificadas como L.(L.) amazonensis. A PCR para identificação de fonte alimentar foi capaz de identificar sangue de humano, galinha, camundongo, cavalo, gambá, capivara, porco, cachorro doméstico e cachorro do mato. Para validação da técnica, foram utilizados flebotomíneos capturados em Campo Grande (MS). Verificou-se que 68% dos insetos capturados alimentaram-se em galinha. Acreditamos que os resultados advindos deste projeto possam contribuir no desenho de futuras medidas de controle desta doença no Estado do Mato Grosso do Sul. |
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