Valor prognóstico da poligrafia neonatal relacionado ao desenvolvimento neuropsicomotor e evolução para epilepsia em recém-nascidos com encefalopatias diversas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-19082020-085709/ |
Resumo: | Objetivo: Avaliar o valor prognóstico das diferentes categorias de anormalidade da poligrafia neonatal em relação aos desfechos, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e epilepsia no lactente. Método: Estudo retrospectivo que avaliou 205 poligrafias em 100 recém-nascidos com encefalopatias diversas, nascidos no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2016, cujas principais etiologias foram: Sepse (44%), encefalopatia hipóxico-isquêmica (33%) e hemorragia peri e intra ventricular (16%), sendo 49 nascidos pre-termo e 51 a termo, com idade pós concepcional que variou de 26 a 47 semanas. As análises foram feitas em dois grupos: um, considerando o último ou o único traçado poligráfico realizado, e o segundo, referente ao pior ou único registro, todos obtidos realizados durante a internação hospitalar. O desenvolvimento neuropsicomotor foi avaliado por meio da escala Alberta ou pelo exame neurológico tradicional pelo menos uma vez entre 6 a 18 meses de idade corrigida, além de analisado a evolução para epilepsia até 18 meses de vida. Os registros foram categorizadas em diferentes graus de anormalidade, de acordo com o modelo de classificação utilizado no serviço de Neurofisiologia Clínica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em: normal e anormal grau I, II, III e IV, além de discriminada a presença de elementos epileptiformes no traçado eletroencefalográfico tais como: ATAPs, BIRDs, crises eletrográficas e status epilepticus. Resultados: A última poligrafia realizada no neonato, referente ao período próximo a alta hospitalar, quando classificada como anormal IV, confere risco 9 vezes maior para desenvolver epilepsia que a poligrafia classificada como normal, com a área sob a curva ROC foi de 0,78. Já a poligrafia classificada como anormal I, também no último registro realizado no neonato, evidenciou-se como valor preditivo para atraso do desenvolvimento neuropsicomotor se avaliado pelo exame neurológico tradicional, porém a área sob a curva ROC foi de 0,65, com baixo poder discriminatório. Conclusões: Em recém-nascidos com encefalopatias diversas, um exame poligráfico classificado como anormal IV antes da alta hospitalar é preditivo de epilepsia na fase de lactente. Entretanto, estudos prospectivos são necessários para avaliar o prognóstico da poligrafia neonatal para tais desfechos. |
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Valor prognóstico da poligrafia neonatal relacionado ao desenvolvimento neuropsicomotor e evolução para epilepsia em recém-nascidos com encefalopatias diversasPrognostic value of the neonatal polygraphy related to neuropsychomotor development and epilepsy on outcome in newborns with diverse encephalopathiesDesenvolvimento neuropsicomotorElectroencephalogramEletroencefalogramaEncefalopatia neonatalEpilepsiaEpilepsyNeonatal encephalopathyNeonatal polygraphyNeuropsychomotor developmentNewbornPoligrafia neonatalRecém-nascidoObjetivo: Avaliar o valor prognóstico das diferentes categorias de anormalidade da poligrafia neonatal em relação aos desfechos, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e epilepsia no lactente. Método: Estudo retrospectivo que avaliou 205 poligrafias em 100 recém-nascidos com encefalopatias diversas, nascidos no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2016, cujas principais etiologias foram: Sepse (44%), encefalopatia hipóxico-isquêmica (33%) e hemorragia peri e intra ventricular (16%), sendo 49 nascidos pre-termo e 51 a termo, com idade pós concepcional que variou de 26 a 47 semanas. As análises foram feitas em dois grupos: um, considerando o último ou o único traçado poligráfico realizado, e o segundo, referente ao pior ou único registro, todos obtidos realizados durante a internação hospitalar. O desenvolvimento neuropsicomotor foi avaliado por meio da escala Alberta ou pelo exame neurológico tradicional pelo menos uma vez entre 6 a 18 meses de idade corrigida, além de analisado a evolução para epilepsia até 18 meses de vida. Os registros foram categorizadas em diferentes graus de anormalidade, de acordo com o modelo de classificação utilizado no serviço de Neurofisiologia Clínica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto em: normal e anormal grau I, II, III e IV, além de discriminada a presença de elementos epileptiformes no traçado eletroencefalográfico tais como: ATAPs, BIRDs, crises eletrográficas e status epilepticus. Resultados: A última poligrafia realizada no neonato, referente ao período próximo a alta hospitalar, quando classificada como anormal IV, confere risco 9 vezes maior para desenvolver epilepsia que a poligrafia classificada como normal, com a área sob a curva ROC foi de 0,78. Já a poligrafia classificada como anormal I, também no último registro realizado no neonato, evidenciou-se como valor preditivo para atraso do desenvolvimento neuropsicomotor se avaliado pelo exame neurológico tradicional, porém a área sob a curva ROC foi de 0,65, com baixo poder discriminatório. Conclusões: Em recém-nascidos com encefalopatias diversas, um exame poligráfico classificado como anormal IV antes da alta hospitalar é preditivo de epilepsia na fase de lactente. Entretanto, estudos prospectivos são necessários para avaliar o prognóstico da poligrafia neonatal para tais desfechos.Objective: To evaluate the prognostic value of the different degrees of abnormalities in polygraphic recordings recordings,carried out in neonates with diverse encephalopathies, regarding the neuropsychomotor development and epilepsy in infancy. Methods: Retrospective study, including 205 polygraphics recording from 100 newborns, 49 preterm and 51 full-term, with 26 to 47 weeks of post conceptional age, enrolled between January 2014 and December 2016, with different sort encephalopathies. The main etiologies of the were Sepsis (44%), hypoxic-ischemicencephalopathy (33%) and periventricular hemorrhage (16%). The analysis was carried out in two ways, one considering the last or the single polygraphic recording, and another focusing on the worst or the single recording, all of them obtained during the hospitalization. The neurodevelopment was evaluated at least once, from 6 to 18 months of corrected age, through Alberta Infant Motor Scale or traditional neurologic examination. Epilepsy in the evolution was evaluated up to the age of 18 months. The recordings were classified as normal or included in one of the increasing degrees of abnormality, abnormal I, II, III and IV, by the Neurophysiology team of Ribeirão Preto University Hospital, Brazil. The presence of abnormal sharp and spiky transients, as well as brief ictal/interictal rhythmic discharges (BIRDs), electrographic/electroclinical seizures and status epilepticus were considered. Results: The classification as abnormal IV for the last polygraphy before hospital discharge was predictive of epilepsy by the age of 18 months. That means 9 times more chance to develop epilepsy as compared to normal polygraphy classification. The area under ROC curve was 0.78.he classification of the last polygraphy as abnormal I was predictive of neurodevelopment delay based upon traditional neurologic exam; however the area under ROC curve was 0.65, poor discriminative power. Conclusions: In neonates with diverse encephalopathies, a polygraphic recording classified as abnormal IV before hospital discharge is predictive of epilepsy in infancy. Thus, for newborns with different sorts of encephalopathies, prospective studies are still necessary to detect high risk of neuropsychomotor delay and epilepsy in the outcome.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFernandes, Regina Maria FrancaSantos, Nilton César Lima dos2020-03-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-19082020-085709/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-10-26T18:32:03Zoai:teses.usp.br:tde-19082020-085709Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-10-26T18:32:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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