Efeito das doenças foliares de final de ciclo (Septoria glycines Hemmi e Cercospora kikuchii (Matsu. & Tomoyasu) Gardner) na produção e na duração da área foliar sadia da soja

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerzoni, Rodrigo Ayusso
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20181127-161016/
Resumo: Tanto a mancha parda (Septoria gliycines Hemmi) quanto o crestamento foliar de cercospora (Cercospora kikuchii (Matsu. & Tomoyasu) Gardner) estão disseminados por todas as regiões produtoras de soja no Brasil. Ambas ocorrem na mesma época e, devido às dificuldades que apresentam nas avaliações individuais, são consideradas como um complexo de doenças de final de ciclo. O maior dano causado por esse complexo de doenças se deve à antecipação da desfolha. Sabe-se que antecipação da desfolha promove redução na produção, a qual geralmente se deve ao menor tamanho dos grãos. Com o objetivo de melhor compreender os danos causados pelas doenças de final de ciclo, foi conduzido um experimento para avaliar os efeitos dessas doenças na duração da área foliar sadia (HAD) da soja, procurar relações entre a severidade da doença e produção, bem como identificar o melhor estádio fenológico e dose de fungicida para o controle dessas doenças. Com base nos resultados obtidos, pôde-se concluir que: a) as doenças foliares de final de ciclo causaram perdas na produção da soja na ordem de 21%, sendo a redução no peso de 1000 grãos o principal fator de perda quantitativa; b) embora a análise estatística tenha demonstrado não haver diferenças significativas quanto à época de aplicação dos fungicidas (estádio R5.3 x estádio R4 repetindo-se a aplicação 15 dias mais tarde) em relação à produção e ao peso de 100 grãos de soja, os maiores valores absolutos das variáveis acima mencionadas foram conseguidos, para ambos os fungicidas, com uma aplicação de 500 g do produto comercial no estádio R4 de desenvolvimento da cultura da soja, seguida de outra aplicação da mesma quantidade do produto comercial 15 dias após primeira; c) o uso da variável severidade não se apresentou como uma boa indicadora para se prever ou estimar reduções na produção, haja vista a falta de relação que esta variável (severidade) apresenta com a mesma (produção); d) a duração da área foliar sadia (HAD) é uma variável de avaliação que apresenta relações significativas com a produção e peso de 1000 grãos, podendo ser utilizada no patossistema soja-doenças foliares de final de ciclo, uma vez que estas doenças afetam diretamente a HAD.
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