Reação de hospedeiro de espécies de eucalipto a Pratylenchus brachyurus e Meloidogyne incognita
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-07042015-104640/ |
Resumo: | O gênero Eucalyptus possui diversas espécies que apresentam grande valor comercial, sendo utilizado principalmente para produção de energia (carvão e lenha) e celulose-papel. Na literatura, entretanto, existem poucas informações acerca de nematoses nessa cultura. Além dessa carência e de sua importância econômica, o eucalipto é comumente cultivado em locais de alta incidência de Pratylenchus brachyurus e Meloidogyne incognita, além de ser consorciado com diversas outras culturas intolerantes, como por exemplo a soja. Dessa forma há uma necessidade de conhecer a reação das espécies de eucalipto a estes nematoides. Dito isso, o presente trabalho teve por objetivo testar a reação de algumas espécies de eucalipto a P. brachyurus e M.incognita. Foram realizados 6 experimentos, 5 envolvendo o nematoide das lesões e 1 com o nematoide de galhas. Os tratamentos foram inoculados com uma população inicial de nematoides e, após 90 dias, estimava-se o fator de reprodução (FR) e nematoides por grama de raiz (Nem/g). Adotou-se o critério baseado em Oostenbrink (1966), onde a espécie foi considerada suscetível quando apresenta FR >= 1 e resistente quando FR < 1. Dos eucaliptos testados, 6 apresentaram reação suscetível e 4 reação resistente para P. brachyurus. As espécies com maiores FR estão entre as mais utilizadas no Brasil, exceto E. saligna. Ressalta-se que estas não necessariamente são resistentes, necessitando apenas de um período maior para o estabelecimento do patógeno. Observou-se indícios de que E. saligna e E. camaldulensis sejam intolerantes a P.brachyurus. Para M. incognita raça 3 todas as espécies testadas foram resistentes. Aconselha-se a realização de experimentos com períodos superiores a 100 dias para uma correta classificação da reação de hospedeiro. O eucalipto é uma opção para aproveitamento de áreas infestadas com M. incognita raça 3, porém seu uso mostra-se um risco em áreas infestadas com P. brachyurus. |
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Reação de hospedeiro de espécies de eucalipto a Pratylenchus brachyurus e Meloidogyne incognitaHost-status of eucalyptus species to Pratylenchus brachyurus and Meloidogyne incognitaEucalyptusMeloidogyne incognitaPratylenchus brachyurusEucalyptusLesion nematodeResistance to phytonematodesResistência a fitonematoidesRoot-knot nematodeO gênero Eucalyptus possui diversas espécies que apresentam grande valor comercial, sendo utilizado principalmente para produção de energia (carvão e lenha) e celulose-papel. Na literatura, entretanto, existem poucas informações acerca de nematoses nessa cultura. Além dessa carência e de sua importância econômica, o eucalipto é comumente cultivado em locais de alta incidência de Pratylenchus brachyurus e Meloidogyne incognita, além de ser consorciado com diversas outras culturas intolerantes, como por exemplo a soja. Dessa forma há uma necessidade de conhecer a reação das espécies de eucalipto a estes nematoides. Dito isso, o presente trabalho teve por objetivo testar a reação de algumas espécies de eucalipto a P. brachyurus e M.incognita. Foram realizados 6 experimentos, 5 envolvendo o nematoide das lesões e 1 com o nematoide de galhas. Os tratamentos foram inoculados com uma população inicial de nematoides e, após 90 dias, estimava-se o fator de reprodução (FR) e nematoides por grama de raiz (Nem/g). Adotou-se o critério baseado em Oostenbrink (1966), onde a espécie foi considerada suscetível quando apresenta FR >= 1 e resistente quando FR < 1. Dos eucaliptos testados, 6 apresentaram reação suscetível e 4 reação resistente para P. brachyurus. As espécies com maiores FR estão entre as mais utilizadas no Brasil, exceto E. saligna. Ressalta-se que estas não necessariamente são resistentes, necessitando apenas de um período maior para o estabelecimento do patógeno. Observou-se indícios de que E. saligna e E. camaldulensis sejam intolerantes a P.brachyurus. Para M. incognita raça 3 todas as espécies testadas foram resistentes. Aconselha-se a realização de experimentos com períodos superiores a 100 dias para uma correta classificação da reação de hospedeiro. O eucalipto é uma opção para aproveitamento de áreas infestadas com M. incognita raça 3, porém seu uso mostra-se um risco em áreas infestadas com P. brachyurus.The Eucalyptus has several species with high commercial value and is used mainly for energy purpose (Charcoal and firewood) and paper. In the literature, however, there is little information about plant parasitic nematodes in this woody specie. In addition to this lack and its economic importance, eucalypts is also commonly cultivated in areas with high incidence of Pratylenchus brachyurus and Meloidogyne incognita, and consorted with several intolerant crops, such as soybean. Thus, there is a need to know the host status of the eucalypts species to these nematodes. With that, this work aimed to test the reaction of some Eucalyptus species to P.brachyurus and M. incognita. For this purpose six experiments were performed, five to test the lesion nematode and one to test the root-knot nematode. The treatments were inoculated and, after 90 days, it was estimated the reproduction factor (FR) and nematodes per gram of root (Nem/g). The present work adopted the criteria based on Oostenbrink (1966), where the species was considered susceptible when presenting FR >= 1 and resistant when FR < 1. Of species tested, six were susceptible hosts and four resistant host to P. brachyurus. The species with highest FR are among the most used eucalypts in Brazil, except E. saligna. It is emphasized that those species with FR < 1 are not necessarily resistant, requiring only a longer period for the pathogen establishment. There was some evidence that E. saligna and E. camaldulensis are intolerant hosts to P. brachyurus. To M. incognita Race 3 all tested species were resistant. It is advisable to perform experiments for periods longer than 100 days to a correct classification of host status. Eucalyptus is an option for utilization of areas infested with M. incognita race 3, but its use appears to be a risk in Pratylenchus brachyurus infested areas.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPInomoto, Mario MassayukiSouza, Victor Hugo Moura de2015-01-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-07042015-104640/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-07042015-104640Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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