Competitividade do comércio internacional de soja

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Maria de Fatima Sales de
Data de Publicação: 1994
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191108-111246/
Resumo: Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de analisar as implicações do estabelecimento de novas relações de comércio no contexto internacional sobre os fluxos de comércio no mercado de soja em grão e farelo de soja. Para tanto, utilizaram-se os modelos de elasticidade de substituição e o modelo probabilístico proposto por Savage & Deutsch. As elasticidades de substituição foram estimadas pelo método de mínimos quadrados ordinários e calculadas para o total dos países e para mercados importadores específicos. Constatou-se grande variabilidade da magnitude da elasticidade de substituição entre produtos (grão e farelo de soja) e local de destino. Esta informação não foi captada por trabalhos anteriores, pois estes não utilizaram um detalhamento dos principais importadores. O mercado de soja em grão é menos diferenciado por país de origem e mais competitivo quando comparado com o mercado de farelo de soja, menos sensível à variação nos preços relativos. Os valores das elasticidades de substituição estimadas quando se agregaram países de acordo com as tendências atuais (e.g. Brasil e Argentina representando o MERCOSUL) foram relativamente mais baixos que os estimados por país individual. Isto pode ser considerado como uma indicação de que a competitividade por mercados pode ser reduzida por ocasião da formação de mercados comuns. Decompondo o crescimento das exportações mundiais de soja em grão e farelo de soja através do modelo de Savage & Deutsch, observaram-se efeitos favoráveis às exportações do Brasil e Argentina é uma tendência à redução do market share dos Estados Unidos. A Comunidade Econômica Européia (CEE) caracterizou-se como maior mercado importador de soja em grão e farelo de soja, à exceção do período 1984-88 para os Estados Unidos. Os resultados obtidos permitem concluir que se for mantida a perspectiva de abertura comercial e de reformas das políticas agrícolas dos Estados Unidos e da Comunidade Econômica Européia, o Brasil será favorecido. Para tanto, basta ter em conta que a CEE é a maior região importadora e que existe, de modo geral, uma preferência pelos produtos do complexo soja brasileiro nos principais países (blocos econômicos) importadores
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