Valoração da tonelada de carbono sequestrado em plantios de eucaliptos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guitart, Adriana Teresa Bussoni
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191218-181144/
Resumo: A partir da implementação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, previsto no acordo de Quioto, países com superfícies florestais poderão emitir Certificados de Redução de Emissão concedidos pela quantidade de Bióxido de Carbono Equivalente (CO2-e) abatida numa área florestal determinada. Neste trabalho, propõe-se um modelo de avaliação de CO2-e a partir do Valor da Terra de Faustmann. Calcula-se o valor mínimo de recompensa para manter a biomassa florestal em pé, o que permite estabelecer a oferta potencial de abatimento de carbono. A partir de um estudo prévio feito de Stape (2002) em florestas de eucalipto no Nordeste de Brasil (Bahia), determinaram-se para dois sítios florestais a oferta de abatimento de CO2-e acima da linha-base. Os valores médios obtidos foram de US$ 8,16 Mg-1 CO2-e e US$ 7,19 Mg-1 CO2-e para sítios de média e alta produtividade, respectivamente. Sítios mais produtivos resultaram numa oferta de abatimento de carbono maior: considerando a rotação a 11 anos, os sítios de média produtividade podem reter 34 Mg CO2-e ha-1 a um preço de US$ 16 Mg-1 CO2-e, frente aos sítios de alta produtividade, que podem reter 80 Mg CO2-e ha-1 a um preço de US$ 14 Mg-1 CO2-e. A elasticidade preço da oferta é, para os dois sítios, inelástica e crescente à medida que a rotação dista do ótimo econômico: 0,24 e 0,27 para idades de 11 anos em sítios de média e alta produtividade, respectivamente. Isso estaria determinado pelo limite biológico na produção de biomassa, além do qual um aumento no preço não determina de maneira proporcional a oferta de carbono. O modelo proposto de valoração do serviço ambiental poderia ser adequado para determinar, da perspectiva privada, a oferta potencial de florestas com um custo de oportunidade econômico na ausência de mercados desenvolvidos. Porém, não se adapta a florestas com baixo valor comercial
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