Intensidade de pastejo como condicionante da estrutura do dossel e da assimilação de carbono de pastos de capim Xaraés [Brachiaria brizantha (A. Rich) Stapf. cv. Xaraés] sob lotação contínua

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pequeno, Diego Noleto Luz
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-16032010-111353/
Resumo: A produção de forragem em pastagens é resultado de um processo complexo e dinâmico onde características estruturais como o arranjo e a distribuição de partes da planta e o padrão de distribuição de luz condicionam respostas fisiológicas e produtivas. A altura de dossel mantida constante pode ser relacionada com respostas produtivas, estruturais e fisiológicas do dossel, possibilitando recomendações de manejo do pastejo. O objetivo do trabalho foi quantificar o efeito da altura de dossel mantida constante em 15, 30 e 45 cm sobre características produtivas e morfo-fisiológicas do capim Xaraés [Brachiaria brizantha (A. Rich) Stapf. cv. Xaraés] submetido à lotação contínua. O estudo foi realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, campus da USP, localizado em Piracicaba SP. Foram avaliados a produção e taxas de acúmulo de forragem, proporção de folhas, colmos e material morto, índice de área foliar (IAF), interceptação luminosa (IL), ângulo foliar e taxas de fotossíntese foliar e de dossel. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três tratamentos e três repetições. As unidades experimentais (piquetes) tiveram 120 m2 cada e as alturas de dossel foram mantidas constante utilizando a técnica de mob grazing. O total de forragem produzida e a taxa de acúmulo não variaram com as alturas de dossel estudadas. A massa de forragem total mantida nos pastos esteve diretamente relacionada com a altura de dossel. A maior proporção de folhas nos dosséis mantidos a 15 cm foi acompanhada de menor proporção de colmos, com exceção do final da primavera, em relação àqueles mantidos a 45 cm. No final da primavera maiores proporções de material morto foram encontradas nos dosséis mantidos a 45 cm, não variando com as alturas de dossel do verão ao início do outono. O IAF esteve diretamente relacionado com a altura de dossel apresentando valores médios variando de 1,6 a 3,4 para os dosséis mantidos a 15 e 45 cm, respectivamente. O IAF dos dosséis com valores de 2,5 já apresentavam máximos valores de IL (99%), condição encontrada nos pastos mantidos a 30 cm. O ângulo foliar não sofreu efeito de altura de dossel, com média de 39º em relação à horizontal. A taxa fotossintética média da folha mais jovem completamente expandida foi diminuída 17% quando a altura média de dossel foi aumentada de 15 para 45 cm. As taxas de fotossíntese de dossel simuladas pelo modelo foram aumentadas com incrementos na altura de dossel, alcançando valores máximos nos dosséis mantidos a 30 e 45 cm. O aumento nas taxas fotossintéticas de dossel seguiu o mesmo padrão de resposta do IAF e da IL. A altura de dossel em pastos de capim Xaraés pode ser mantida entre 15 e 45 cm, porém perdas significativas podem ocorrer na assimilação de carbono quando os dosséis são mantidos a 15 cm.
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O objetivo do trabalho foi quantificar o efeito da altura de dossel mantida constante em 15, 30 e 45 cm sobre características produtivas e morfo-fisiológicas do capim Xaraés [Brachiaria brizantha (A. Rich) Stapf. cv. Xaraés] submetido à lotação contínua. O estudo foi realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, campus da USP, localizado em Piracicaba SP. Foram avaliados a produção e taxas de acúmulo de forragem, proporção de folhas, colmos e material morto, índice de área foliar (IAF), interceptação luminosa (IL), ângulo foliar e taxas de fotossíntese foliar e de dossel. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três tratamentos e três repetições. As unidades experimentais (piquetes) tiveram 120 m2 cada e as alturas de dossel foram mantidas constante utilizando a técnica de mob grazing. O total de forragem produzida e a taxa de acúmulo não variaram com as alturas de dossel estudadas. A massa de forragem total mantida nos pastos esteve diretamente relacionada com a altura de dossel. A maior proporção de folhas nos dosséis mantidos a 15 cm foi acompanhada de menor proporção de colmos, com exceção do final da primavera, em relação àqueles mantidos a 45 cm. No final da primavera maiores proporções de material morto foram encontradas nos dosséis mantidos a 45 cm, não variando com as alturas de dossel do verão ao início do outono. O IAF esteve diretamente relacionado com a altura de dossel apresentando valores médios variando de 1,6 a 3,4 para os dosséis mantidos a 15 e 45 cm, respectivamente. O IAF dos dosséis com valores de 2,5 já apresentavam máximos valores de IL (99%), condição encontrada nos pastos mantidos a 30 cm. O ângulo foliar não sofreu efeito de altura de dossel, com média de 39º em relação à horizontal. A taxa fotossintética média da folha mais jovem completamente expandida foi diminuída 17% quando a altura média de dossel foi aumentada de 15 para 45 cm. As taxas de fotossíntese de dossel simuladas pelo modelo foram aumentadas com incrementos na altura de dossel, alcançando valores máximos nos dosséis mantidos a 30 e 45 cm. O aumento nas taxas fotossintéticas de dossel seguiu o mesmo padrão de resposta do IAF e da IL. A altura de dossel em pastos de capim Xaraés pode ser mantida entre 15 e 45 cm, porém perdas significativas podem ocorrer na assimilação de carbono quando os dosséis são mantidos a 15 cm.Forage production from pastures is the result of a complex and dynamic process where structural features such as the arrangement and distribution of plant parts and patterns of light distribution condition physiological and productive responses. Canopy height, when kept constant can be related to the productive, physiological and structural responses by the canopy, allowing for the development of grazing management recommendations. The objective of this study was to quantify the effect of canopy height, maintained at 15, 30 and 45 cm on productive, morphological and physiological responses of Xaraes palisadegrass [Brachiaria brizantha (A. Rich) Stapf. cv. Xaraés] under continuous stocking. The study was carried out at Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\", USP campus, located in Piracicaba - SP. Responses measured included forage production and accumulation rates, the proportion of leaves, stems and dead material, leaf area index (LAI), light interception (LI), leaf angle, and photosynthetic rates of leaf and canopy. The experimental design was completely randomized with three treatments and three replications. Experimental units (paddocks) had 120 m2 each and canopy heights were kept constant using the mob grazing technique. The total herbage yield and accumulation rate did not vary among canopy heights. Forage mass was directly related to the height of the canopy and the largest proportion of leaves in the canopy kept at 15 cm was accompanied by a lower proportion of stems, except in late spring, compared to those kept at 45 cm. In late spring higher proportions of dead material were found in swards kept at 45 cm, but this response did not vary with canopy height from summer to early autumn. Leaf area index was directly related to canopy height, averaging 1.6 to 3.4 for the canopies kept at 15 and 45 cm, respectively. Canopy LAI of 2.5 already showed maximum LI (99%), a condition found in pastures maintained at 30 cm. Leaf angle was not affected by canopy height, with an average of 39 degrees from the horizontal reference. The average photosynthetic rate of the youngest fully expanded leaf decreased by 17% when the average canopy height was increased from 15 to 45 cm. Simulated rates of canopy photosynthesis were increased with increasing canopy height, reaching maximum values in swards kept at 30 cm. The increase in canopy photosynthetic rates followed the same pattern of response of LAI and LI. Canopy height in grazed grass Xaraes palisadegrass can be maintained between 15 and 45 cm, but significant losses can occur in carbon assimilation when the canopies are kept at 15 cm.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPedreira, Carlos Guilherme SilveiraPequeno, Diego Noleto Luz2010-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-16032010-111353/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:03Zoai:teses.usp.br:tde-16032010-111353Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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