Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Alisson Luiz da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-23032018-134837/
Resumo: O overreaching não funcional (NFOR) induzido pelo exercício excêntrico (EE) em modelo animal está associado com a diminuição de desempenho físico, dano no DNA (amostras de músculo esquelético e soro), estresse oxidativo (amostras de músculo esquelético e soro), inflamação crônica de baixo grau (amostras de músculo esquelético e soro) e prejuízo da via de sinalização da insulina (amostras de músculo esquelético). No entanto, as adaptações do músculo cardíaco em resposta ao estado de NFOR induzido ou não pela predominância do EE ainda não foram investigadas. Além disso, sabe-se que a mTOR (mammalian target of rapamycin) possui um efeito protetor no músculo cardíaco, suprimindo o aumento de citocinas pró-inflamatórias, que estão relacionadas à disfunções cardíacas. Assim, o presente estudo teve como objetivo comparar os efeitos do NFOR em declive com outros dois protocolos de mesmo volume e intensidade, mas realizados sem inclinação e em aclive, no conteúdo das proteínas relacionadas às vias moleculares inflamatória e hipertrófica, no conteúdo de fibrose intersticial e na expresão gênica em músculo cardíaco de camundongos. Os animais foram divididos em 6 grupos: Naíve (N; camundongos sedentários), Controle (C; camundongos sedentários submetidos aos testes físicos), Treinado (TR; camundongos submetidos ao protocolo de treinamento), Overtraining em declive (OTR/down; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida na descida), Overtraining sem inclinação (OTR; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida sem inclinação) e Overtraining em aclive (OTR/up; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida na subida). Em relação aos parâmetros metabólicos, o grupo OTR/down apresentou menor variação de peso corporal na semana 8. Todos os grupos que passaram pelo protocolo de OT demonstraram queda de desempenho ao final da semana 8, aumento no conteúdo de tecido conjuntivo no ventrículo esquerdo e menor ativação da proteína AMPKalfa. O grupo OTR/down apresentou menor conteúdo da proteína mTOR e S6RP, e aumento na expressão do gene beta-MHC. Pode-se concluir que os protocolos de OT provocaram indícios de hipertrofia patológica no ventrículo esquerdo, sendo esse efeito mais pronunciado no grupo OTR/down.
id USP_49a0543175043e60f78f33fbe582d698
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-23032018-134837
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíacoNonfunctional overreaching in animal model: inflammatory and hypertrophic adaptations in cardiac muscleCitocinasCoraçãoCytokinesHeartHipertrofiaHypertrophymTORmTOROvertrainingOvertrainingO overreaching não funcional (NFOR) induzido pelo exercício excêntrico (EE) em modelo animal está associado com a diminuição de desempenho físico, dano no DNA (amostras de músculo esquelético e soro), estresse oxidativo (amostras de músculo esquelético e soro), inflamação crônica de baixo grau (amostras de músculo esquelético e soro) e prejuízo da via de sinalização da insulina (amostras de músculo esquelético). No entanto, as adaptações do músculo cardíaco em resposta ao estado de NFOR induzido ou não pela predominância do EE ainda não foram investigadas. Além disso, sabe-se que a mTOR (mammalian target of rapamycin) possui um efeito protetor no músculo cardíaco, suprimindo o aumento de citocinas pró-inflamatórias, que estão relacionadas à disfunções cardíacas. Assim, o presente estudo teve como objetivo comparar os efeitos do NFOR em declive com outros dois protocolos de mesmo volume e intensidade, mas realizados sem inclinação e em aclive, no conteúdo das proteínas relacionadas às vias moleculares inflamatória e hipertrófica, no conteúdo de fibrose intersticial e na expresão gênica em músculo cardíaco de camundongos. Os animais foram divididos em 6 grupos: Naíve (N; camundongos sedentários), Controle (C; camundongos sedentários submetidos aos testes físicos), Treinado (TR; camundongos submetidos ao protocolo de treinamento), Overtraining em declive (OTR/down; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida na descida), Overtraining sem inclinação (OTR; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida sem inclinação) e Overtraining em aclive (OTR/up; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida na subida). Em relação aos parâmetros metabólicos, o grupo OTR/down apresentou menor variação de peso corporal na semana 8. Todos os grupos que passaram pelo protocolo de OT demonstraram queda de desempenho ao final da semana 8, aumento no conteúdo de tecido conjuntivo no ventrículo esquerdo e menor ativação da proteína AMPKalfa. O grupo OTR/down apresentou menor conteúdo da proteína mTOR e S6RP, e aumento na expressão do gene beta-MHC. Pode-se concluir que os protocolos de OT provocaram indícios de hipertrofia patológica no ventrículo esquerdo, sendo esse efeito mais pronunciado no grupo OTR/down.Nonfunctional overreaching (NFOR) induced by eccentric exercise (EE) in animal model is associated with performance decrement, DNA damage (muscle and serum samples), oxidative stress (muscle and serum samples), low grade chronic inflammation (muscle and serum samples) and insulin signaling impairment (muscle and serum samples). However, the adaptations of cardiac muscle in response to NFOR induced or not induced by EE are unknown. In addition, the mammalian target of rapamycin (mTOR) has a protector effect in the cardiac muscle, suppressing the increase of the proinflammatory cytokines that is related to cardiac dysfunctions. Thus, the main aim of present study was to compare the effects of NFOR based on EE (downhill running) with other two protocols with similar intensity and volume, but performed in uphill and without inclination, on the protein contents related to hypertrophic and inflammatory signaling, on the content of interstitial fibrotic tissue and on genes expression in mice cardiac muscle. The animals were divided on six groups: Naïve (N; sedentary mice), Control (C; sedentary mice submitted to physical tests), Trained (TR; mice submitted to training protocol), Overtraining in downhill (OTR/down; mice submitted to the overtraining protocol in downhill), Overtraining without inclination (OTR; mice submitted to the overtraining protocol without inclination), and Overtraining in uphill (OTR/up; mice submitted to the overtraining protocol in uphill). Regarding metabolic parameters, OTR/down group presented reduced body weight variation at week 8. All OT groups presented performance drop at end of week 8, increased connective tissue content in left ventricle and reduced AMPKalpha activation. OTR/down group presented reduced mTOR and S6RP protein content, and increased betaMHC gene expression. The conclusion is that OT protocols provoked signs of pathological hypertrophy in left ventricle, being this effect more pronounced in OTR/down group.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Adelino Sanchez Ramos daRocha, Alisson Luiz da2017-04-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-23032018-134837/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-10-03T01:45:28Zoai:teses.usp.br:tde-23032018-134837Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-10-03T01:45:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco
Nonfunctional overreaching in animal model: inflammatory and hypertrophic adaptations in cardiac muscle
title Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco
spellingShingle Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco
Rocha, Alisson Luiz da
Citocinas
Coração
Cytokines
Heart
Hipertrofia
Hypertrophy
mTOR
mTOR
Overtraining
Overtraining
title_short Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco
title_full Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco
title_fullStr Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco
title_full_unstemmed Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco
title_sort Overreaching não funcional em modelo animal: adaptações inflamatórias e hipertróficas do músculo cardíaco
author Rocha, Alisson Luiz da
author_facet Rocha, Alisson Luiz da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Silva, Adelino Sanchez Ramos da
dc.contributor.author.fl_str_mv Rocha, Alisson Luiz da
dc.subject.por.fl_str_mv Citocinas
Coração
Cytokines
Heart
Hipertrofia
Hypertrophy
mTOR
mTOR
Overtraining
Overtraining
topic Citocinas
Coração
Cytokines
Heart
Hipertrofia
Hypertrophy
mTOR
mTOR
Overtraining
Overtraining
description O overreaching não funcional (NFOR) induzido pelo exercício excêntrico (EE) em modelo animal está associado com a diminuição de desempenho físico, dano no DNA (amostras de músculo esquelético e soro), estresse oxidativo (amostras de músculo esquelético e soro), inflamação crônica de baixo grau (amostras de músculo esquelético e soro) e prejuízo da via de sinalização da insulina (amostras de músculo esquelético). No entanto, as adaptações do músculo cardíaco em resposta ao estado de NFOR induzido ou não pela predominância do EE ainda não foram investigadas. Além disso, sabe-se que a mTOR (mammalian target of rapamycin) possui um efeito protetor no músculo cardíaco, suprimindo o aumento de citocinas pró-inflamatórias, que estão relacionadas à disfunções cardíacas. Assim, o presente estudo teve como objetivo comparar os efeitos do NFOR em declive com outros dois protocolos de mesmo volume e intensidade, mas realizados sem inclinação e em aclive, no conteúdo das proteínas relacionadas às vias moleculares inflamatória e hipertrófica, no conteúdo de fibrose intersticial e na expresão gênica em músculo cardíaco de camundongos. Os animais foram divididos em 6 grupos: Naíve (N; camundongos sedentários), Controle (C; camundongos sedentários submetidos aos testes físicos), Treinado (TR; camundongos submetidos ao protocolo de treinamento), Overtraining em declive (OTR/down; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida na descida), Overtraining sem inclinação (OTR; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida sem inclinação) e Overtraining em aclive (OTR/up; camundongos submetidos ao protocolo de OT com corrida na subida). Em relação aos parâmetros metabólicos, o grupo OTR/down apresentou menor variação de peso corporal na semana 8. Todos os grupos que passaram pelo protocolo de OT demonstraram queda de desempenho ao final da semana 8, aumento no conteúdo de tecido conjuntivo no ventrículo esquerdo e menor ativação da proteína AMPKalfa. O grupo OTR/down apresentou menor conteúdo da proteína mTOR e S6RP, e aumento na expressão do gene beta-MHC. Pode-se concluir que os protocolos de OT provocaram indícios de hipertrofia patológica no ventrículo esquerdo, sendo esse efeito mais pronunciado no grupo OTR/down.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-04-27
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-23032018-134837/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-23032018-134837/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257295576104960