Geografia e geopolítica das drogas: a politica imperialista dos Estados Unidos de combate às drogas na América Latina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Daniel Bruno
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-05102022-170737/
Resumo: O objetivo desta tese é apresentar, discutir e analisar as ações internacionais dos Estados Unidos no combate às drogas, principalmente na América Latina. Para alcançarmos esse objetivo, a tese foi dividida em duas partes; a primeira apresenta conceitos e temas sobre a Geografia e Geopolítica das Drogas, realizando uma historiografia sobre as relações humanas e as drogas, construindo didaticamente os processos de proibição de algumas substâncias ao longo da História e, posteriormente, o papel das instituições multilaterais diante dessa problemática. Na segunda parte, trabalhamos com a hipótese de que os Estados Unidos, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), a partir da década de 1970 firmaram um modelo imperialista de política internacional de combate às drogas pela via da segurança e defesa internacional. Essas políticas tiveram apoio dos Estados nacionais, pois as elites locais (econômicas e políticas) sempre estiveram de acordo com tais propostas. Para corroborar tal hipótese, foram apresentados e estudados dois programas militares/institucionais de ação direta dos Estados Unidos para América Latina, a Iniciativa Andina e o Plano Colômbia. Como procedimento metodológico, foram analisados diversos documentos, como relatórios do Departamento de Estado norte-americano sobre as operações realizadas nos países latino-americanos, os Relatórios Mundiais de Drogas da ONU e artigos jornalísticos, vistos sob o prisma de estudos teóricos de diversos ramos das Ciências Humanas, como a Geografia, a História, o Direito e as Relações Internacionais. Em nosso percurso, mostramos como a guerra às drogas deu espaço para que os Estados Unidos pudessem influenciar direta e indiretamente as políticas na América Latina, além de ampliar seu conhecimento sobre os territórios do continente americano nos aspectos políticos, sociais, culturais e de suas riquezas naturais.
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