Quantidades iniciais de variação intraespecífica influenciam na persistência de populações em paisagens degradadas e/ou fragmentadas?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-04062024-141914/ |
Resumo: | A variação preexistente dentro de uma população, bem como sua herdabilidade, são pré-requisitos fundamentais para a persistência da população que sofre eventos de perturbação. Das muitas fontes antrópicas de extinção da vida selvagem, a perda de habitat provou-se de grande importância. Além disso, a configuração espacial de como o habitat permanece na paisagem pode ter significado além da simples quantidade de habitat removido. Várias explicações para a persistência das populações concentram-se na existência de espécies cujas características atenuam os efeitos da perda e fragmentação do habitat, ignorando que essas características favoráveis podem surgir no nível individual como consequência da variação intraespecífica preexistente no uso dos recursos. Assim, a interação entre a variação quantitativa hereditária e a dinâmica populacional da paisagem situa-se na interface entre os processos ecológicos e evolutivos, um tema quente para desenvolvimentos teóricos e empíricos. Usamos simulações de computador para explorar sistematicamente as consequências lógicas de quantidades iniciais variáveis de variação intraespecífica no tempo de extinção de populações em eventos de quantidades variáveis de perda e fragmentação de habitat. Descobrimos que quantidades iniciais mais altas de variação intraespecífica geralmente aumentam a persistência das populações na maioria dos casos de destruição de habitat, mas também que essa relação não é monótona. Também descobrimos que, embora maiores quantidades de perda de habitat sejam objetivamente mais perigosas para as populações, sua associação com menores graus de fragmentação pode ser especialmente prejudicial para tipos individuais (e espécies análogas com larguras de nicho estreitas), enquanto sua associação com maior fragmentação é mais prejudiciais à sobrevivência da população. |
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Quantidades iniciais de variação intraespecífica influenciam na persistência de populações em paisagens degradadas e/ou fragmentadas?Do initial amounts of adaptive intraspecific variation matter for the persistence of populations in fragmented landscapes?Fragmentação de habitatHabitat fragmentationHabitat lossIndividual variationIndividual-based modelsModelos baseados em indivíduosModelos espacialmente explícitosPerda de habitatSpatially explicit modelsVariação individualA variação preexistente dentro de uma população, bem como sua herdabilidade, são pré-requisitos fundamentais para a persistência da população que sofre eventos de perturbação. Das muitas fontes antrópicas de extinção da vida selvagem, a perda de habitat provou-se de grande importância. Além disso, a configuração espacial de como o habitat permanece na paisagem pode ter significado além da simples quantidade de habitat removido. Várias explicações para a persistência das populações concentram-se na existência de espécies cujas características atenuam os efeitos da perda e fragmentação do habitat, ignorando que essas características favoráveis podem surgir no nível individual como consequência da variação intraespecífica preexistente no uso dos recursos. Assim, a interação entre a variação quantitativa hereditária e a dinâmica populacional da paisagem situa-se na interface entre os processos ecológicos e evolutivos, um tema quente para desenvolvimentos teóricos e empíricos. Usamos simulações de computador para explorar sistematicamente as consequências lógicas de quantidades iniciais variáveis de variação intraespecífica no tempo de extinção de populações em eventos de quantidades variáveis de perda e fragmentação de habitat. Descobrimos que quantidades iniciais mais altas de variação intraespecífica geralmente aumentam a persistência das populações na maioria dos casos de destruição de habitat, mas também que essa relação não é monótona. Também descobrimos que, embora maiores quantidades de perda de habitat sejam objetivamente mais perigosas para as populações, sua associação com menores graus de fragmentação pode ser especialmente prejudicial para tipos individuais (e espécies análogas com larguras de nicho estreitas), enquanto sua associação com maior fragmentação é mais prejudiciais à sobrevivência da população.The preexisting variation within a population, as well as its heritability, are fundamental prerequisites to the persistence of the population suffering from disturbance events. Of the many anthropic sources of wildlife extinction, habitat loss has proven itself to be one of major importance. Moreover, the spatial configuration of how habitat remains on the landscape may bear significance beyond simply the amount of habitat removed. Several explanations for the persistence of populations focus on the existence of species whose traits mitigate the effects of habitat loss and fragmentation while overlooking that those favorable traits may arise at the individual level as a consequence of preexisting intraspecific variation in resource usage. Thus, the interaction between quantitative heritable variation and landscape populational dynamics falls at the interface between ecological and evolutionary processes, a hot topic for both theoretical and empirical developments. We used computer simulations to systematically explore the logical consequences of varying initial amounts of intraspecific variation in the extinction time of populations in the events of varying amounts of both habitat loss and fragmentation. We found that higher initial amounts of intraspecific variation generally increase the persistence of populations under most instances of habitat destruction, but also that this relationship is not monotonous. We also found that, although higher amounts of habitat loss are objectively more hazardous for populations, its association with lower degrees of fragmentation may be especially detrimental to individual types (and analogous species with narrow niche widths), while its association with higher fragmentation is more harmful to the populational survival.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPrado, Paulo Inácio de Knegt López deFreitas, Lucas Rodrigues de2023-02-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-04062024-141914/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-06-12T15:45:02Zoai:teses.usp.br:tde-04062024-141914Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-06-12T15:45:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A variação preexistente dentro de uma população, bem como sua herdabilidade, são pré-requisitos fundamentais para a persistência da população que sofre eventos de perturbação. Das muitas fontes antrópicas de extinção da vida selvagem, a perda de habitat provou-se de grande importância. Além disso, a configuração espacial de como o habitat permanece na paisagem pode ter significado além da simples quantidade de habitat removido. Várias explicações para a persistência das populações concentram-se na existência de espécies cujas características atenuam os efeitos da perda e fragmentação do habitat, ignorando que essas características favoráveis podem surgir no nível individual como consequência da variação intraespecífica preexistente no uso dos recursos. Assim, a interação entre a variação quantitativa hereditária e a dinâmica populacional da paisagem situa-se na interface entre os processos ecológicos e evolutivos, um tema quente para desenvolvimentos teóricos e empíricos. Usamos simulações de computador para explorar sistematicamente as consequências lógicas de quantidades iniciais variáveis de variação intraespecífica no tempo de extinção de populações em eventos de quantidades variáveis de perda e fragmentação de habitat. Descobrimos que quantidades iniciais mais altas de variação intraespecífica geralmente aumentam a persistência das populações na maioria dos casos de destruição de habitat, mas também que essa relação não é monótona. Também descobrimos que, embora maiores quantidades de perda de habitat sejam objetivamente mais perigosas para as populações, sua associação com menores graus de fragmentação pode ser especialmente prejudicial para tipos individuais (e espécies análogas com larguras de nicho estreitas), enquanto sua associação com maior fragmentação é mais prejudiciais à sobrevivência da população. |
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