Efeito da desmineralização por ácido cítrico na consolidação de enxertos ósseos autógenos em bloco: análise qualitativa, quantitativa e imuno-histoquímica em humanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caetano, Adriana dos Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-04102021-154322/
Resumo: Introdução: A partir da perda dos dentes, inicia-se um processo de reabsorção óssea alveolar contínua e progressiva, acarretando deficiências ósseas, as quais impossibilitam a instalação de implantes osseointegrados. Técnicas de reconstrução óssea são empregadas, sendo o enxerto autógeno em bloco considerado padrão ouro para correção de defeitos ósseos em altura e espessura. Entretanto, diversos fatores podem influenciar a consolidação e união do enxerto em bloco com o leito receptor. Objetivo: Avaliar clinicamente, histologicamente (qualitativa e quantitativa), pela técnica imuno-histoquimica e imagens tomográficas o efeito da desmineralização pela aplicação de ácido cítrico a 10% pH1 por 30s da superfície óssea receptora e da superfície do bloco. Metodologia: A metodologia aplicada foi um ensaio clínico de boca dividida, 09 pacientes, os quais foram submetidos a cirurgias de enxerto autógeno em bloco, obtidos da região da sínfise mandibular, para reconstrução óssea em região anterior de maxila. O lado teste recebeu tratamento com ácido cítrico a 10% (pH1) por 30s (bloco e leito), sendo o lado controle sem tratamento adicional. Após seis meses, foram removidas biópsias com uma trefina de 2 mm de diâmetro durante a perfuração para instalação de implantes nas áreas enxertadas. Após a coleta, as amostras foram submetidas ao processamento histotécnico para coloração com Hematoxicilina e Eosina para avaliação histomorfométrica. Cortes histológicos das mesmas amostras receberam marcação imuno-histoquimica da osteocalcina para análise dos eventos de formação e remodelação óssea e para o fator de crescimento endotelial (VGEF). Mensurações nos cortes tomográficos foram realizadas antes e após 5 meses da realização do enxerto ósseo, como também avaliação da estabilidade primária do implante (torque) no momento da cirurgia. Para a análise estatística, todas as variáveis seguiram um padrão de normalidade sendo utilizado o teste t pareado e o teste de Wilcoxon, adotando-se p<0,05. Resultados: A análise quantitativa histológica revelou diferença estatisticamente significante (p<0,05) na área de formação óssea na interface do enxerto ósseo do lado teste (62,24 ± 22,20) em relação ao lado controle (43,51 ± 7,37). A imunomarcação das proteínas osteocalcina no lado teste (2,38 ± 0,916) e lado controle (2,00 ± 0,535), como também a VGEF no lado teste (1,50 ± 0,756) como no lado controle (1,63 ± 0,518), não apresentaram diferença estatisticamente significante para ambas (p>0.05). Nas análises tomográficas, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) para cada uma das medidas (apical, centro, coronal) em relação a medida final para a inicial, porém, não houve diferença (p>0,05) entre o lado teste e controle para todas as variáveis analisadas. Conclusão: Os resultados encontrados sugerem que a desmineralização por ácido cítrico em enxertos ósseos autógenos em bloco e no leito, favoreceu histologicamente, uma maior área de neoformação óssea, porém não apresentou resultados superiores quanto aos parâmetros clínicos, tomográficos e visuais.
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spelling Efeito da desmineralização por ácido cítrico na consolidação de enxertos ósseos autógenos em bloco: análise qualitativa, quantitativa e imuno-histoquímica em humanosEffect of citric acid demineralization in the consolidation of autogenous bone graft in block: qualitative, quantitative and immunohistochemical analysis in humansÁcido cítricoBone graftCitric acidDemineralizationDesmineralizaçãoEnxerto ósseoIntrodução: A partir da perda dos dentes, inicia-se um processo de reabsorção óssea alveolar contínua e progressiva, acarretando deficiências ósseas, as quais impossibilitam a instalação de implantes osseointegrados. Técnicas de reconstrução óssea são empregadas, sendo o enxerto autógeno em bloco considerado padrão ouro para correção de defeitos ósseos em altura e espessura. Entretanto, diversos fatores podem influenciar a consolidação e união do enxerto em bloco com o leito receptor. Objetivo: Avaliar clinicamente, histologicamente (qualitativa e quantitativa), pela técnica imuno-histoquimica e imagens tomográficas o efeito da desmineralização pela aplicação de ácido cítrico a 10% pH1 por 30s da superfície óssea receptora e da superfície do bloco. Metodologia: A metodologia aplicada foi um ensaio clínico de boca dividida, 09 pacientes, os quais foram submetidos a cirurgias de enxerto autógeno em bloco, obtidos da região da sínfise mandibular, para reconstrução óssea em região anterior de maxila. O lado teste recebeu tratamento com ácido cítrico a 10% (pH1) por 30s (bloco e leito), sendo o lado controle sem tratamento adicional. Após seis meses, foram removidas biópsias com uma trefina de 2 mm de diâmetro durante a perfuração para instalação de implantes nas áreas enxertadas. Após a coleta, as amostras foram submetidas ao processamento histotécnico para coloração com Hematoxicilina e Eosina para avaliação histomorfométrica. Cortes histológicos das mesmas amostras receberam marcação imuno-histoquimica da osteocalcina para análise dos eventos de formação e remodelação óssea e para o fator de crescimento endotelial (VGEF). Mensurações nos cortes tomográficos foram realizadas antes e após 5 meses da realização do enxerto ósseo, como também avaliação da estabilidade primária do implante (torque) no momento da cirurgia. Para a análise estatística, todas as variáveis seguiram um padrão de normalidade sendo utilizado o teste t pareado e o teste de Wilcoxon, adotando-se p<0,05. Resultados: A análise quantitativa histológica revelou diferença estatisticamente significante (p<0,05) na área de formação óssea na interface do enxerto ósseo do lado teste (62,24 ± 22,20) em relação ao lado controle (43,51 ± 7,37). A imunomarcação das proteínas osteocalcina no lado teste (2,38 ± 0,916) e lado controle (2,00 ± 0,535), como também a VGEF no lado teste (1,50 ± 0,756) como no lado controle (1,63 ± 0,518), não apresentaram diferença estatisticamente significante para ambas (p>0.05). Nas análises tomográficas, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) para cada uma das medidas (apical, centro, coronal) em relação a medida final para a inicial, porém, não houve diferença (p>0,05) entre o lado teste e controle para todas as variáveis analisadas. Conclusão: Os resultados encontrados sugerem que a desmineralização por ácido cítrico em enxertos ósseos autógenos em bloco e no leito, favoreceu histologicamente, uma maior área de neoformação óssea, porém não apresentou resultados superiores quanto aos parâmetros clínicos, tomográficos e visuais.Introduction: With teeth loss, it begins a process of continuous and progressive alveolar bone resorption, causing bone defects, which make it impossible for the installation of osseointegrated implants. Bone reconstruction techniques are employed, being the autogenous graft in block, considered the \"gold standard\" for correction of bone defects in height and thickness. However, several factors can influence the consolidation and union of the block bone graft with the receptor bed. Objective: To clinically and histologically (qualitative and quantitative), by immunohistochemical and tomographic images, evaluate the effect of demineralization by citric acid to 10% pH1 for 30s, of recipient bed and the block surface. Methodology: the methodology applied was split-mouth clinical trial. Nine patients who underwent surgeries of the autogenous graft in block, obtained in the region of the mandibular symphysis, for bone reconstruction in the anterior region of maxilla. Test side received treatment with 10% citric acid (pH1) for 30s (block and bedside). Control side did not receive any treatment. After six months, a biopsy was removed with a trephine of 2 mm diameter during drilling for installation of implants in grafted areas. After collection, the samples were subjected to histotechnical processing and staining with hematoxylin and eosin for histomorphometric evaluation. Histological cuts of the same samples received immunohistochemical marking with osteocalcin for analysis of events of formation and bone remodeling and to the endothelial growth factor (VGEF). The tomographic measurements were performed before and after 5 months of the completion of the bone graft, as well as measurement of primary stability of the implant (torque) at the time of the implant installation surgery. For the statistical analysis, all variables followed a pattern of normality and paired t test and the Wilcoxon test were applied adopting p<0.05. Results: The quantitative histological analysis revealed a statistically significant difference (p<0.05) in the area of bone formation at the interface of the bone graft of the test side (62.24 ± 22.20) in relation to the control side (43.51 ± 7.37). The immunostaining of proteins osteocalcin in test (2.38 ± 0.916) and control side (2.00 ± 0.535), as well as the VGEF in test (1.50 ± 0.756) and control side (1.63 ± 0.518), showed no statistically significant difference for both (p>0.05). In the tomographic analyzes, a statistically significant difference (p<0.05) for each of the measures (apical, middle, coronal) in relation to the final measure for the initial, however, there was no difference (p>0.05) between the test and control for all the variables analyzed. Conclusion: The results suggest that citric acid demineralization in block and layer autogenous bone grafts, favored histologically, a larger area of bone neoformation, but did not present superior results regarding clinical, tomographic and visual parameters.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDamante, Carla AndreottiCaetano, Adriana dos Santos2019-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-04102021-154322/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-10-04T18:44:02Zoai:teses.usp.br:tde-04102021-154322Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-10-04T18:44:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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