O centro da roda é o centro da vida: tradição, experiência, e improviso na roda de capuêra angola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moro, Carlos Alberto Correa
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-14032017-154447/
Resumo: A roda de capuêra angola, em sua multiplicidade de significados, inaugura, a cada novo grito de Iê, a cada nova ladainha, a cada novo apertar de mãos aos pés do berimbau, um espaço no qual tudo o que já foi, todo legado ancestral da capuêra, se atualiza, com nuances sutis ou transformações surpreendentes, na fricção com o agora, com os corpos, vozes e a energia vital dos capuêras que vivem tal arte. Na prática e cultivo desta arte convivem uma espécie de culto dirigido simultaneamente ao que foi legado por mestres do passado, à tradição, na forma de cantos, toques e movimentos corporais e ao que é criado e recriado nos improvisos que emergem da experiência de cada nova roda. Nesta capuêra angola, com a qual tomei contato a partir de pesquisa de campo realizada ao longo de quase quatro anos junto a Associação Cultural de Capuêra Angola Paraguassu criada por mestre Jaime de Mar Grande, as conotações de acervo e transmissão de conhecimento carregadas pelo termo tradição se equilibram e articulam com processos de ordem mais emergente e improvisacional. No primeiro capítulo analiso o processo de produção corporal e preparo para o improviso que se dá nos treinos cotidianos, sobre como encontrar a sua capuêra. No segundo, seguindo as linhas melódicas e variações dos cantadores, volto minha atenção aos desdobramentos surpreendentes que ocorrem no calor da ação nas rodas. No terceiro e último capítulo, busco pensar a forma como a capuêra torna-se a vida dos capueristas e suas vidas tornam-se e dão feições particulares à capuêra que praticam e insinuam a seus alunos. O conceito de experiência, nas fronteiras do pensamento de Walter Benjamin, Victor Turner e Tim Ingold é uma batida constante que atravessa todo o trabalho.
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