Relação entre a elevação de troponina I pós-operatória e a mortalidade em um ano após cirurgia de ressecção pulmonar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Uchoa, Ricardo Barreira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-07012020-174553/
Resumo: As complicações cardiovasculares associadas à cirurgia torácica são um desafio para médicos, hospitais e para o sistema de saúde, uma vez que aumentam significativamente a morbimortalidade e os custos do tratamento. Estratégias para estratificação de risco cardíaco e diretrizes perioperatórias podem orientar condutas, reduzir riscos e melhorar o desfecho cirúrgico. No caso específico das intervenções torácicas, entretanto, não há um consenso para quais pacientes se deve investigar mais profundamente doença cardíaca no pré-operatório e quais seriam as ferramentas mais adequadas para esta tarefa. Infarto do miocárdio e a elevação isolada de troponina cardíaca têm sido apontados como fatores preditores de mortalidade no primeiro ano após cirurgia vascular em pacientes de alto risco. Nas cirurgias torácicas, entretanto, é mais difícil estabelecer o diagnóstico de infarto do miocárdio no perioperatório e não existem estudos sobre a relação entre a elevação de troponina pós-operatória e mortalidade em um ano. O objetivo desse estudo foi analisar a relação entre a elevação de troponina no período pós-operatório e a mortalidade em um ano em pacientes submetidos à cirurgia de ressecção pulmonar. Esse estudo é prospectivo, observacional e avaliou 151 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos eletivos de ressecção pulmonar (segmentectomias, lobectomias, bilobectomias e pneumonectomias) pelas técnicas convencional e videotoracoscópica no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes no período de julho de 2012 a novembro de 2015. A estratificação de risco pré-operatória foi realizada com a utilização dos escores elaborado pelo American College of Physicians (ACP) e pela Sociedade de Cardiologia do estado de São Paulo (EMAPO). Dosagens séricas de troponina I foram obtidas no pós-operatório (PO) imediato, no 1ºPO e 2ºPO. A maioria dos pacientes apresentava baixo risco de complicações, segundo os escores ACP (96,7%) e EMAPO (82,8%). Cerca de 49% dos cie tes elev r tro o i >=0 16 g/ l) elo e os u ve té o 2ºP Após análise multivariada, essa elevação de troponina no primeiro dia de pós-operatório foi associada ao aumento de 12 vezes no risco de mortalidade em um ano (HR 12,02; IC 95%:1,82-79,5; p=0,01). Quando a elevação de troponina foi maior que 0,32ng/ml, o risco de mortalidade em um ano aumentou 21 vezes (HR 21,51; IC 95%:1,49-311,55; p=0,024), sugerindo uma relação nível-dependente. Risco cardíaco elevado (HR:25,35; IC 95%:1,14-563,39; p=0,041) e muito elevado (HR:51,85; IC 95%:3,3-815,07; p=0,005) pelo EMAPO também foram preditores de mortalidade em um ano. Pacientes que receberam transfusão sanguínea no intra-operatório aumentaram em 6,75 vezes o risco de mortalidade em um ano (HR:6,75, IC 95%:1,79-25,4; p=0,005). Os fatores preditores independentes do aumento de troponina pós-operatória foram instabilidade hemodinâmica no intraoperatório (HR:2,31; IC 95%:1,38-3,86; p=0,001), transfusão sanguínea intraoperatória (HR:2,1; IC 95%:1,05-4,18; p=0,035) e cirurgias de maior porte (HR:1,81; IC 95%:1,02-3,24; p=0,044). Encontramos ainda que elevação de troponina I >=0 32 g/ l o primeiro pós-operatório (HR 7,98; IC 95%:1,99-31,99; p=0,003), transfusão sanguínea (HR:14,97; IC 95%:4,77-46,95; p < 0,001), cirurgias de maior porte (HR:3,35; IC 95%:1,08-10,35; p=0,036) e arritmia no intraoperatório (HR:8,2; IC 95%:2,1-32,04; p=0,002) foram preditores independentes para complicações em 30 dias. Concluímos que nos pacientes submetidos a cirurgias de ressecção pulmonar, mesmo com baixo risco de complicações segundo os escores de avaliação pré-operatória, elevações da troponina I, acima de 0,16ng/ml no primeiro dia de pós-operatório associou-se ao aumento de mortalidade em um ano
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spelling Relação entre a elevação de troponina I pós-operatória e a mortalidade em um ano após cirurgia de ressecção pulmonarRelationship between postoperative troponin I elevation and mortality at one year after pulmonary resection surgeryCardiac riskCirurgia torácicaComplicações pós-operatóriasCuidados pré-operatóriosEstudos prospectivosLong-term mortalityMortalidade a longo prazoPostoperative complicationsPreoperative evaluationProspective studiesRisco cardíacoThoracic surgeryTroponinTroponinaAs complicações cardiovasculares associadas à cirurgia torácica são um desafio para médicos, hospitais e para o sistema de saúde, uma vez que aumentam significativamente a morbimortalidade e os custos do tratamento. Estratégias para estratificação de risco cardíaco e diretrizes perioperatórias podem orientar condutas, reduzir riscos e melhorar o desfecho cirúrgico. No caso específico das intervenções torácicas, entretanto, não há um consenso para quais pacientes se deve investigar mais profundamente doença cardíaca no pré-operatório e quais seriam as ferramentas mais adequadas para esta tarefa. Infarto do miocárdio e a elevação isolada de troponina cardíaca têm sido apontados como fatores preditores de mortalidade no primeiro ano após cirurgia vascular em pacientes de alto risco. Nas cirurgias torácicas, entretanto, é mais difícil estabelecer o diagnóstico de infarto do miocárdio no perioperatório e não existem estudos sobre a relação entre a elevação de troponina pós-operatória e mortalidade em um ano. O objetivo desse estudo foi analisar a relação entre a elevação de troponina no período pós-operatório e a mortalidade em um ano em pacientes submetidos à cirurgia de ressecção pulmonar. Esse estudo é prospectivo, observacional e avaliou 151 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos eletivos de ressecção pulmonar (segmentectomias, lobectomias, bilobectomias e pneumonectomias) pelas técnicas convencional e videotoracoscópica no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes no período de julho de 2012 a novembro de 2015. A estratificação de risco pré-operatória foi realizada com a utilização dos escores elaborado pelo American College of Physicians (ACP) e pela Sociedade de Cardiologia do estado de São Paulo (EMAPO). Dosagens séricas de troponina I foram obtidas no pós-operatório (PO) imediato, no 1ºPO e 2ºPO. A maioria dos pacientes apresentava baixo risco de complicações, segundo os escores ACP (96,7%) e EMAPO (82,8%). Cerca de 49% dos cie tes elev r tro o i >=0 16 g/ l) elo e os u ve té o 2ºP Após análise multivariada, essa elevação de troponina no primeiro dia de pós-operatório foi associada ao aumento de 12 vezes no risco de mortalidade em um ano (HR 12,02; IC 95%:1,82-79,5; p=0,01). Quando a elevação de troponina foi maior que 0,32ng/ml, o risco de mortalidade em um ano aumentou 21 vezes (HR 21,51; IC 95%:1,49-311,55; p=0,024), sugerindo uma relação nível-dependente. Risco cardíaco elevado (HR:25,35; IC 95%:1,14-563,39; p=0,041) e muito elevado (HR:51,85; IC 95%:3,3-815,07; p=0,005) pelo EMAPO também foram preditores de mortalidade em um ano. Pacientes que receberam transfusão sanguínea no intra-operatório aumentaram em 6,75 vezes o risco de mortalidade em um ano (HR:6,75, IC 95%:1,79-25,4; p=0,005). Os fatores preditores independentes do aumento de troponina pós-operatória foram instabilidade hemodinâmica no intraoperatório (HR:2,31; IC 95%:1,38-3,86; p=0,001), transfusão sanguínea intraoperatória (HR:2,1; IC 95%:1,05-4,18; p=0,035) e cirurgias de maior porte (HR:1,81; IC 95%:1,02-3,24; p=0,044). Encontramos ainda que elevação de troponina I >=0 32 g/ l o primeiro pós-operatório (HR 7,98; IC 95%:1,99-31,99; p=0,003), transfusão sanguínea (HR:14,97; IC 95%:4,77-46,95; p < 0,001), cirurgias de maior porte (HR:3,35; IC 95%:1,08-10,35; p=0,036) e arritmia no intraoperatório (HR:8,2; IC 95%:2,1-32,04; p=0,002) foram preditores independentes para complicações em 30 dias. Concluímos que nos pacientes submetidos a cirurgias de ressecção pulmonar, mesmo com baixo risco de complicações segundo os escores de avaliação pré-operatória, elevações da troponina I, acima de 0,16ng/ml no primeiro dia de pós-operatório associou-se ao aumento de mortalidade em um anoCardiovascular complications associated with thoracic surgery are a challenge for doctors, hospitals and the health care system as they significantly increase morbidity, mortality, and treatment costs. Cardiac risk stratification strategies and perioperative guidelines can guide procedures, reduce risks and improve surgical outcome. In the specific case of thoracic interventions, however, there is no consensus as to which patients we should investigate for preoperative heart disease and which would be the most appropriate tools for this task. Myocardial infarction and isolated elevation of cardiac troponin have been identified as predictors of mortality in the first year after vascular surgery in high-risk patients. In thoracic surgeries, however, it is more difficult to establish the diagnosis of perioperative myocardial infarction and there are no studies on the relationship between postoperative troponin elevation and one-year mortality. The aim of this study was to analyze the relationship between postoperative troponin elevation and one-year mortality in patients undergoing pulmonary resection surgery. This prospective, observational study evaluated 151 consecutive patients who underwent elective pulmonary resection procedures (segmentectomies, lobectomies, bilobectomies and pneumonectomies) by conventional and videothoracoscopic techniques at the Messejana Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes from July 2012 to November 2015. Preoperative risk stratification was performed using scores prepared by the American College of Physicians (ACP) and the São Paulo State Cardiology Society (EMAPO). Serum troponin I dosages were obtained in the immediate postoperative period (PO), 1st and 2nd PO. Most patients had a low risk of complications, according to the ACP (96.7%) and EMAPO (82.8%) scores. About 49% of patients raised tro o i >=0 16 g/ l) t le st o ce u til the 2 d P fter ultiv ri te analysis, this troponin elevation on the first postoperative day was associated with a 12-fold increase in the one-year mortality risk (HR 12.02; 95% CI: 1.82-79.5; p = 0 .01). When troponin elevation was greater than 0.32ng / ml, the one-year mortality risk increased 21-fold (HR 21.51; 95% CI: 1.49-311.55; p = 0.024), suggesting a relationship level dependent. High cardiac risk (HR: 25.35; 95% CI: 1.14-563.39; p = 0.041) and very high (HR: 51.85; 95% CI: 3.3-815.07; p = 0.005) by EMAPO were also predictors of one-year mortality. Patients who received intraoperative blood transfusion increased the risk of one-year mortality by 6.75 times (HR: 6.75, 95% CI: 1.79-25.4; p = 0.005). Independent predictors of postoperative troponin increase were intraoperative hemodynamic instability (HR: 2.31; 95% CI: 1.38-3.86; p = 0.001), intraoperative blood transfusion (HR: 2.1; CI 95%: 1.05-4.18; p = 0.035) and major surgeries (HR: 1.81; 95% CI: 1.02-3.24; p = 0.044). We also found that troponin I elevation >=0 32 g / l i the first osto er tive eriod 7 98; 95% CI: 1.99-31.99; p = 0.003), blood transfusion (HR: 14.97; CI 95%: 4.77-46.95; p < 0.001), major surgeries (HR: 3.35; 95% CI: 1.08-10.35; p = 0.036) and intraoperative arrhythmia (HR: 8.2; 95% CI: 2.1-32.04; p = 0.002) were independent predictors of complications at 30 days. We concluded that in patients undergoing pulmonary resection surgeries, even at low risk of complications according to preoperative assessment scores, troponin I elevations above 0.16 ng / ml on the first postoperative day was associated with increased mortality by one yearBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCaramelli, BrunoUchoa, Ricardo Barreira2019-10-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-07012020-174553/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-01-07T22:54:02Zoai:teses.usp.br:tde-07012020-174553Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-01-07T22:54:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description As complicações cardiovasculares associadas à cirurgia torácica são um desafio para médicos, hospitais e para o sistema de saúde, uma vez que aumentam significativamente a morbimortalidade e os custos do tratamento. Estratégias para estratificação de risco cardíaco e diretrizes perioperatórias podem orientar condutas, reduzir riscos e melhorar o desfecho cirúrgico. No caso específico das intervenções torácicas, entretanto, não há um consenso para quais pacientes se deve investigar mais profundamente doença cardíaca no pré-operatório e quais seriam as ferramentas mais adequadas para esta tarefa. Infarto do miocárdio e a elevação isolada de troponina cardíaca têm sido apontados como fatores preditores de mortalidade no primeiro ano após cirurgia vascular em pacientes de alto risco. Nas cirurgias torácicas, entretanto, é mais difícil estabelecer o diagnóstico de infarto do miocárdio no perioperatório e não existem estudos sobre a relação entre a elevação de troponina pós-operatória e mortalidade em um ano. O objetivo desse estudo foi analisar a relação entre a elevação de troponina no período pós-operatório e a mortalidade em um ano em pacientes submetidos à cirurgia de ressecção pulmonar. Esse estudo é prospectivo, observacional e avaliou 151 pacientes consecutivos submetidos a procedimentos eletivos de ressecção pulmonar (segmentectomias, lobectomias, bilobectomias e pneumonectomias) pelas técnicas convencional e videotoracoscópica no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes no período de julho de 2012 a novembro de 2015. A estratificação de risco pré-operatória foi realizada com a utilização dos escores elaborado pelo American College of Physicians (ACP) e pela Sociedade de Cardiologia do estado de São Paulo (EMAPO). Dosagens séricas de troponina I foram obtidas no pós-operatório (PO) imediato, no 1ºPO e 2ºPO. A maioria dos pacientes apresentava baixo risco de complicações, segundo os escores ACP (96,7%) e EMAPO (82,8%). Cerca de 49% dos cie tes elev r tro o i >=0 16 g/ l) elo e os u ve té o 2ºP Após análise multivariada, essa elevação de troponina no primeiro dia de pós-operatório foi associada ao aumento de 12 vezes no risco de mortalidade em um ano (HR 12,02; IC 95%:1,82-79,5; p=0,01). Quando a elevação de troponina foi maior que 0,32ng/ml, o risco de mortalidade em um ano aumentou 21 vezes (HR 21,51; IC 95%:1,49-311,55; p=0,024), sugerindo uma relação nível-dependente. Risco cardíaco elevado (HR:25,35; IC 95%:1,14-563,39; p=0,041) e muito elevado (HR:51,85; IC 95%:3,3-815,07; p=0,005) pelo EMAPO também foram preditores de mortalidade em um ano. Pacientes que receberam transfusão sanguínea no intra-operatório aumentaram em 6,75 vezes o risco de mortalidade em um ano (HR:6,75, IC 95%:1,79-25,4; p=0,005). Os fatores preditores independentes do aumento de troponina pós-operatória foram instabilidade hemodinâmica no intraoperatório (HR:2,31; IC 95%:1,38-3,86; p=0,001), transfusão sanguínea intraoperatória (HR:2,1; IC 95%:1,05-4,18; p=0,035) e cirurgias de maior porte (HR:1,81; IC 95%:1,02-3,24; p=0,044). Encontramos ainda que elevação de troponina I >=0 32 g/ l o primeiro pós-operatório (HR 7,98; IC 95%:1,99-31,99; p=0,003), transfusão sanguínea (HR:14,97; IC 95%:4,77-46,95; p < 0,001), cirurgias de maior porte (HR:3,35; IC 95%:1,08-10,35; p=0,036) e arritmia no intraoperatório (HR:8,2; IC 95%:2,1-32,04; p=0,002) foram preditores independentes para complicações em 30 dias. Concluímos que nos pacientes submetidos a cirurgias de ressecção pulmonar, mesmo com baixo risco de complicações segundo os escores de avaliação pré-operatória, elevações da troponina I, acima de 0,16ng/ml no primeiro dia de pós-operatório associou-se ao aumento de mortalidade em um ano
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