Pós-memória afiliativa, bystanders e apagamento do Holocausto: diálogo transtextual e camadas palimpséticas em Malinski, de Síofra O\'Donovan
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://doi.org/10.11606/T.8.2020.tde-18062020-193449 |
Resumo: | À luz da proposição de Marianne Hirsch em The generation of postmemory: writing and visual culture after the Holocaust (2012) de pós-memória como uma estrutura geracional de transmissão, Malinski (2000), da irlandesa Síofra ODonovan, é visto como ambíguo resultado da conjugação da herança familiar de afinidade voltada para os perpetradores com a rejeição a ela. Para o trabalho de análise, adota-se o palimpsesto como metáfora paradigmática na busca dos rastros das negatividades sob as camadas da escritura apagamentos, ausências e silenciamentos. A construção de significação por meio dos vestígios toma a dinâmica do punctum de Roland Barthes (1984), em seu potencial de atingir e ferir, bem como de estabelecer um campo cego que remeta aos repertórios individuais e coletivos. Em diálogo com outros textos afins - literários, imagéticos e cinematográficos -, a obra serve de instrumento para uma reflexão sobre a distorção das narrativas históricas e identitárias da Polônia contemporânea envolvendo o Holocausto e antigos perpetradores, assim como sobre o excluído papel de bystander, na prontidão de standby, que ainda nas décadas iniciais do século XXI contribui para a normalização da violência e a crescente indiferença moral nas sociedades. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Pós-memória afiliativa, bystanders e apagamento do Holocausto: diálogo transtextual e camadas palimpséticas em Malinski, de Síofra O\'Donovan Affiliative post-memory, bystanders and effacement of the Holocaust: transtextual dialogue and palimpsestic layers in Malinski, by Síofra O\'Donovan 2020-04-22Laura Patricia Zuntini de IzarraMaria Luiza Tucci CarneiroLuis Sergio KrauszMárcio Orlando Seligmann-SilvaEda NagayamaUniversidade de São PauloLetras (Estudos Lingüísticos e Literários em Inglês)USPBR Affiliative postmemory Bystander Bystander Contemporary Irish literature Contemporary Poland Holocaust Holocausto Literatura irlandesa contemporânea Palimpsest Palimpsesto Polônia contemporânea Pós-memória Pós-memória afiliativa Postmemory Punctum Punctum À luz da proposição de Marianne Hirsch em The generation of postmemory: writing and visual culture after the Holocaust (2012) de pós-memória como uma estrutura geracional de transmissão, Malinski (2000), da irlandesa Síofra ODonovan, é visto como ambíguo resultado da conjugação da herança familiar de afinidade voltada para os perpetradores com a rejeição a ela. Para o trabalho de análise, adota-se o palimpsesto como metáfora paradigmática na busca dos rastros das negatividades sob as camadas da escritura apagamentos, ausências e silenciamentos. A construção de significação por meio dos vestígios toma a dinâmica do punctum de Roland Barthes (1984), em seu potencial de atingir e ferir, bem como de estabelecer um campo cego que remeta aos repertórios individuais e coletivos. Em diálogo com outros textos afins - literários, imagéticos e cinematográficos -, a obra serve de instrumento para uma reflexão sobre a distorção das narrativas históricas e identitárias da Polônia contemporânea envolvendo o Holocausto e antigos perpetradores, assim como sobre o excluído papel de bystander, na prontidão de standby, que ainda nas décadas iniciais do século XXI contribui para a normalização da violência e a crescente indiferença moral nas sociedades. In the light of Marianne Hirsch\'s proposition of postmemory in The generation of postmemory: writing and visual culture after the Holocaust (2012) as a generational structure of transmission, Irish Síofra O\'Donovan\'s Malinski (2000) is seen as an ambiguous result of the conjunction of family inheritance of affinity to perpetrators with the rejection towards it. For this analysis work, palimpsest is adopted as a paradigmatic metaphor in the search for traces of negativities under the layers of writing erasures, absences and silences. The construction of meaning through vestiges takes the dynamic of Roland Barthes\' punctum (1984), in its potential to inflict and hurt, and also to create a blind field that refers to individual and collective repertoires. The book thus establishes a dialogue with other related texts - novels, images, films - and, serves as an instrument for reflecting on the distortion of contemporary Poland\'s historical and identity narratives involving the Holocaust and former perpetrators, as well as on the excluded role of bystander, close to a standby position, which even in the early decades of the 21st century contributes to the normalization of violence and increasing moral indifference in societies. https://doi.org/10.11606/T.8.2020.tde-18062020-193449info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:18:13Zoai:teses.usp.br:tde-18062020-193449Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:51:28.293380Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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