Caracterização e comportamento da ativação neuromuscular em função de força muscular e aptidão funcional em idosos de ambos os sexos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-17062021-095336/ |
Resumo: | Nos próximos anos a população idosa tende a aumentar drasticamente, em especial nos países em desenvolvimento, fato que desperta o interesse de pesquisas nessa população. O processo de envelhecimento traz reduções musculares constantes, comprometendo as capacidades funcionais com impacto relevante nas atividades cotidianas dos idosos. A força muscular (FM) apresenta estreita relação com a ativação neuromuscular até certo nível de ativação, mensuráveis por eletromiografia. Entretanto a associação entre ativação muscular e capacidades funcionais de idosos não é totalmente conhecida. Nosso objetivo foi analisar como diferentes intensidades de ativação neuromuscular impactam na capacidade funcional e na força muscular de idosos fisicamente ativos de ambos os sexos. Uma amostra intencional foi composta de 64 idosos (9 homens e 44 mulheres) fisicamente ativos com idade média de 65 anos. A força isocinética (FI) foi determinada pelo pico de torque em teste de extensão de joelhos, realizada em dinamômetro isocinético (Biodex® - System 4 Pro). Os idosos foram categorizados arbitrariamente em tercis de FM: fracos, médios e fortes (<25%; 25,1% a 74,9%; >75%). Para avaliar a aptidão física dos idosos nas atividades do cotidiano foi utilizado o Senior Fitness Test (SFT). A classificação da aptidão física dos idosos considerou valores dos escores do SFT esperados por sexo e idade: na média, abaixo ou acima. A força funcional (FF) foi determinada no desempenho do teste de levantar e sentar na cadeira. Nos dois testes de FM a ativação neuromuscular foi identificada mediante eletromiografia de superfície (New Miotool®), nas musculaturas da coxa (músculos do quadríceps e bíceps femoral). Análise descritiva foi empregada para caracterização e descrição da amostra, e comportamento eletromiográfico das musculaturas da coxa. Análise de variância (ANOVA one-way), seguida de teste Post-Hoc de Bonferroni foi realizada para identificar diferenças (p = <0,05) entre tercis de força muscular, na expressão submáxima (FI) e resistência (FF). As análises ainda incluíram comparações de níveis de ativação, FM e desempenho mediante análise de variância para determinar eventuais diferenças entre níveis de FM. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes de ativação neuromuscular entre os grupos de força e entre as musculaturas, apesar de haver diferenças entre todos os grupos de força ([F 2,61] = 61.504; p = <0.01). Foi encontrado comportamento de ativação muscular semelhante em todas as musculaturas para ambos os testes, 50% em testes de FF e 75% em teste de FI. Foram encontradas diferenças no desempenho dos testes time up and go (TUG) (F2,61 = 0,745; p = <0,05) e caminhada de 6 minutos ((F2,61) = 3,572; p = <0,05) entre os grupos forte e fraco. Esses achados permitem concluir que as intensidades de ativação neuromuscular não impactam de forma distinta na expressão de FM em idosos fisicamente ativos. Maiores níveis de FM também não impactam em melhor desempenho de atividades moderadas do cotidiano de idosos; basta que sejam tão somente fisicamente ativos. Por fim, idosos classificados nas categorias superiores de força, mostram melhor desempenho de mobilidade, que poderá impactar na expressão de autonomia do idoso para suas atividades cotidianas. |
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Caracterização e comportamento da ativação neuromuscular em função de força muscular e aptidão funcional em idosos de ambos os sexosCharacterization and behavior of neuromuscular activation due to muscle strength and functional fitness in older adults of both sexesAgingElectromyographyEletromiografiaEnvelhecimentoPhysical testsSenior Fitness TestSenior Fitness TestTestes físicosNos próximos anos a população idosa tende a aumentar drasticamente, em especial nos países em desenvolvimento, fato que desperta o interesse de pesquisas nessa população. O processo de envelhecimento traz reduções musculares constantes, comprometendo as capacidades funcionais com impacto relevante nas atividades cotidianas dos idosos. A força muscular (FM) apresenta estreita relação com a ativação neuromuscular até certo nível de ativação, mensuráveis por eletromiografia. Entretanto a associação entre ativação muscular e capacidades funcionais de idosos não é totalmente conhecida. Nosso objetivo foi analisar como diferentes intensidades de ativação neuromuscular impactam na capacidade funcional e na força muscular de idosos fisicamente ativos de ambos os sexos. Uma amostra intencional foi composta de 64 idosos (9 homens e 44 mulheres) fisicamente ativos com idade média de 65 anos. A força isocinética (FI) foi determinada pelo pico de torque em teste de extensão de joelhos, realizada em dinamômetro isocinético (Biodex® - System 4 Pro). Os idosos foram categorizados arbitrariamente em tercis de FM: fracos, médios e fortes (<25%; 25,1% a 74,9%; >75%). Para avaliar a aptidão física dos idosos nas atividades do cotidiano foi utilizado o Senior Fitness Test (SFT). A classificação da aptidão física dos idosos considerou valores dos escores do SFT esperados por sexo e idade: na média, abaixo ou acima. A força funcional (FF) foi determinada no desempenho do teste de levantar e sentar na cadeira. Nos dois testes de FM a ativação neuromuscular foi identificada mediante eletromiografia de superfície (New Miotool®), nas musculaturas da coxa (músculos do quadríceps e bíceps femoral). Análise descritiva foi empregada para caracterização e descrição da amostra, e comportamento eletromiográfico das musculaturas da coxa. Análise de variância (ANOVA one-way), seguida de teste Post-Hoc de Bonferroni foi realizada para identificar diferenças (p = <0,05) entre tercis de força muscular, na expressão submáxima (FI) e resistência (FF). As análises ainda incluíram comparações de níveis de ativação, FM e desempenho mediante análise de variância para determinar eventuais diferenças entre níveis de FM. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes de ativação neuromuscular entre os grupos de força e entre as musculaturas, apesar de haver diferenças entre todos os grupos de força ([F 2,61] = 61.504; p = <0.01). Foi encontrado comportamento de ativação muscular semelhante em todas as musculaturas para ambos os testes, 50% em testes de FF e 75% em teste de FI. Foram encontradas diferenças no desempenho dos testes time up and go (TUG) (F2,61 = 0,745; p = <0,05) e caminhada de 6 minutos ((F2,61) = 3,572; p = <0,05) entre os grupos forte e fraco. Esses achados permitem concluir que as intensidades de ativação neuromuscular não impactam de forma distinta na expressão de FM em idosos fisicamente ativos. Maiores níveis de FM também não impactam em melhor desempenho de atividades moderadas do cotidiano de idosos; basta que sejam tão somente fisicamente ativos. Por fim, idosos classificados nas categorias superiores de força, mostram melhor desempenho de mobilidade, que poderá impactar na expressão de autonomia do idoso para suas atividades cotidianas.In the coming years, the older population tends to increase dramatically, especially in developing countries, a fact that arouses the interest of research in this population. The aging process brings constant reductions in muscle mass, compromising the necessary support with the relevant impact on the activities of daily living of the aging. Muscle strength (MS) has a close relationship with neuromuscular activation up to a certain level of activation, measurable by electromyography. However, the association between muscle activation and the necessary resources of the older adults is not fully known. Our objective was to analyze how different intensities of neuromuscular activation impact the functional capacity and muscle strength of physically active older adults\' men and women. An intentional sample consisted of 64 physically active elderly (9 men and 44 women) with an average age of 65 years. The isokinetic strength (IS) was determined by the peak torque in a knee extension test, performed on an isokinetic dynamometer (Biodex® - System 4 Pro). The older adults were categorized arbitrarily into MS terciles: weak, medium and strong (<25%; 25.1% to 74.9%; >75%). To assess the physical fitness of the older adults in their daily activities, the Senior Fitness Test (FTS) was used. The classification of physical fitness of they considered values of the SFT scores expected by sex and age: on average, below or above. Functional strength (FS) was determined in the performance of the test sit to stand in the chair. In both MS tests, neuromuscular activation was identified by surface electromyography (New Miotool®), in the thigh muscles (quadriceps and biceps femoris muscles). Descriptive analysis was used to characterize and describe the sample, and electromyographic behavior of the thigh muscles. Analysis of variance (one-way ANOVA), followed by Bonferroni\'s Post-Hoc test was performed to identify differences (p = <0.05) between terciles of muscle strength, in submaximal expression (IS) and resistance (FS). The analyzes also included comparisons of activation levels, MS and performance through analysis of variance to determine any differences between MS levels. There were no statistically significant differences in neuromuscular activation between the strength groups and muscles, but there were differences between all the strength groups (F2,61 = 0,745; p = <0,05). Similar muscle activation behavior was found in all muscles for both tests, 50% in FS tests and 75% in IS test. Differences were also found in the performance of the time up and go (TUG) tests (F2.61 = 0.745; p = <0.05) and 6-minute walk (F2,61) = 3,572; p = <0,05) between the strong and weak groups. These findings allow us to conclude that the intensities of neuromuscular activation do not impact in MS expression in physically active elderly people in a different way. Higher levels of MS also do not impact the better performance of moderate activities of daily life for the elderly; it is enough that they are only physically active. Finally, elderly people classified in the superior strength categories, show better mobility performance, which may impact the expression of the elderly\'s autonomy for their daily activities.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMachado, Dalmo Roberto LopesSebastião, EmersonSiqueira, Vitor Antonio Assis Alves2021-03-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-17062021-095336/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-06-21T19:53:03Zoai:teses.usp.br:tde-17062021-095336Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-06-21T19:53:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Nos próximos anos a população idosa tende a aumentar drasticamente, em especial nos países em desenvolvimento, fato que desperta o interesse de pesquisas nessa população. O processo de envelhecimento traz reduções musculares constantes, comprometendo as capacidades funcionais com impacto relevante nas atividades cotidianas dos idosos. A força muscular (FM) apresenta estreita relação com a ativação neuromuscular até certo nível de ativação, mensuráveis por eletromiografia. Entretanto a associação entre ativação muscular e capacidades funcionais de idosos não é totalmente conhecida. Nosso objetivo foi analisar como diferentes intensidades de ativação neuromuscular impactam na capacidade funcional e na força muscular de idosos fisicamente ativos de ambos os sexos. Uma amostra intencional foi composta de 64 idosos (9 homens e 44 mulheres) fisicamente ativos com idade média de 65 anos. A força isocinética (FI) foi determinada pelo pico de torque em teste de extensão de joelhos, realizada em dinamômetro isocinético (Biodex® - System 4 Pro). Os idosos foram categorizados arbitrariamente em tercis de FM: fracos, médios e fortes (<25%; 25,1% a 74,9%; >75%). Para avaliar a aptidão física dos idosos nas atividades do cotidiano foi utilizado o Senior Fitness Test (SFT). A classificação da aptidão física dos idosos considerou valores dos escores do SFT esperados por sexo e idade: na média, abaixo ou acima. A força funcional (FF) foi determinada no desempenho do teste de levantar e sentar na cadeira. Nos dois testes de FM a ativação neuromuscular foi identificada mediante eletromiografia de superfície (New Miotool®), nas musculaturas da coxa (músculos do quadríceps e bíceps femoral). Análise descritiva foi empregada para caracterização e descrição da amostra, e comportamento eletromiográfico das musculaturas da coxa. Análise de variância (ANOVA one-way), seguida de teste Post-Hoc de Bonferroni foi realizada para identificar diferenças (p = <0,05) entre tercis de força muscular, na expressão submáxima (FI) e resistência (FF). As análises ainda incluíram comparações de níveis de ativação, FM e desempenho mediante análise de variância para determinar eventuais diferenças entre níveis de FM. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes de ativação neuromuscular entre os grupos de força e entre as musculaturas, apesar de haver diferenças entre todos os grupos de força ([F 2,61] = 61.504; p = <0.01). Foi encontrado comportamento de ativação muscular semelhante em todas as musculaturas para ambos os testes, 50% em testes de FF e 75% em teste de FI. Foram encontradas diferenças no desempenho dos testes time up and go (TUG) (F2,61 = 0,745; p = <0,05) e caminhada de 6 minutos ((F2,61) = 3,572; p = <0,05) entre os grupos forte e fraco. Esses achados permitem concluir que as intensidades de ativação neuromuscular não impactam de forma distinta na expressão de FM em idosos fisicamente ativos. Maiores níveis de FM também não impactam em melhor desempenho de atividades moderadas do cotidiano de idosos; basta que sejam tão somente fisicamente ativos. Por fim, idosos classificados nas categorias superiores de força, mostram melhor desempenho de mobilidade, que poderá impactar na expressão de autonomia do idoso para suas atividades cotidianas. |
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