Densidade populacional e área de amostragem para a broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari), por meio de armadilhas com semioquímicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-04042024-102027/ |
Resumo: | Armadilhas contendo álcool tem sido utilizada para monitorar a broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari), uma das pragas mais destrutivas do café. No entanto, nenhum estudo foi dedicado a mensurar a área de amostragem efetiva dessas armadilhas, a interpretar os dados obtidos para levantamento da densidade populacional absoluta, e a testar modelos computacionais que representem a dinâmica espaço-temporal desta praga em fazendas de café. Neste estudo foram conduzidos experimentos de armadilha única e liberação múltipla em cultivo de café arábica. Com base nos resultados, foram correlacionados o número de capturas por área amostrada, que permitiu simular diferentes cenários de época de controle. Adultos de brocas-do-café marcados com pó fluorescente, foram liberados em diferentes distâncias nas quatro direções cardeais de uma armadilha de monitoramento central, contendo metanol e etanol (proporção 1:1). Apenas 2,6% dos insetos liberados foram recapturados, com as recapturas diminuindo significativamente com o aumento das distâncias de liberação. As análises de recaptura revelaram que a praga se move aleatoriamente no campo e se dispersa a no máximo 22,2 m. Apesar da pluma curta da armadilha (1,3 m), a área de amostragem calculada da armadilha foi de 0,17 ha, com uma probabilidade de captura de 0,01. Portanto, a captura de 100 brocas em uma única armadilha ha-1 na fase inicial de enchimento dos grãos de café, reflete uma população de 20,2 milhões de brocas ha-1 na colheita, resultando em uma perda projetada de grãos de 60,3 kg ha-1. As simulações, realizadas por meio de um modelo computacional, conseguiram prever satisfatoriamente os surtos da praga com base em monitoramento com armadilhas, indicando que o controle na pós-florada e imediatamente antes da maturação são os mais eficientes para manter o nível populacional da praga em menores níveis de infestação. Estas descobertas auxiliam em um melhor uso de armadilhas contendo semioquímicos e a interpretação dos dados de captura para melhorar o manejo da broca-do-café. |
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Densidade populacional e área de amostragem para a broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari), por meio de armadilhas com semioquímicosPopulation density and sampling area of the coffee berry borer, Hypothenemus hampei (Ferrari), using semiochemicals-based trapsFluorescent powderInsetos marcadosIPMMarked insectsMIPPoeira fluorescenteScolytinaeScolytinaeSemiochemicalsSemioquímicosArmadilhas contendo álcool tem sido utilizada para monitorar a broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari), uma das pragas mais destrutivas do café. No entanto, nenhum estudo foi dedicado a mensurar a área de amostragem efetiva dessas armadilhas, a interpretar os dados obtidos para levantamento da densidade populacional absoluta, e a testar modelos computacionais que representem a dinâmica espaço-temporal desta praga em fazendas de café. Neste estudo foram conduzidos experimentos de armadilha única e liberação múltipla em cultivo de café arábica. Com base nos resultados, foram correlacionados o número de capturas por área amostrada, que permitiu simular diferentes cenários de época de controle. Adultos de brocas-do-café marcados com pó fluorescente, foram liberados em diferentes distâncias nas quatro direções cardeais de uma armadilha de monitoramento central, contendo metanol e etanol (proporção 1:1). Apenas 2,6% dos insetos liberados foram recapturados, com as recapturas diminuindo significativamente com o aumento das distâncias de liberação. As análises de recaptura revelaram que a praga se move aleatoriamente no campo e se dispersa a no máximo 22,2 m. Apesar da pluma curta da armadilha (1,3 m), a área de amostragem calculada da armadilha foi de 0,17 ha, com uma probabilidade de captura de 0,01. Portanto, a captura de 100 brocas em uma única armadilha ha-1 na fase inicial de enchimento dos grãos de café, reflete uma população de 20,2 milhões de brocas ha-1 na colheita, resultando em uma perda projetada de grãos de 60,3 kg ha-1. As simulações, realizadas por meio de um modelo computacional, conseguiram prever satisfatoriamente os surtos da praga com base em monitoramento com armadilhas, indicando que o controle na pós-florada e imediatamente antes da maturação são os mais eficientes para manter o nível populacional da praga em menores níveis de infestação. Estas descobertas auxiliam em um melhor uso de armadilhas contendo semioquímicos e a interpretação dos dados de captura para melhorar o manejo da broca-do-café.Traps baited with alcohol have long been used to monitor the coffee berry borer, Hypothenemus hampei (Ferrari), a highly destructive coffee pest. However, no study has been dedicated to measure the effective sampling area of these traps and translating trap data into absolute population density on coffee farms. Additionally, there is a lack of computational models representing the spatiotemporal dynamics of this pest. We addressed these issues through single-trap and multiple-release experiments in Arabica coffee cultivation. Based on the results of this stage, we correlated the number of captures per sampled area, which allowed us to simulate different control timing scenarios. Coffee berry borers marked with fluorescent powder were released at varying distances in the four cardinal directions from a central monitoring trap baited with methanol and ethanol (1:1 ratio). Only 2.6% of the released insects were recaptured, and recaptures significantly decreased with increasing release distances. Recapture analyses revealed that the pest moves randomly in the field, dispersing up to a maximum of 22.2 meters. Despite the traps short plume (1.3 meters), the calculated sampling area for the trap was 0.17 hectares, with a capture probability of 0.01. Therefore, capturing 100 coffee borers in a single trap per hectare during the early coffee bean filling stage reflects a population of 20.2 million borers per hectare at harvest, resulting in a projected loss of 60.3 kilograms per hectare. Our simulations with the computational model successfully predicted pest outbreaks based on trap monitoring, showing that control during the post-flowering stage and immediately before maturation are the most effective in maintaining the pest population at lower infestation levels. These findings shed light on improving the use of semiochemical traps and interpreting capture data for integrated coffee berry borer management.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBento, Jose Mauricio SimoesMadalon, Fernando Zanotti2024-01-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-04042024-102027/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-04-05T12:58:03Zoai:teses.usp.br:tde-04042024-102027Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-04-05T12:58:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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