Formação de professores especializados: avaliação, planejamento e acompanhamento do desenvolvimento educacional de estudantes com surdocegueira

• Autor(a) principal: Ikonomidis, Vula Maria
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-27052019-143032/
• topic: Communication; Comunicação; Deafblindness; Formação de professores; Surdocegueira; Teacher training

A surdocegueira é uma deficiência que apresenta impactos em todas as áreas de desenvolvimento do ser humano. O horizonte desta pesquisa foi apontar caminhos para um trabalho educativo com professoras do Instituto Benjamin Constant (IBC). Objetivo geral: Promover formação teórico-prática em serviço para os profissionais do IBC de maneira que possam compreender a surdocegueira e aumentar suas competências para atender as necessidades de estudantes com surdocegueira por meio de uma formação continuada em serviço. Objetivos específicos: oferecer bases teóricas de fundamentação à surdocegueira congênita; favorecer a construção de um processo avaliativo de estudantes com surdocegueira congênita; consolidar estratégias e recursos didático-pedagógicos por meio do planejamento do processo; subsidiar a construção de uma prática pedagógica capaz de acompanhar o processo de desenvolvimento dos estudantes com surdocegueira congênita. O estudo foi submetido à Plataforma Brasil, cumprindo todas as necessidades para garantir o sigilo e integridade dos participantes. As participantes são professoras do IBC que optaram por uma participação voluntária e sem prejuízos no caso de recusa ou desistência em qualquer momento durante a realização da pesquisa. Os instrumentos propostos para avaliação pedagógica inicial e de acompanhamento do desenvolvimento educacional para estudantes com surdocegueira são: o Instrumento de aplicação e orientações de práticas que permitam o acesso e participação de pessoas com surdocegueira e ou deficiência múltipla sensorial em sistemas inclusivos, responsáveis e sustentáveis; a Ficha de Avaliação de Aprendizagem da Atividade; o MAPs traçando planos de ação; o Planejamento decisões conjuntas profissional-família. Os procedimentos incluíram uma formação em duas etapas: a primeira ocorreu em abril e acompanhamento à distância semanal e mais uma visita de acompanhamento presencial em junho; a segunda ocorreu em agosto, de formação e acompanhamento à distância estendido até setembro, sendo que a pesquisadora se colocou à disposição para além desse período. Nas visitas presenciais a pesquisadora se propôs a acompanhar as participantes com seus estudantes no ambiente escolar, trouxe impresso os Indicadores Observáveis que serviram de guia e auto avaliação dividido em três seções: Uso de recursos para comunicação; Observação da atitude dos profissionais como estratégias para favorecer a comunicação; Adequação das atividades. Após as formações as participantes preencheram um auto avaliação sobre os ganhos ou não dos conceitos trabalhados. As participantes também preencheram o Protocolo para orientação em escolas modelos no acesso e permanência na inclusão de pessoas com surdocegueira e com deficiência múltipla sensorial. Ao termino da intervenção a pesquisadora enviou questionário por e-mail para as participantes avaliarem a formação como um todo. A análise das respostas das participantes revelou que obtiveram ganhos em sua formação de maneira individual, nas considerações finais a pesquisadora concluiu que não notou mudanças no atendimento aos estudantes após a formação oferecida de abril a setembro de 2018. Houve sugestão de continuidade com mais pesquisas para verificar se os instrumentos sugeridos oferecem subsídios na formação docente para que construam uma avaliação autentica com critérios adequados para acompanhamento educacional de estudantes com surdocegueira.