Atendimento integral à saúde da mulher - sexualidade e planejamento reprodutivo de mulheres atendidas na atenção primária em Ribeirão Preto - SP
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-25072024-113011/ |
Resumo: | Introdução: Políticas públicas de promoção à Saúde da Mulher e melhoria de indicadores de saúde devem contemplar ciclos de vida da mulher, sexualidade e planejamento reprodutivo. Para tanto, é preciso conhecer as particularidades do perfil das usuárias que utilizam o serviço de saúde. Objetivo: Analisar aspectos da sexualidade feminina e do planejamento reprodutivo de mulheres atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS) de Ribeirão Preto - SP. Método: Trata-se de estudo descritivo, corte transversal, realizado no município de Ribeirão Preto - SP, em unidades de APS. Mulheres acima de 18 anos, atendidas na APS, foram entrevistadas por meio de questionário direto. Sendo avaliadas variáveis sociodemográficas, obstétricas, de planejamento reprodutivo e de sexualidade. Resultados: De janeiro de 2022 a fevereiro de 2023, 391 mulheres foram incluídas no estudo. As mulheres tinham em média 39,6 anos, a maioria autodeclarada branca (49,1%), heterossexual (91%), proveniente do Sudeste (75,1%), com mais de 10 anos de estudo (75,5%); eram casadas ou estavam em união estável (44,0%) e possuíam alguma religião (71,9%). A renda familiar média per capita foi de R$ 1.480,0, em sua maioria de classe média (B2 a C2). Após dois anos da pandemia de COVID-19, a maioria das mulheres (71,8%) considerou-se com boa ou ótima saúde nos últimos 12 meses, tendo tempo para si (74,6%) e possuindo alguma atividade de lazer (75,9%); declarando, porém, não realizar exercícios físicos (64,2%). Quanto à história reprodutiva, a menarca foi em média aos 12,7 ± 1,6 anos, a sexarca com 17,3 ± 2,8 anos e o primeiro parto de 21 anos ± 4,8 anos; a maioria já havia engravidado (74,4%) e 54,5% delas tiveram gestações não planejadas. Um terço das mulheres teve pelo menos um aborto, com média de filhos vivos de 1,5. Aproximadamente metade das entrevistadas apontou uso prévio de contracepção de emergência. Todas as mulheres referiram conhecimento sobre algum método contraceptivo, cerca de 30% conhecia o implante subdérmico e mais de 40% delas conheciam os dispositivos intrauterinos (DIU). Mais de 90% das mulheres entrevistadas iniciaram a contracepção após consulta com profissional de saúde, 75% delas escolheram seu método; 40,3% utilizavam contracepção de longa duração (LARC), sendo 23,2% DIU de Cobre e 17,1% implante. O percentual de mulheres que responderam nunca utilizar preservativo foi de 59,3%, com 11,4% referindo uso consistente; 24,7% já tiveram alguma infecção sexualmente transmissíveis (IST). A maioria das mulheres (54,6%) referiu ter de 2 a 11 relações sexuais por mês, tomando a iniciativa para começar de 2 a 6 em cada 10 relações (53,3%). Apesar de a maioria referir mais de 2 relações sexual por mês (80,8%) e iniciativa pelo menos duas vezes ao mês (66,2%), aproximadamente um quarto delas estava insatisfeita com sua frequência sexual e 89 % delas desejariam ter mais relações sexuais. A maioria das mulheres (64,4%) já teve relações sexuais sem ter vontade. Conclusão: Trata-se de população com boa condição socioeconômica, com acesso à assistência em Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR). Iniciaram contracepção após orientação por profissional de saúde, com autonomia de escolha e muitas são usuárias de LARC. No entanto, a maioria refere ter tido relações sexuais sem vontade, nunca usar preservativos e muitas já tiveram diagnóstico de IST. |
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Atendimento integral à saúde da mulher - sexualidade e planejamento reprodutivo de mulheres atendidas na atenção primária em Ribeirão Preto - SPComprehensive care for women\'s health - sexuality and reproductive planning of women treated in primary care in Ribeirão Preto - SPAtenção integral à saúdeAtenção primária à saúdeComprehensive health carePrimary health careSaúde da mulherSaúde sexual e reprodutivaSexual and reproductive healthWomen's healthIntrodução: Políticas públicas de promoção à Saúde da Mulher e melhoria de indicadores de saúde devem contemplar ciclos de vida da mulher, sexualidade e planejamento reprodutivo. Para tanto, é preciso conhecer as particularidades do perfil das usuárias que utilizam o serviço de saúde. Objetivo: Analisar aspectos da sexualidade feminina e do planejamento reprodutivo de mulheres atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS) de Ribeirão Preto - SP. Método: Trata-se de estudo descritivo, corte transversal, realizado no município de Ribeirão Preto - SP, em unidades de APS. Mulheres acima de 18 anos, atendidas na APS, foram entrevistadas por meio de questionário direto. Sendo avaliadas variáveis sociodemográficas, obstétricas, de planejamento reprodutivo e de sexualidade. Resultados: De janeiro de 2022 a fevereiro de 2023, 391 mulheres foram incluídas no estudo. As mulheres tinham em média 39,6 anos, a maioria autodeclarada branca (49,1%), heterossexual (91%), proveniente do Sudeste (75,1%), com mais de 10 anos de estudo (75,5%); eram casadas ou estavam em união estável (44,0%) e possuíam alguma religião (71,9%). A renda familiar média per capita foi de R$ 1.480,0, em sua maioria de classe média (B2 a C2). Após dois anos da pandemia de COVID-19, a maioria das mulheres (71,8%) considerou-se com boa ou ótima saúde nos últimos 12 meses, tendo tempo para si (74,6%) e possuindo alguma atividade de lazer (75,9%); declarando, porém, não realizar exercícios físicos (64,2%). Quanto à história reprodutiva, a menarca foi em média aos 12,7 ± 1,6 anos, a sexarca com 17,3 ± 2,8 anos e o primeiro parto de 21 anos ± 4,8 anos; a maioria já havia engravidado (74,4%) e 54,5% delas tiveram gestações não planejadas. Um terço das mulheres teve pelo menos um aborto, com média de filhos vivos de 1,5. Aproximadamente metade das entrevistadas apontou uso prévio de contracepção de emergência. Todas as mulheres referiram conhecimento sobre algum método contraceptivo, cerca de 30% conhecia o implante subdérmico e mais de 40% delas conheciam os dispositivos intrauterinos (DIU). Mais de 90% das mulheres entrevistadas iniciaram a contracepção após consulta com profissional de saúde, 75% delas escolheram seu método; 40,3% utilizavam contracepção de longa duração (LARC), sendo 23,2% DIU de Cobre e 17,1% implante. O percentual de mulheres que responderam nunca utilizar preservativo foi de 59,3%, com 11,4% referindo uso consistente; 24,7% já tiveram alguma infecção sexualmente transmissíveis (IST). A maioria das mulheres (54,6%) referiu ter de 2 a 11 relações sexuais por mês, tomando a iniciativa para começar de 2 a 6 em cada 10 relações (53,3%). Apesar de a maioria referir mais de 2 relações sexual por mês (80,8%) e iniciativa pelo menos duas vezes ao mês (66,2%), aproximadamente um quarto delas estava insatisfeita com sua frequência sexual e 89 % delas desejariam ter mais relações sexuais. A maioria das mulheres (64,4%) já teve relações sexuais sem ter vontade. Conclusão: Trata-se de população com boa condição socioeconômica, com acesso à assistência em Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR). Iniciaram contracepção após orientação por profissional de saúde, com autonomia de escolha e muitas são usuárias de LARC. No entanto, a maioria refere ter tido relações sexuais sem vontade, nunca usar preservativos e muitas já tiveram diagnóstico de IST.Introduction: Public policies to promote Women\'s Health and improve health indicators must include women\'s life cycles, sexuality and reproductive planning. To do so, it is necessary to know the particularities of the profile of the users of the health service. Objective: To analyze of aspects of female sexuality and reproductive planning of women treated in Primary Health Care (PHC) in Ribeirão Preto - SP. Methods: This is a descriptive, cross-sectional study, carried out in the city of Ribeirão Preto - SP, in PHC. Women over 18 years old, treated at PHC, were interviewed using a direct questionnaire. Sociodemographic, obstetric, reproductive planning and sexuality variables were evaluated. Results: From january 2022 to february 2023, 391 women were included in the study. The women were on average 39.6 years old, the majority self-declared to be white (49.1%), heterosexual (91%), from the Southeast (75.1%), with more than 10 years of study (75.5%); they were married or in a stable relationship (44.0%) and had some religion (71.9%). The average per capita family income was R$1,480.0, mostly middle class (B2 to C2). After two years of the COVID-19 pandemic, the majority of women (71.8%) considered themselves to be in good or excellent health in the last 12 months, having time for themselves (74.6%) and having some leisure activity (75.9%); stating, however, that they do not perform physical exercises (64.2%). Regarding reproductive history, menarche was on average at 12.7 ± 1.6 years, sexarche at 17.3 ± 2.8 years and first birth at 21 years ± 4.8 years; the majority had already become pregnant (74.4%) and 54.5% of them had unplanned pregnancies. A third of women have had at least one abortion, with an average number of living children of 1.5. Approximately half of the interviewees indicated previous use of emergency contraception. All women reported knowledge of some contraceptive method, around 30% were aware of the subdermal implant and more than 40% of them were aware of intrauterine devices (IUD). More than 90% of women interviewed started contraception after consulting a health professional, 75% of them chose their method; 40.3% used long-acting contraception (LARC), 23.2% of which were copper IUD and 17.1% implants. The percentage of women who responded that they never used condoms was 59.3%, with 11.4% reporting consistent use; 24.7% have already had a sexually transmitted infection (STI). The majority of women (54.6%) reported having 2 to 11 sexual relationships per month, taking the initiative to start 2 to 6 out of every 10 relationships (53.3%). Although the majority reported having more than 2 sexual relations per month (80.8%) and having sex at least twice a month (66.2%), approximately a quarter of them were dissatisfied with their sexual frequency and 89% of them would like to have more sexual relations. The majority of women (64.4%) have had sexual intercourse without wanting to. Conclusion: This is a population with good socioeconomic status, with access to Sexual and Reproductive Health (SRH) assistence. They started contraception after guidance from a health professional, with autonomy of choice and many are LARC users. However, the majority report having had sexual intercourse without wanting to, never using condoms and many have already been diagnosed with an STI.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBraga, Giordana CamposAndriotti, Fernanda de Almeida2024-04-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-25072024-113011/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-05T16:29:03Zoai:teses.usp.br:tde-25072024-113011Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-05T16:29:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: Políticas públicas de promoção à Saúde da Mulher e melhoria de indicadores de saúde devem contemplar ciclos de vida da mulher, sexualidade e planejamento reprodutivo. Para tanto, é preciso conhecer as particularidades do perfil das usuárias que utilizam o serviço de saúde. Objetivo: Analisar aspectos da sexualidade feminina e do planejamento reprodutivo de mulheres atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS) de Ribeirão Preto - SP. Método: Trata-se de estudo descritivo, corte transversal, realizado no município de Ribeirão Preto - SP, em unidades de APS. Mulheres acima de 18 anos, atendidas na APS, foram entrevistadas por meio de questionário direto. Sendo avaliadas variáveis sociodemográficas, obstétricas, de planejamento reprodutivo e de sexualidade. Resultados: De janeiro de 2022 a fevereiro de 2023, 391 mulheres foram incluídas no estudo. As mulheres tinham em média 39,6 anos, a maioria autodeclarada branca (49,1%), heterossexual (91%), proveniente do Sudeste (75,1%), com mais de 10 anos de estudo (75,5%); eram casadas ou estavam em união estável (44,0%) e possuíam alguma religião (71,9%). A renda familiar média per capita foi de R$ 1.480,0, em sua maioria de classe média (B2 a C2). Após dois anos da pandemia de COVID-19, a maioria das mulheres (71,8%) considerou-se com boa ou ótima saúde nos últimos 12 meses, tendo tempo para si (74,6%) e possuindo alguma atividade de lazer (75,9%); declarando, porém, não realizar exercícios físicos (64,2%). Quanto à história reprodutiva, a menarca foi em média aos 12,7 ± 1,6 anos, a sexarca com 17,3 ± 2,8 anos e o primeiro parto de 21 anos ± 4,8 anos; a maioria já havia engravidado (74,4%) e 54,5% delas tiveram gestações não planejadas. Um terço das mulheres teve pelo menos um aborto, com média de filhos vivos de 1,5. Aproximadamente metade das entrevistadas apontou uso prévio de contracepção de emergência. Todas as mulheres referiram conhecimento sobre algum método contraceptivo, cerca de 30% conhecia o implante subdérmico e mais de 40% delas conheciam os dispositivos intrauterinos (DIU). Mais de 90% das mulheres entrevistadas iniciaram a contracepção após consulta com profissional de saúde, 75% delas escolheram seu método; 40,3% utilizavam contracepção de longa duração (LARC), sendo 23,2% DIU de Cobre e 17,1% implante. O percentual de mulheres que responderam nunca utilizar preservativo foi de 59,3%, com 11,4% referindo uso consistente; 24,7% já tiveram alguma infecção sexualmente transmissíveis (IST). A maioria das mulheres (54,6%) referiu ter de 2 a 11 relações sexuais por mês, tomando a iniciativa para começar de 2 a 6 em cada 10 relações (53,3%). Apesar de a maioria referir mais de 2 relações sexual por mês (80,8%) e iniciativa pelo menos duas vezes ao mês (66,2%), aproximadamente um quarto delas estava insatisfeita com sua frequência sexual e 89 % delas desejariam ter mais relações sexuais. A maioria das mulheres (64,4%) já teve relações sexuais sem ter vontade. Conclusão: Trata-se de população com boa condição socioeconômica, com acesso à assistência em Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR). Iniciaram contracepção após orientação por profissional de saúde, com autonomia de escolha e muitas são usuárias de LARC. No entanto, a maioria refere ter tido relações sexuais sem vontade, nunca usar preservativos e muitas já tiveram diagnóstico de IST. |
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