Corpos escravos, vontades livres: estrutura da posse de cativos e família escrava em um núcleo cafeeiro (bananal, 1801-1829)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Motta, Jose Flavio
Data de Publicação: 1990
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-24102019-151604/
Resumo: A introdução e rápida disseminação da lavoura cafeeira- e uma evolução demográfica marcada pela entrada maciça de es cravos constituem elementos fundamentais do desenvolvimento da localidade valeparaibana paulista de Bananal nas décadas iniciais do século dezenove. Tendo como pano-de-fundo o mú tuo condicionamento existente entre aqueles elementos, este trabalho vota-se ao estudo de dois temas basilares da econo mia e da demografia da escravidão: a estrutura da posse de cativos e a família escrava, Com base nas listas nominativas de habitantes, em espe cial as referentes a 1801, 1817 e 1829, observa-se que a es- \' trutura da posse de cativos e a família escrava evoluíram de forma interligada no decurso do período considerado. Mais ainda, o desenvolvimento demo-economico de Bananal imprimiu àquela evolução um ritmo marcado pelo dinamismo. Em meio a esse dinamismo, no relacionamento recíproco entre estrutura de posse e família escrava, a influência maior foi sempre e- xercida pelo primeiro desses elementos. De fato, nos primei ros lustros dos Oitocentos, a família escrava foi como que arrebatada pelo turbilhão cafeeiro. Não obstante, as rela - ções familiares entre os cativos não desaparecem de todo e, inclusive, parecem estar prestes a vivenciar uma fase menos - adversa, à medida que a cafeicultura trilha seu caminho direção a uma agricultura de plantation.
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