Geologia da região de Pouso Alegre - Machado: análise estrutural de dobramentos superpostos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1979 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44132/tde-06082015-153402/ |
Resumo: | Este trabalho resultou do mapeamento de uma área de cerca de 3.000 Km², compreendendo as folhas topográficas de Pouso Alegre, Poço Fundo, Machado e Campestre, situadas no sul do Estado de Minas Gerais. Geomorfologicamente a área foi subdividida em 5 domínios morfológicos, cada um deles caracterizado pelas mesmas propriedades de relevo e de drenagem, identificadas através de fotografias aéreas. O domínio morfológicoI caracteriza a área de ocorrência dos migmatitos do Grupo Pinhal, representado por parte do Planalto de Poços de Caldas, o domínio II representa a área de ocorrência dos metassedimentos do Grupo Amparo, caracterizado por colinas convexas e baixas, com espessa cobertura de solo; o domínio III representa a principal área de ocorrência dos migmatitos gnaisses do Complexo de Silvianópolis, caracterizado por colinas baixas, convexas e, às vezes, côncavas; o domínio IV é representado pelas serras de gnaisse granítico e de charnockitos, enquanto que o domínio V representa extensas faixas aluvionares, bastante planas. Geologicamente a área é representada pelo Grupo Pinhal, de idade Brasiliana; o Grupo Amparo, de idade Transamazônica e pelo Complexo de Silvianópolis, de idade Arqueana. Além desses, ocorre uma pequena mancha de metassedimentos, de idade Cambriana, representando a Formação Pouso Alegre e extensas faixas aluvionares recentes. O Grupo Pinhal é constituído por migmatitos róseos de injeção; o Grupo Amparo por sete associações diferentes de metassedimentos e o Complexo de Silvianópolis, por três associações de migmatitos, gnaisses e granulitos. A Formação Pouso Alegre é representada por metasiltitos, meta-arenitos e meta-conglomerados. A análise estrutural revelou a existência de dobramentos superpostos na área. Ao todo, quatro fases de deformação foram caracterizadas; a mais antiga denominada de Fn, seguida das fases Fn+1, Fn+2 e Fn+3. a fase Fn representa o resultado final de um evento de ) migmatização pré-Transamazônica, e reconhecida no Complexo de Silvianópolis; a fase Fn+1 é caracterizada por dobras isoclinais no Grupo Amparo, de idade provavelmente Transamazônica. Ainda nesta fase, originou-se intensa foliação de transposição plano-axial, disposta paralelamente à estratificação reliquiar. Na fase seguinte, Fn+2, as dobras isoclinais Fn+1 foram redobradas isoclinalmente por dobras com eixos e planos axiais de direção noroeste, e com vergência para norte-nordeste. Esta fase pode ser facilmente reconhecida ao se verificar dobras isoclinais desenhadas pela estratificação reliquiar e a foliação ST paralela. Aparentemente, nova foliação plano-axial foi desenvolvida durante o dobramento Fn+2, porém, não ocorre de forma bem evidente por toda a área. O redobramento da fase Fn+1 pela fase Fn+2 deu origem a figuras de inferência em forma de crescente. Esta fase foi tentativamente relacionada ao Ciclo Uruaçuano. A fase Fn+3 afeta as dobras Fn+2, sendo caracterizada por dobras flexurais ou abertas, com eixos e superfície axiais de direção nordeste, sem vergência definida. A superposição de dobras Fn+3 sobre dobras Fn+1, dá origem a figuras de interferência do tipo 3, caracterizando-se por um redobramento aproximadamente coaxial. Foi tentativamente relacionada ao Ciclo Brasiliano. Não originou foliação plano-axial, na área estudada. |
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