Evolução do estado nutricional de crianças na idade pré-escolar

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Autor(a) principal: Amanda Forster Lopes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.6.2019.tde-09012019-173008
Resumo: INTRODUÇÄO - A alta prevalência de crianças com peso acima da normalidade é tida atualmente como um dos maiores problemas de saúde pública, por se tratar de uma condição de origem multifatorial e pelas suas complexas implicações imediatas na saúde biopsicossocial, tanto na infância quando na vida adulta. Admite-se que o monitoramento do crescimento através da antropometria permita que se detecte de forma precoce agravos à saúde e situações de risco nutricional, como o excesso de peso e a obesidade. Nesse sentido, observar a evolução do estado nutricional de crianças com excesso de peso bem como identificar os novos casos e os possíveis indicadores antropométricos que se relacionam com essa condição podem ser ferramentas úteis para os cuidados de saúde da população. OBJETIVOS - Analisar o estado nutricional e sua evolução em crianças que frequentam pré-escolas municipais da cidade de Taubaté, em dois momentos, com intervalo de dois anos: 2014 e 2016. MÉTODOS - Estudo observacional analítico, de coorte, com uma amostra de pré-escolares na cidade de Taubaté, interior do Estado de São Paulo - Brasil. Foi realizada, em 2016, a reavaliação do estado nutricional das 351 crianças frequentadoras de creches municipais. Comparou-se a frequência de excesso de peso (EP - escore z de índice de massa corpórea >1) nos dois momentos e analisou-se a relação entre o estado nutricional dos pré-escolares posterior e seu estado nutricional e estatura prévios, assim como com os demais parâmetros antropométricos coletados: área muscular e área gorda do braço e circunferência da cintura. RESULTADOS - Os valores médios de escore z de estatura (zE), de peso (zP) e de índice de massa corpórea (zIMC) em 2014 foram, respectivamente, -0,07; 0,37 e 0,58 e em 2016: 0,09; 0,43 e 0,57. A proporção de crianças com EP foi de 31,05% (2014) e 31,06% (2016). O risco relativo de crianças com EP em 2014 apresentarem sobrepeso ou obesidade em 2016 foi de 1,96 (p: 0,0473). A correlação foi positiva (r: 0,2761; p<0,0001), entre a diferença de zE e a diferença de zIMC nos dois anos. O zIMC em 2014 analisado em tercil não apresentou correlação (p: 0,1309) com o ganho em estatura nos dois anos. A área muscular e a área gorda do braço apresentaram associação significante com o zIMC tanto em 2014 (0,46 e 0,48) quanto em 2016 (0,68 e 0,76), respectivamente. A circunferência da cintura apresentou correlação (r=0,5307) estatisticamente significante (p<0,0001) com a estatura que as crianças apresentaram em 2016. CONCLUSÕES - A frequência de crianças com EP se manteve estável nos dois anos. Crianças no terceiro ano de vida com EP têm um risco duas vezes maior de apresentar sobrepeso ou obesidade até os 5 anos de idade e maior estatura nessa idade se associa a alterações da composição corporal que podem resultar em maior IMC, maior circunferência da cintura, maior massa magra e um aumento proporcionalmente maior de massa gorda.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Evolução do estado nutricional de crianças na idade pré-escolar Evolution of the nutritional status of pre-school children 2018-12-18Claudio LeoneCiro João BertoliPaulo Rogerio GalloMaria Wany Louzada StrufaldiAmanda Forster LopesUniversidade de São PauloSaúde PúblicaUSPBR Anthropometry Antropometria Avaliação Nutricional Cohort Studies Crescimento Estudos de Coorte Growth Nutrition Assessment Obesidade Obesity Pré-Escolar Preschool INTRODUÇÄO - A alta prevalência de crianças com peso acima da normalidade é tida atualmente como um dos maiores problemas de saúde pública, por se tratar de uma condição de origem multifatorial e pelas suas complexas implicações imediatas na saúde biopsicossocial, tanto na infância quando na vida adulta. Admite-se que o monitoramento do crescimento através da antropometria permita que se detecte de forma precoce agravos à saúde e situações de risco nutricional, como o excesso de peso e a obesidade. Nesse sentido, observar a evolução do estado nutricional de crianças com excesso de peso bem como identificar os novos casos e os possíveis indicadores antropométricos que se relacionam com essa condição podem ser ferramentas úteis para os cuidados de saúde da população. OBJETIVOS - Analisar o estado nutricional e sua evolução em crianças que frequentam pré-escolas municipais da cidade de Taubaté, em dois momentos, com intervalo de dois anos: 2014 e 2016. MÉTODOS - Estudo observacional analítico, de coorte, com uma amostra de pré-escolares na cidade de Taubaté, interior do Estado de São Paulo - Brasil. Foi realizada, em 2016, a reavaliação do estado nutricional das 351 crianças frequentadoras de creches municipais. Comparou-se a frequência de excesso de peso (EP - escore z de índice de massa corpórea >1) nos dois momentos e analisou-se a relação entre o estado nutricional dos pré-escolares posterior e seu estado nutricional e estatura prévios, assim como com os demais parâmetros antropométricos coletados: área muscular e área gorda do braço e circunferência da cintura. RESULTADOS - Os valores médios de escore z de estatura (zE), de peso (zP) e de índice de massa corpórea (zIMC) em 2014 foram, respectivamente, -0,07; 0,37 e 0,58 e em 2016: 0,09; 0,43 e 0,57. A proporção de crianças com EP foi de 31,05% (2014) e 31,06% (2016). O risco relativo de crianças com EP em 2014 apresentarem sobrepeso ou obesidade em 2016 foi de 1,96 (p: 0,0473). A correlação foi positiva (r: 0,2761; p<0,0001), entre a diferença de zE e a diferença de zIMC nos dois anos. O zIMC em 2014 analisado em tercil não apresentou correlação (p: 0,1309) com o ganho em estatura nos dois anos. A área muscular e a área gorda do braço apresentaram associação significante com o zIMC tanto em 2014 (0,46 e 0,48) quanto em 2016 (0,68 e 0,76), respectivamente. A circunferência da cintura apresentou correlação (r=0,5307) estatisticamente significante (p<0,0001) com a estatura que as crianças apresentaram em 2016. CONCLUSÕES - A frequência de crianças com EP se manteve estável nos dois anos. Crianças no terceiro ano de vida com EP têm um risco duas vezes maior de apresentar sobrepeso ou obesidade até os 5 anos de idade e maior estatura nessa idade se associa a alterações da composição corporal que podem resultar em maior IMC, maior circunferência da cintura, maior massa magra e um aumento proporcionalmente maior de massa gorda. INTRODUCTION - The high prevalence of overweight children is currently considered to be one of the major public health problems because it is a multifactorial condition of origin and due to its complex immediate implications in biopsychosocial health, both in childhood and in adult life. Monitoring of growth through anthropometry allows early detection of health problems and nutritional risk situations, such as overweight and obesity. In this sense, observing the evolution of the nutritional status of overweight children as well as identifying the new cases and the possible anthropometric indicators that relate to this condition can be useful tools for the health care of the population. OBJECTIVES - To analyze nutritional status and its evolution in children attending municipal pre-schools in the city of Taubaté, in two moments, with a two-year interval: 2014 and 2016. METHODS - An analytical, cohort observational study with a sample of preschool children in the city of Taubaté, interior of the State of São Paulo - Brazil. A reassessment of the nutritional status of the 351 children attending day-care centers was carried out in 2016. The frequency of overweight (OW - z score of body mass index> 1) was compared at both moments and the relationship between the nutritional status of the pre-schoolers and their previous nutritional status and height was analyzed, as well as the other anthropometric parameters collected: muscular area and fat area of the arm and waist circumference. RESULTS - Mean values of height z score (zH), weight (zW) and body mass index (zBMI) in 2014 were, respectively, -0.07; 0.37 and 0.58 and in 2016: 0.09; 0.43 and 0.57. The proportion of children with OW was 31.05% (2014) and 31.06% (2016). The relative risk of children with OW in 2014 being obese in 2016 was 1.96 (p: 0.0473). The correlation was positive (r: 0.2761, p <0.0001) between the zH difference and the zBMI difference in the two years. The zBMI in 2014 analyzed in tertile showed no correlation (p: 0.1309) with the gain in stature in the two years. Muscle area and fat area of the arm had a significant association with zBMI in 2014 (0.46 and 0.48) and in 2016 (0.68 and 0.76), respectively. Waist circumference had a statistically significant correlation (r = 0.5307) (p <0.0001) with the height presented by children in 2016. CONCLUSIONS - The frequency of children with OW remained stable for two years. Children in the third year of life with OW are twice as likely to be obese by age 5 and greater stature at this age is associated with changes in body composition that may result in higher BMI, greater waist circumference, higher lean mass and a proportionally greater increase in fat mass. https://doi.org/10.11606/T.6.2019.tde-09012019-173008info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:30:40Zoai:teses.usp.br:tde-09012019-173008Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:21:56.440823Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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