Comportamento olfativo de três espécies de parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, José Wilson Pereira da
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-07062006-155643/
Resumo: Entre os inimigos naturais das moscas-das-frutas, os representantes da subfamília Opiinae (Hymenoptera: Braconidae) têm sido os mais utilizados em programas de controle biológico. Entretanto, algumas espécies da subfamília Alysiinae são comumente relacionadas ao parasitismo desses dípteros, em particular Asobara anastrephae (Muesebeck). No estudo da eficiência desses parasitóides é de fundamental importância o conhecimento dos estímulos utilizados para a localização do hábitat de seus hospedeiros. Dessa forma, foram avaliadas as respostas olfativas do parasitóide exótico Diachasmimorpha longicaudata Ashmead, e dos nativos, Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e A. anastrephae a frutos de goiaba (Psidium guajava L.) com e sem larvas de moscasdas- frutas, em condições de laboratório. D. longicaudata e D. areolatus foram também estudados em telado. As fêmeas de D. longicaudata e de D. areolatus responderam aos odores de frutos podres não-infestados, embora D. areolatus também tenha sido atraído aos frutos em maturação inicial (de vez). As fêmeas dessas espécies demonstraram reconhecer os voláteis de frutos com larvas de Ceratitis capitata (Wied.). No entanto, em bioensaios realizados com frutos contendo larvas de diferentes instares, as fêmeas de D. longicaudata não foram capazes de separar frutos com larvas dos primeiros instares dos de terceiro instar de C. capitata. Nas avaliações dos voláteis liberados dos frutos com larvas de C. capitata e de Anastrepha fraterculus (Wied.), as fêmeas de D. longicaudata orientaram-se aos voláteis dos frutos com ambas as espécies de hospedeiros, mas diferiram significativamente dos voláteis com larvas de C. capitata. As fêmeas de D. areolatus também demonstraram respostas para ambas as espécies, mas diferiram significativamente dos voláteis de frutos com larvas de A. fraterculus. As fêmeas de A. anastrephae orientaram-se de forma similar para os campos com odores de frutos infestados com ambas as espécies de moscas-dasfrutas. Em área coberta (telado), as fêmeas de D. longicaudata orientaram-se pelos voláteis de frutos podres com e sem larvas, porém não diferenciaram significativamente os hospedeiros. As fêmeas de D. areolatus não foram atraídas para os frutos nas gaiolas no solo independentemente do hospedeiro, sugerindo que este parasitóide não forrageia em frutos caídos.
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Dessa forma, foram avaliadas as respostas olfativas do parasitóide exótico Diachasmimorpha longicaudata Ashmead, e dos nativos, Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e A. anastrephae a frutos de goiaba (Psidium guajava L.) com e sem larvas de moscasdas- frutas, em condições de laboratório. D. longicaudata e D. areolatus foram também estudados em telado. As fêmeas de D. longicaudata e de D. areolatus responderam aos odores de frutos podres não-infestados, embora D. areolatus também tenha sido atraído aos frutos em maturação inicial (de vez). As fêmeas dessas espécies demonstraram reconhecer os voláteis de frutos com larvas de Ceratitis capitata (Wied.). No entanto, em bioensaios realizados com frutos contendo larvas de diferentes instares, as fêmeas de D. longicaudata não foram capazes de separar frutos com larvas dos primeiros instares dos de terceiro instar de C. capitata. Nas avaliações dos voláteis liberados dos frutos com larvas de C. capitata e de Anastrepha fraterculus (Wied.), as fêmeas de D. longicaudata orientaram-se aos voláteis dos frutos com ambas as espécies de hospedeiros, mas diferiram significativamente dos voláteis com larvas de C. capitata. As fêmeas de D. areolatus também demonstraram respostas para ambas as espécies, mas diferiram significativamente dos voláteis de frutos com larvas de A. fraterculus. As fêmeas de A. anastrephae orientaram-se de forma similar para os campos com odores de frutos infestados com ambas as espécies de moscas-dasfrutas. Em área coberta (telado), as fêmeas de D. longicaudata orientaram-se pelos voláteis de frutos podres com e sem larvas, porém não diferenciaram significativamente os hospedeiros. As fêmeas de D. areolatus não foram atraídas para os frutos nas gaiolas no solo independentemente do hospedeiro, sugerindo que este parasitóide não forrageia em frutos caídos.Parasitoids of the Opiinae subfamily (Hymenoptera: Braconidae) are among the most used natural enemies in fruit fly control programs. Furthermore, some species of the subfamily Alysiinae, such as Asobara anastrephae (Muesebeck), are commonly associated to the parasitism of these dipterans. The study of efficiency of parasitoids is essential in order to understand the mechanisms that regulate both prey and habitat searching behavior of natural enemies. In this work we evaluated the behavioral response of the native parasitoid species Doryctobracon areolatus (Szépligeti), A. anastrephae as well as the exotic species Diachasmimorpha longicaudata Ashmead, to guava fruit (Psidium guajava L.) with and without fruit flies larvae under laboratory conditions. In addition, behavioral response of D. longicaudata and D. areolatus were also determined under natural conditions. Parasitoid females of D. longicaudata and D. areolatus responded to volatiles from non-infested fermented fruits, moreover D. areolatus also attracted to fruits on initial maturation. Both species recognized volatiles from fruits infested with Ceratitis capitata (Wied.) larvae; however D. longicaudata females were unable to differentiate volatiles from fruit infested with different larval instars of C. capitata. Olfactometer choice bioassays showed that females of both parasitoid species oriented to volatiles released from fruits infested with C. capitata and Anastrepha fraterculus (Wied.) larvae, however preference differed significantly for volatiles associated with each fruit fly species. Under natural conditions, D. longicaudata was attracted to volatiles released from infested and non-infested fermented fruits. Nevertheless, D. areolatus did not respond to volatiles from infested fruits placed on the ground, suggesting that this species do not prey on fallen fruits.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBento, José Maurício SimõesSilva, José Wilson Pereira da2005-07-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-07062006-155643/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-07062006-155643Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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