O estatuto da paz na teoria política Hobbesiana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ligia Pavan Baptista
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.8.2003.tde-02052023-164718
Resumo: Sendo um deus mortal, o Leviatã, ou o Estado na teoria política de Hobbes pode ser, tal como um ser humano, afetado por várias doenças, ou seja, conflitos. Sua morte, ou seja, a guerra civil, deve ser evitada através da investigação precisa e científica sobre suas possíveis causas. Tendo por alicerces, tanto uma análise empírica sobre a natureza humana, quanto conceitos metodológicos como o estado de natureza, Hobbes enfatiza, no conjunto de sua obra política, a função prática da ciência política, que seria traçar as diretrizes básicas para que os conflitos e as hostilidades entre os indivíduos sejam abolidos ou ao menos minimizados. Somente aí, ou seja, no Estado Político estável, o ser humano poderia usufruir o conforto, da ciência, do conhecimento e do progresso desejáveis, sem a incômoda e contínua preocupação com sua própria subsistência. A segurança e a paz, vistas como fins de todo Estado instituído devem ser buscadas através da educação adequada sobre os assuntos da política. O conhecimento sobre os direitos e deveres de súditos e soberanos deve ser definido de modo preciso, tal como os teoremas da geometria e, a partir de então, deve ser difundido nas universidades. Seria a ignorância, na visão de Hobbes, a fonte principal dos conflitos entre os homens. É ela que deve ser combatida para que o objetivo do Estado, ou seja, a paz, seja assegurada. Estabelecer as condições para a paz principalmente no interior do Estado e, de modo não tão evidente, entre Estados, é, portanto, o principal objetivo dos tratados políticos de Hobbes
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