A crítica ao peripatetismo no Livro da Sabedoria da Iluminação de Suhrawardí
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8159/tde-29072013-102237/ |
Resumo: | Suhraward÷ (m. 586 H./1191 d.C.) operou uma virada no pensamento filosófico corrente entre os árabes ao desenvolver um modelo filosófico baseado em uma hierarquia descendente de luzes que constituem tudo aquilo que existe. Para estabelecer esse modelo metafísico, Suhraward÷ desconstrói a teoria do conhecimento de base aristotélica, comum entre os filósofos de seu tempo, propondo o conhecimento presencial (cilm ¬uÅr). Para tanto, Suhraward÷ criticou principalmente o conceito peripatético de definição, demonstrando sua insuficiência como modo de se conhecer algo, uma vez que o ato de classificar, sem nenhum fundamento na realidade, delimita a mesma realidade. Com efeito, Suhraward, em sua principal obra, Livro da Sabedoria da Iluminação, procurou estabelecer as linhas gerais de seu sistema filosófico, a saber: a filosofia iluminacionista. Essa obra se divide em oito tratados, sendo que os três primeiros formam um conjunto que trata da desconstrução da lógica e epistemologia peripatéticas. Entre outras coisas, Suhraward estabelece a prioridade do existente sobre a existência assim como afirma que tanto a existência como a contingência e todas as categorias aristotélicas não passam de construtos intelectuais (ictibrt caqlya), sem nenhuma realidade concreta fora do intelecto. O erro dos falsifa seguidores do peripatetismo foi ter construído toda a sua metafísica sobre entidades lógicas sem realidade concreta. Nesse sentido, Suhraward÷ procurou estabelecer uma nova epistemologia, que não está apoiada apenas na dedução, na existência ou nas categorias, optando pela recusa da teoria do conhecimento aristotélica. O verdadeiro conhecimento não é dedutivo e não pode advir da definição. É necessário abarcá-lo de uma só vez, com a experiência direta, intuição imediata (iluminação). Com o desenvolvimento de uma filosofia baseada na experiência direta, essas ideias, de base platônica, tomam conta do debate filosófico e se tornam a condição para o conhecimento. |
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A crítica ao peripatetismo no Livro da Sabedoria da Iluminação de SuhrawardíCritique to peripatetism in the Book of the wisdom of illumination by SuhrawardíArabic philosophyFilosofia árabeIlluminationismIluminacionismoLogicLógicaPeripatetismPeripatetismoSuhrawardíSuhrawardíSuhraward÷ (m. 586 H./1191 d.C.) operou uma virada no pensamento filosófico corrente entre os árabes ao desenvolver um modelo filosófico baseado em uma hierarquia descendente de luzes que constituem tudo aquilo que existe. Para estabelecer esse modelo metafísico, Suhraward÷ desconstrói a teoria do conhecimento de base aristotélica, comum entre os filósofos de seu tempo, propondo o conhecimento presencial (cilm ¬uÅr). Para tanto, Suhraward÷ criticou principalmente o conceito peripatético de definição, demonstrando sua insuficiência como modo de se conhecer algo, uma vez que o ato de classificar, sem nenhum fundamento na realidade, delimita a mesma realidade. Com efeito, Suhraward, em sua principal obra, Livro da Sabedoria da Iluminação, procurou estabelecer as linhas gerais de seu sistema filosófico, a saber: a filosofia iluminacionista. Essa obra se divide em oito tratados, sendo que os três primeiros formam um conjunto que trata da desconstrução da lógica e epistemologia peripatéticas. Entre outras coisas, Suhraward estabelece a prioridade do existente sobre a existência assim como afirma que tanto a existência como a contingência e todas as categorias aristotélicas não passam de construtos intelectuais (ictibrt caqlya), sem nenhuma realidade concreta fora do intelecto. O erro dos falsifa seguidores do peripatetismo foi ter construído toda a sua metafísica sobre entidades lógicas sem realidade concreta. Nesse sentido, Suhraward÷ procurou estabelecer uma nova epistemologia, que não está apoiada apenas na dedução, na existência ou nas categorias, optando pela recusa da teoria do conhecimento aristotélica. O verdadeiro conhecimento não é dedutivo e não pode advir da definição. É necessário abarcá-lo de uma só vez, com a experiência direta, intuição imediata (iluminação). Com o desenvolvimento de uma filosofia baseada na experiência direta, essas ideias, de base platônica, tomam conta do debate filosófico e se tornam a condição para o conhecimento.Suhraward (d. 586 H 1191 d.C.) has done made a turning point in the current philosophical thought among the Arabs, developing a metaphysical model based on a top-down hierarchy of lights, which are all that exists. To establish this metaphysical model, Suhraward has broken the theory of knowledge based on the Aristotelian traditon, common basis between the philosophers of his time, by offering knowledge by the presence (cilm ¬uÅr). To accomplish it, Suhraward criticized especially the Peripatetic concept of definition, demonstrating his failure as a mode of knowledge of something, given that Act to classify, without any basis in reality, restricted this same reality. Indeed, Suhraward in his main work, the Book of the wisdom of illumination sought to establish the general lines of his philosophical system, that is the philosophy of illumination. This work is divided into eight treaties, of which the first three are investigating the overthrow the deconstruction of the Peripatetic logic and epistemology. Suhraward establishes, among other things, the priority of the existing relative existence, though he argues that not only the existence, but also the contingency and all Aristotelian categories are only intellectual constructs (ictibrt caqlya), without any concret reality outside the intellect. The fault of the falsifa following the Peripatetics position, was the one to have built their metaphysics on logical entities, without any concrete reality. In this sense, Suhraward sought to establish a new epistemology, which does not rely only on the deduction, the existence or categories, choosing to reject the Aristotelian theory of knowledge. The true knowledge is not deductive and can not happen to the definition. It should embrace it to at the outset, with direct experience, with immediate intuition (illumination). With the development of a philosophy based on direct experience, these ideas, in platonic basis, invaded the philosophical debate and became the condition of knowledge.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAttie Filho, MiguelSilva, Mateus Domingues da2013-05-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8159/tde-29072013-102237/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:36Zoai:teses.usp.br:tde-29072013-102237Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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