Análise formal e harmônica do quarto movimento da Sinfonia em Si bemol op. 6 de Leopoldo Miguéz

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vitor Alves Giovannitti
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.27.2023.tde-20122023-155339
Resumo: Esta pesquisa tem como principal objetivo analisar a estrutura formal e harmônica do quarto movimento da Sinfonia em Si bemol maior - op.6 (1882), do compositor brasileiro Leopoldo Miguéz (1850-1902), que é divido em duas partes (Allegro con fuoco e Andante mistico assai sostenuto). Na primeira parte (Allegro con fuoco) foi constada uma estrutura incomum de forma sonata sem desenvolvimento, cujo segundo grupo temático, por exemplo, contém um perfil ambíguo de desenvolvimento. Já a harmonia possui características peculiares, como movimentos cromáticos de meio tom entre acordes vizinhos no primeiro grupo temático, e uma progressão de acordes que não expressam funções tonais, região tonal ou tonalidade durante a transição entre a primeira e a segunda parte deste movimento. Na segunda parte (Andante mistico assai sostenuto), o epílogo coral, contém fanfarra, coro e uma mezzosoprano solista, além de uma instrumentação adicional, como órgão, harpa e clarins, por exemplo. Estruturalmente, se apresenta em forma binária (A B) com introdução de fanfarra. Neste epílogo coral foi identificada uma intertextualidade com o epílogo coral da Sinfonia Fausto (1854), de Franz Liszt (1811-1886), e uma relação de influência com o terceiro movimento da Sinfonia Fúnebre e Triunfal (1840), intitulado Apotheose, de Hector Berlioz (1803-1869). Consta-se que Miguéz seja mais conhecido como um seguidor do estilo de Richard Wagner (1813-1883) e Liszt em suas obras, mas pouco citado por também dialogar com a tradição formalista beethoveniana, como acontece em sua sinfonia também. Deste modo, a sinfonia de Miguéz é uma obra que até então nunca havia sido estudada no âmbito acadêmico, além também de ter sido muito poucas vezes tocada com o compositor em vida, e apenas uma vez em outubro de 2000, quase um século após sua morte. Portanto, além da análise propriamente dita, esta pesquisa também tem o objetivo de contribuir para um aprofundamento dos conhecimentos sobre Miguéz através de sua única sinfonia.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Análise formal e harmônica do quarto movimento da Sinfonia em Si bemol op. 6 de Leopoldo Miguéz Formal and harmonic analysis of the fourth movement of the Symphony in Bb flat op. 6 by Leopoldo Miguez 2023-10-05Rodolfo Nogueira Coelho de SouzaLuciano de Freitas CamargoVitor Alves GiovannittiUniversidade de São PauloMúsicaUSPBR 19th century Análise Analysis Brasil Brazil Brazilian composer Chorus Compositor brasileiro Coro Fanfare Fanfarra Intertextualidade Intertextuality Leopoldo Miguez Leopoldo Miguez Romanticism Romantismo Século XIX Sinfonia Symphony Esta pesquisa tem como principal objetivo analisar a estrutura formal e harmônica do quarto movimento da Sinfonia em Si bemol maior - op.6 (1882), do compositor brasileiro Leopoldo Miguéz (1850-1902), que é divido em duas partes (Allegro con fuoco e Andante mistico assai sostenuto). Na primeira parte (Allegro con fuoco) foi constada uma estrutura incomum de forma sonata sem desenvolvimento, cujo segundo grupo temático, por exemplo, contém um perfil ambíguo de desenvolvimento. Já a harmonia possui características peculiares, como movimentos cromáticos de meio tom entre acordes vizinhos no primeiro grupo temático, e uma progressão de acordes que não expressam funções tonais, região tonal ou tonalidade durante a transição entre a primeira e a segunda parte deste movimento. Na segunda parte (Andante mistico assai sostenuto), o epílogo coral, contém fanfarra, coro e uma mezzosoprano solista, além de uma instrumentação adicional, como órgão, harpa e clarins, por exemplo. Estruturalmente, se apresenta em forma binária (A B) com introdução de fanfarra. Neste epílogo coral foi identificada uma intertextualidade com o epílogo coral da Sinfonia Fausto (1854), de Franz Liszt (1811-1886), e uma relação de influência com o terceiro movimento da Sinfonia Fúnebre e Triunfal (1840), intitulado Apotheose, de Hector Berlioz (1803-1869). Consta-se que Miguéz seja mais conhecido como um seguidor do estilo de Richard Wagner (1813-1883) e Liszt em suas obras, mas pouco citado por também dialogar com a tradição formalista beethoveniana, como acontece em sua sinfonia também. Deste modo, a sinfonia de Miguéz é uma obra que até então nunca havia sido estudada no âmbito acadêmico, além também de ter sido muito poucas vezes tocada com o compositor em vida, e apenas uma vez em outubro de 2000, quase um século após sua morte. Portanto, além da análise propriamente dita, esta pesquisa também tem o objetivo de contribuir para um aprofundamento dos conhecimentos sobre Miguéz através de sua única sinfonia. The main objective of this research is to analyze the formal and harmonic structure of the fourth movement of the Symphony in B flat major - op.6 (1882), by the brazilian composer Leopoldo Miguéz (1850-1902), which is divided into two parts (Allegro con fuoco and Andante mistico assai sostenuto). In the first part (Allegro con fuoco) an unusual structure of sonata form without development was found, whose second thematic group, for example, contains a ambiguous developmental appearance. Harmony, on the other hand, has some peculiar characteristics, such as halftone chromatic movements between neighboring chords in the first thematic group, and a chords progression that do not express tonal functions, tonal region or tonality during the transition between the first and second parts of this movement. In the second part (Andante mistico assai sostenuto), the choral epilogue, contains fanfare, choir and a mezzo soprano soloist, besides to an additional instrumentation, such as organ, harp and bugles, for example. Structurally, it is presented in binary form (A B) with a fanfare introduction. In this choral epilogue there is an intertextuality with the choral epilogue from Faust Symphony (1854), by Franz Liszt (1811-1886), and an influence relationship with the third movement from Funeral and Triumphal Symphony (1840), entitled Apotheose, by Hector Berlioz (1803-1869). It is notorious that Miguéz is best known as a follower of Richard Wagner (1813-1883) and Liszts style in his works, but not cited enough for also dialoguing with the beethovenian formalist tradition, as also in his symphony. Thus, Miguézs symphony is a work that had never been studied in the academic field until nowadays, furthermore, it had been played a very few times with the composer alive, and only once in October 2000, almost a century after his death. Therefore, in addition to the analysis itself, this research also aims to contribute to a deepening of knowledge about Miguéz through his unique symphony. https://doi.org/10.11606/D.27.2023.tde-20122023-155339info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:35:20Zoai:teses.usp.br:tde-20122023-155339Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:59:56.395549Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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