Violência sofrida por mulheres antes do seu encarceramento: revisão integrativa da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pessoa, Fabiola Meirelles Israel
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-16012017-173821/
Resumo: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, com objetivo de identificar e analisar estudos que abordam a violência sofrida por mulheres antes do seu encarceramento. Procedeu-se à seleção dos estudos, por meio da utilização de três palavras-chaves: Mulheres, Prisões e Violência, junto às bases de dados:LILACS, PUBMED e PsycInfo. Delimitou-se estudos publicados nos últimos 5 anos. Dos 208 estudos recuperados, derivou-se uma amostra final de 16 estudos. Houve predomínio de pesquisas realizadas nos Estados Unidos. Identificaram alta prevalência de violência com as mulheres antes do encarceramento. Abordaram a violência interpessoal, durante a infância, quando adulto, por parceiro intimo e na comunidade. Essas experiências estão fortemente associadas aos problemas de saúde mental. Destaque para tentativa de suicídio, sintomas psicóticos, transtorno de estresse pós-traumático e abuso de substâncias. O tipo de violência na infância e a frequência em que ocorre, indicam importantes preditores ao agravo da saúde. As mulheres são mais revitimizadas se comparado aos homens, principalmente por abuso sexual, o que pode estar associado às múltiplas formas de abuso durante a vida. Geralmente o abusador é um membro da família ou o parceiro íntimo. A regulação emocional total tem um papel fundamental para as mulheres estarem mais vulneráveis àrevitimização e manterem comportamento sexual de risco. Os estudos sugeriram que os serviços de saúde considerem as experiências traumáticas e ofereçam tratamentos e intervenções específicas de gênero. Conclui- se que o abuso sexual e a violência intrafamiliar trouxeram maiores implicações na saúde das mulheres encarceradas. São necessárias iniciativas políticas e científicas, para desenvolver estratégias de intervenções específicas, para as mulheres encarceradas que sofreram violência antes do seu encarceramento
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