Alterações de pele em pacientes em cuidados paliativos na terminalidade da doença e final da vida: coorte prospectiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17052017-112324/ |
Resumo: | Introdução: Os pacientes com doenças avançadas, ameaçadoras da vida, de qualquer etiologia, podem apresentar intercorrências ao longo do curso da doença e nem sempre é fácil para o profissional diferenciar rapidamente se ele está em terminalidade da doença ou fase final de vida, pois a piora do quadro clínico pode ser devida a algo reversível. Tendo em vista que a pele é considerada o maior órgão do corpo humano, assim como ocorre com os demais órgãos, pode sofrer disfunção quando a pessoa está em fase final de vida. Nesse contexto, a disfunção da pele está relacionada à diminuição da perfusão cutânea, que leva à hipóxia localizada, e por não conseguir manter sua função normal, alterações inevitáveis podem ocorrer. Objetivo: Identificar e analisar a incidência de alterações de pele e seus fatores preditivos em pacientes hospitalizados em cuidados paliativos, na terminalidade da doença e na fase final de vida. Métodos: Estudo de coorte prospectiva, realizado em uma unidade de internação de cuidados paliativos. Vinte e quatro pacientes foram acompanhados até a alta, transferência ou óbito. Os instrumentos Edmonton Symptom Assessment System, Malnutrition Screening Tool, Palliative Performance Scale, Escala de Braden e Pressure Ulcer Scale for Healing foram utilizados para a avaliação inicial e seguimento. Empregaram-se os testes U de Wilcoxon-Mann- Whitney, Qui-quadrado e Fisher, Curva de Kaplan-Meier e Log-rank além da Classification and Regression Tree para análise dos dados. Resultados: A maioria da amostra foi de mulheres (13/ 54,2%) e idade média de 67,6 (DP=21,8), a maioria dos pacientes (23/ 95,8%) tinha funcionalidade prejudicada (50%) e algum grau de desnutrição (15/ 62,5%). A incidência de alterações de pele foi 16,7%, ocorrendo colorações acinzentada (n=2) e amarelo-esverdeada (n=1) da pele e lesões por pressão (n=9). O número de pacientes com alterações de pele que faleceram foi significativamente maior do que aqueles sem essas alterações (p=0,035); e pacientes com essas alterações apresentaram 17 vezes mais chances de falecer comparativamente àqueles sem as alterações. Idade 50 anos foi preditiva de alterações de pele na amostra estudada. Conclusão: Trata-se do primeiro estudo nacional que investiga as alterações de pele em pacientes hospitalizados em final de vida. Em coorte de 24 pacientes, constatou-se incidência de 16,7% de alterações, predominando as lesões por pressão. Verificou-se ainda que os pacientes com essas alterações de pele no final da vida tem mais chances de falecer quando comparados àqueles sem tais alterações. |
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Alterações de pele em pacientes em cuidados paliativos na terminalidade da doença e final da vida: coorte prospectivaSkin changes in terminally ill patients near and at the end of life receiving palliative care: a prospective cohort studyCuidados PaliativosEnfermagemFerimentos e lesõesNursingPalliative CarePelePressure ulcerSkinÚlcera por pressãoWounds and injuriesIntrodução: Os pacientes com doenças avançadas, ameaçadoras da vida, de qualquer etiologia, podem apresentar intercorrências ao longo do curso da doença e nem sempre é fácil para o profissional diferenciar rapidamente se ele está em terminalidade da doença ou fase final de vida, pois a piora do quadro clínico pode ser devida a algo reversível. Tendo em vista que a pele é considerada o maior órgão do corpo humano, assim como ocorre com os demais órgãos, pode sofrer disfunção quando a pessoa está em fase final de vida. Nesse contexto, a disfunção da pele está relacionada à diminuição da perfusão cutânea, que leva à hipóxia localizada, e por não conseguir manter sua função normal, alterações inevitáveis podem ocorrer. Objetivo: Identificar e analisar a incidência de alterações de pele e seus fatores preditivos em pacientes hospitalizados em cuidados paliativos, na terminalidade da doença e na fase final de vida. Métodos: Estudo de coorte prospectiva, realizado em uma unidade de internação de cuidados paliativos. Vinte e quatro pacientes foram acompanhados até a alta, transferência ou óbito. Os instrumentos Edmonton Symptom Assessment System, Malnutrition Screening Tool, Palliative Performance Scale, Escala de Braden e Pressure Ulcer Scale for Healing foram utilizados para a avaliação inicial e seguimento. Empregaram-se os testes U de Wilcoxon-Mann- Whitney, Qui-quadrado e Fisher, Curva de Kaplan-Meier e Log-rank além da Classification and Regression Tree para análise dos dados. Resultados: A maioria da amostra foi de mulheres (13/ 54,2%) e idade média de 67,6 (DP=21,8), a maioria dos pacientes (23/ 95,8%) tinha funcionalidade prejudicada (50%) e algum grau de desnutrição (15/ 62,5%). A incidência de alterações de pele foi 16,7%, ocorrendo colorações acinzentada (n=2) e amarelo-esverdeada (n=1) da pele e lesões por pressão (n=9). O número de pacientes com alterações de pele que faleceram foi significativamente maior do que aqueles sem essas alterações (p=0,035); e pacientes com essas alterações apresentaram 17 vezes mais chances de falecer comparativamente àqueles sem as alterações. Idade 50 anos foi preditiva de alterações de pele na amostra estudada. Conclusão: Trata-se do primeiro estudo nacional que investiga as alterações de pele em pacientes hospitalizados em final de vida. Em coorte de 24 pacientes, constatou-se incidência de 16,7% de alterações, predominando as lesões por pressão. Verificou-se ainda que os pacientes com essas alterações de pele no final da vida tem mais chances de falecer quando comparados àqueles sem tais alterações.Background: Patients with advanced life-threatening diseases of any etiology may experience complications over the course of the disease and is not always easy for the professional to rapidly differentiate if the patient is in the terminal phase of the disease or at the end of life, because the worsening of symptoms may be due to a reversible state. The skin is considered the largest organ of the body and, as other organs, may become dysfunctional at the end of life. In this context, skin dysfunction is associated with decreased cutaneous perfusion, which leads to local hypoxia, and for failing to maintain its normal function, inevitable changes may occur. Aim: To estimate and evaluate the incidence and predictors of skin changes in hospitalized patients in the terminal phase of the disease and at the end of life, who were receiving palliative care. Methods: This prospective cohort study was conducted in an inpatient palliative care unit. Twenty-four patients were followed until discharge, transfer, or death. Some instruments were used in the initial and follow-up assessments of patients, including the Edmonton Symptom Assessment System, Malnutrition Screening Tool, Palliative Performance Scale, Braden Scale, and Pressure Ulcer Scale for Healing. The Wilcoxon-Mann-Whitney U-test, chi-square test, Fishers test, Kaplan-Meier curve, Log-rank test, and Classification and Regression Tree analysis were performed for data analysis. Results: Most patients were women (13/ 24, 54.2%), the mean age was 67.6 years (SD=21.8), the majority of patients (23/ 24, 95.8%) had lost 50% of their functional capacity, and had some degree of malnutrition (15/ 24, 62.5%). The incidence of skin changes was 16.7%; cases of grayish skin (n=2), yellow-greenish skin (n=1), and pressure ulcers (n=9) were detected. The number of patients who died was significantly higher among those with skin changes than among those without such changes (p=0.035), and patients with skin changes were 17 times more likely to die than those without changes. Age 50 years was predictive of skin changes in the study population. Conclusion: This was the first Brazilian study to investigate skin changes in hospitalized patients near and at the end of life. In a cohort of 24 patients, the incidence of skin changes was 16.7%, with predominance of pressure ulcers. It was also found that patients with skin changes at the end of life were more likely to die when compared to those without such changes.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantos, Vera Lucia Conceicao de GouveiaFranck, Ednalda Maria2016-10-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17052017-112324/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-17052017-112324Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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