Influência do tempo de aquecimento na recristalização de duas ligas de alumínio.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simielli, Eider Alberto
Data de Publicação: 1986
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-16082024-101521/
Resumo: Foram utilizadas, neste trabalho, duas ligas de alumínio, cada uma contendo cerca de 0,5% de soluto: i) Al 0,5% Mg. E ii) Al 0,37% Fe 0,10% Si. A quantidade, tamanho, forma, composição e estrutura cristalina das fases presentes, nestas ligas, foram estudadas com auxílio de algumas técnicas complementares de análise microestrutural, tais como: microscopia ótica, metalografia quantitativa, microssonda eletrônica, extração de precipitados e difração de raios X. Na liga Al-Mg, o soluto estava totalmente dissolvido ao passo que na liga Al-Fe-Si ele estava praticamente todo concentrado em dois tipos de precipitados: Si e (AlFeSi). Em seguida, estudou-se, nas duas ligas, o efeito da deformação a frio, por laminação, utilizando-se medidas de microdureza e observações por microscopia eletrônica de transmissão. A solução sólida Al-Mg apresentou maior encruamento, maior densidade de discordâncias, células de deformação menores e pior definidas e com mais discordâncias no interior das células do que a liga Al-Fe-Si, contendo dispersão de precipitados. A recristalização das amostras foi estudada utilizando-se basicamente três técnicas: microscopia ótica de luz polarizada, microscopia eletrônica de transmissão e medidas de microdureza. De um modo geral, para as mesmas condições de deformação e aquecimento, a liga Al-Fe-Si, a despeito do menor potencial termodinâmico para a cristalização, recristalizou-se mais facilmente que a liga Al-Mg. A presença de partículas de precipitados, acelerando a nucleação da recristalização na liga Al-Fe-Si é, muito provavelmente, responsável por este comportamento. Para se estudar o efeito do tempo de aquecimento na recristalização, três ciclos térmicos foram escolhidos. No primeiro deles, a amostra era aquecida linearmente até a temperatura desejada em 5 segundos: no segundo, em 150 segundos e, no último, em 300 segundos. Nos três ciclos, o tempo totalde tratamento era de 300 segundos. O tempo de aquecimento influenciou sensivelmente a cinética de recristalização; quanto maior o tempo de aquecimento, mais altas foi a temperatura de recristalização. O efeito do tempo de aquecimento na cinética de recristalização aumentou com a diminuição do grau de deformação e era mais acentuado na solução sólida Al-Mg, do que na liga Al-Fe-Si, contendo precipitados. Estes efeitos foram discutidos em termos da competição entre recuperação e recristalização. Foram realizadas determinações do tamanho de grão recristalizado, nas amostras da liga Al-Fe-Si, aquecidas em 300s, as quais mostraram uma diminuição do tamanho de grão recristalizado, com o aumento do grau de deformação.
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Em seguida, estudou-se, nas duas ligas, o efeito da deformação a frio, por laminação, utilizando-se medidas de microdureza e observações por microscopia eletrônica de transmissão. A solução sólida Al-Mg apresentou maior encruamento, maior densidade de discordâncias, células de deformação menores e pior definidas e com mais discordâncias no interior das células do que a liga Al-Fe-Si, contendo dispersão de precipitados. A recristalização das amostras foi estudada utilizando-se basicamente três técnicas: microscopia ótica de luz polarizada, microscopia eletrônica de transmissão e medidas de microdureza. De um modo geral, para as mesmas condições de deformação e aquecimento, a liga Al-Fe-Si, a despeito do menor potencial termodinâmico para a cristalização, recristalizou-se mais facilmente que a liga Al-Mg. A presença de partículas de precipitados, acelerando a nucleação da recristalização na liga Al-Fe-Si é, muito provavelmente, responsável por este comportamento. Para se estudar o efeito do tempo de aquecimento na recristalização, três ciclos térmicos foram escolhidos. No primeiro deles, a amostra era aquecida linearmente até a temperatura desejada em 5 segundos: no segundo, em 150 segundos e, no último, em 300 segundos. Nos três ciclos, o tempo totalde tratamento era de 300 segundos. O tempo de aquecimento influenciou sensivelmente a cinética de recristalização; quanto maior o tempo de aquecimento, mais altas foi a temperatura de recristalização. O efeito do tempo de aquecimento na cinética de recristalização aumentou com a diminuição do grau de deformação e era mais acentuado na solução sólida Al-Mg, do que na liga Al-Fe-Si, contendo precipitados. Estes efeitos foram discutidos em termos da competição entre recuperação e recristalização. Foram realizadas determinações do tamanho de grão recristalizado, nas amostras da liga Al-Fe-Si, aquecidas em 300s, as quais mostraram uma diminuição do tamanho de grão recristalizado, com o aumento do grau de deformação.The amount, size, morphology, composition and Crystal structure of the existing phases in two aluminum alloys containing about 0,5% of solute elemento: Al 0,5% Mg and Al 0,37% Fe 0,10% Si have been studied utilizing optical microscopy, quantitative metallography, SEM, precipitate extraction and X-ray diffraction. In the Al-Mg alloy the solute was im complete solution in aluminum whilst in the Al-Fe-Si case, it was entirely located in two types of Si and (AlFeSi) precipitates. The effect of cold rolling has been studied by means of microhardness and TEM. The solid solution Al-Mg exhibited larger work hardening, higher dislocation densities, smaller and less defined deformation cells and more dislocations in the interior of the Al-Fe-Si alloy containing precipitate dispersion. The recrystallization has been studied through polarized light optical microscopy, TEM and microhardness measurements. In general, under the same conditions of deformation and heating, the Al-Fe-Si, in spite of the smaller thermodynamic potencial, recrystallized easier than Al-Mg alloy. The presence of precipitate particles which accelerates the nucleation in Al-Fe-Si is the very probable cause of that effect. In order to study the effect of heating time on recrystallization, three termal cicles have been chosen. In the first, the sample was heated linearly to the desired temperature in 5 seconds, in the second in 150 seconds and in the third, in 300 seconds, the total time being 300 seconds in all three cases. For these cycles, the heating time had aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa nced influence on the recrystallization kinetics; higher heating time resulted in higher recrystallization temperature. This influence, increased with the decrease in the degree of deformation and was stronger in the Al-Mg solid-solution than Al-Fe-Si containing precipitates. These effects are discussed in terms of the competition between recovery and recrystallization.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPlaut, Ronald LesleySimielli, Eider Alberto1986-08-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3133/tde-16082024-101521/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T12:38:48Zoai:teses.usp.br:tde-16082024-101521Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T12:38:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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