Margarida Max: do traje de cena à representação do feminino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Renata Cardoso da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-17072018-171002/
Resumo: Esta pesquisa é uma investigação sobre os trajes de cena utilizados ao longo da vida e carreira da atriz Margarida Max, estrela do teatro de revista, muito famosa no Brasil nas décadas de 1920 e 1930. A partir da definição de uma linha do tempo da vida da atriz, sua atuação profissional foi abordada, traçando-se paralelos com as principais mudanças em relação à emancipação feminina ocorridas nas primeiras décadas do século XX. A investigação dos trajes de cena está centrada principalmente entre os anos de 1925 e 1930, período de produção mais profícuo da Companhia Margarida Max. A hipótese deste trabalho é a de que Margarida Max teria construído sua carreira artística e imagem pessoal em consonância com os ideais de modernidade vigentes à época, de modo que as atividades cênicas que desempenhava como atriz, vedete, cantora, empresária, diretora e figurinista refletiam suas escolhas pessoais e não as de um agenciador ou agente teatral. Acredita-se que uma das ferramentas utilizadas por Margarida Max para abrir espaço na esfera pública e construir uma imagem pessoal estimada foi a capacidade que a atriz tinha para se vestir de acordo com o que era socialmente considerado de bom gosto, além de vestir-se de maneira extravagante e requintada em cena. Foram abordadas questões como as relações entre a figura da vedete e a construção do imaginário feminino, o traje de cena e as estratégias teatrais pertencentes ao universo do teatro de revista e a representação feminina em diversas plataformas, bem como os trajes usados por vedetes e coristas do teatro de revista carioca, na primeira metade do século XX.
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