Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bernardes, Luander
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-21062013-162408/
Resumo: O principal objetivo do trabalho foi estimar a possibilidade de sobrevivência de micro-organismos extremófilos na superfície de exoplanetas conhecidos, assim como na superfície de seus eventuais satélites naturais. Foi utilizado um modelo que simula a atmosfera terrestre primordial, composta principalmente por nitrogênio, água e dióxido de carbono. E em se tratando de extremófilos, esses cálculos não foram limitados à Zona Habitável dos sistemas planetários, pois esse conceito foi estendido para uma região mais ampla, a Zona Extremófila, onde a vida pode existir. Extremófilos são micro-organismos terrestres que vivem sob condições extremas de temperatura, nível de radiação, umidade, pressão, salinidade, pH, etc. . Eles são candidatos naturais para habitarem meios ditos extraterrestres onde tais condições são eventualmente encontradas. Alguns exemplos desses ambientes em nosso sistema solar são: Marte, Titã (satélite de Saturno) e Europa (satélite de Júpiter). Há algumas centenas de planetas orbitando outras estrelas (exoplanetas) e a maioria deles são gigantes gasosos, em particular Hot Jupiters. A temperatura superficial de um planeta depende fortemente de seu albedo, de sua distância orbital, de condições geodinâmicas intrínsecas, além do tipo espectral de sua estrela hospedeira. A estimativa dessa temperatura foi obtida considerando o ciclo silicato-carbono e um balanço de energia global, que contribuiram para se obter estimativas da pressão parcial atmosférica devido ao dióxido de carbono e da temperatura média, na superfície dos planetas e/ou de seus satélites hipotéticos. Os eventuais satélites naturais de planetas gigantes podem abrigar vida e essa possibilidade foi testada através da análise das condições de estabilidade orbital desses corpos celestes. Os resultados deste trabalho deverão fornecer subsídios para a hipótese da panspermia.
id USP_532b454d75fa153e34f845fcf2d2e2f8
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-21062013-162408
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade Exoplanets, Extremophiles and Habitabilityexoluas e habitabilidadeexomoons and habitabilityExoplanetasExoplanetsextremófilosextremophilesO principal objetivo do trabalho foi estimar a possibilidade de sobrevivência de micro-organismos extremófilos na superfície de exoplanetas conhecidos, assim como na superfície de seus eventuais satélites naturais. Foi utilizado um modelo que simula a atmosfera terrestre primordial, composta principalmente por nitrogênio, água e dióxido de carbono. E em se tratando de extremófilos, esses cálculos não foram limitados à Zona Habitável dos sistemas planetários, pois esse conceito foi estendido para uma região mais ampla, a Zona Extremófila, onde a vida pode existir. Extremófilos são micro-organismos terrestres que vivem sob condições extremas de temperatura, nível de radiação, umidade, pressão, salinidade, pH, etc. . Eles são candidatos naturais para habitarem meios ditos extraterrestres onde tais condições são eventualmente encontradas. Alguns exemplos desses ambientes em nosso sistema solar são: Marte, Titã (satélite de Saturno) e Europa (satélite de Júpiter). Há algumas centenas de planetas orbitando outras estrelas (exoplanetas) e a maioria deles são gigantes gasosos, em particular Hot Jupiters. A temperatura superficial de um planeta depende fortemente de seu albedo, de sua distância orbital, de condições geodinâmicas intrínsecas, além do tipo espectral de sua estrela hospedeira. A estimativa dessa temperatura foi obtida considerando o ciclo silicato-carbono e um balanço de energia global, que contribuiram para se obter estimativas da pressão parcial atmosférica devido ao dióxido de carbono e da temperatura média, na superfície dos planetas e/ou de seus satélites hipotéticos. Os eventuais satélites naturais de planetas gigantes podem abrigar vida e essa possibilidade foi testada através da análise das condições de estabilidade orbital desses corpos celestes. Os resultados deste trabalho deverão fornecer subsídios para a hipótese da panspermia.The main objective of this study is to estimate the chance of survival of microorganisms (extremophiles) on the surface of known exoplanets, as well as on the surface of its potential natural satellites. We used a model that simulates the primordial atmosphere composed by, primarily, nitrogen, water and carbon dioxide. And when it comes to extremophiles, these calculations were not limited to the Habitable Zone of planetary systems, since this concept was extended to a wider region, the Extremophile Zone, where life can exist. Extremophiles are terrestrial microorganisms living under extreme conditions of temperature, light level, humidity, pressure, salinity, pH, etc ... They are natural candidates for living in habitats considered extraterrestrials where such conditions are encountered eventually. Examples of such environments in our solar system are: Mars, Titan (moon of Saturn) and Europe (satellite of Jupiter). There are hundreds of planets orbiting other stars (exoplanets) and most of them are gas giants, particularly Hot Jupiters. The surface temperature of a planet/moon depends heavily on its albedo, its orbital distance, of geodynamic conditions intrinsic, in addition to the spectral type of their host star. The estimate of this temperature was obtained considering the carbon-silicate cycle and a global energy balance, which contributed to obtain estimates of the partial pressure due to atmospheric CO2 and the average temperature on the surface of planets and/or their hypothetical satellites. Natural satellites of giant planets may harbor life, and this possibility was tested by analyzing the conditions of orbital stability of these heavenly bodies. The results of this study should provide support for the hypothesis of panspermia.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPacheco, Eduardo JanotBernardes, Luander2012-11-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-21062013-162408/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:36Zoai:teses.usp.br:tde-21062013-162408Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 
Exoplanets, Extremophiles and Habitability
title Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 
spellingShingle Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 
Bernardes, Luander
exoluas e habitabilidade
exomoons and habitability
Exoplanetas
Exoplanets
extremófilos
extremophiles
title_short Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 
title_full Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 
title_fullStr Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 
title_full_unstemmed Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 
title_sort Exoplanetas, Extremófilos e Habitabilidade 
author Bernardes, Luander
author_facet Bernardes, Luander
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pacheco, Eduardo Janot
dc.contributor.author.fl_str_mv Bernardes, Luander
dc.subject.por.fl_str_mv exoluas e habitabilidade
exomoons and habitability
Exoplanetas
Exoplanets
extremófilos
extremophiles
topic exoluas e habitabilidade
exomoons and habitability
Exoplanetas
Exoplanets
extremófilos
extremophiles
description O principal objetivo do trabalho foi estimar a possibilidade de sobrevivência de micro-organismos extremófilos na superfície de exoplanetas conhecidos, assim como na superfície de seus eventuais satélites naturais. Foi utilizado um modelo que simula a atmosfera terrestre primordial, composta principalmente por nitrogênio, água e dióxido de carbono. E em se tratando de extremófilos, esses cálculos não foram limitados à Zona Habitável dos sistemas planetários, pois esse conceito foi estendido para uma região mais ampla, a Zona Extremófila, onde a vida pode existir. Extremófilos são micro-organismos terrestres que vivem sob condições extremas de temperatura, nível de radiação, umidade, pressão, salinidade, pH, etc. . Eles são candidatos naturais para habitarem meios ditos extraterrestres onde tais condições são eventualmente encontradas. Alguns exemplos desses ambientes em nosso sistema solar são: Marte, Titã (satélite de Saturno) e Europa (satélite de Júpiter). Há algumas centenas de planetas orbitando outras estrelas (exoplanetas) e a maioria deles são gigantes gasosos, em particular Hot Jupiters. A temperatura superficial de um planeta depende fortemente de seu albedo, de sua distância orbital, de condições geodinâmicas intrínsecas, além do tipo espectral de sua estrela hospedeira. A estimativa dessa temperatura foi obtida considerando o ciclo silicato-carbono e um balanço de energia global, que contribuiram para se obter estimativas da pressão parcial atmosférica devido ao dióxido de carbono e da temperatura média, na superfície dos planetas e/ou de seus satélites hipotéticos. Os eventuais satélites naturais de planetas gigantes podem abrigar vida e essa possibilidade foi testada através da análise das condições de estabilidade orbital desses corpos celestes. Os resultados deste trabalho deverão fornecer subsídios para a hipótese da panspermia.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-11-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-21062013-162408/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-21062013-162408/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257241834487808