Deslenguada: uma figuração da dissidência em val flores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araujo, Lilian Aparecida de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-08042019-181354/
Resumo: Essa dissertação apresenta resultados da pesquisa Deslenguada: uma figuração da dissidência em val flores, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Gonzaga Godoi Trigo, no contexto do mestrado acadêmico em Estudos Culturais, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades, da Universidade de São Paulo, entre os anos 2016 e 2018. O objeto dessa pesquisa foi a obra Deslenguada: desbordes de una proletária del lenguaje\", publicada na Argentina em 2010 pelas edições Ají de Pollo, por valeria flores, escritora lésbica feminista contemporânea dissidente. Tivemos como objetivo analisar a Deslenguada enquanto figuração, abordando a ideia de uma proletária da linguagem, a fim de reconhecer resistências da dissidência sexual em sua obra. A abordagem teórico-metodológica foi qualitativa e fez uso da Análise do Discurso. Para tal, percorremos os enunciados da resistência e da dissidência. A pesquisa teve caráter exploratório, cujos procedimentos foram a pesquisa bibliográfica e a partir de levantamento de referências teóricas de val flores. Utilizamos coleta de dados da internet, tais como artigos científicos, páginas da web, zines e entrevistas. Para abordar as figurações, passamos inicialmente pelos conhecimentos situados através de autoras como Adrienne Rich (1986), Patricia Hill Collins (1990) e Donna Haraway (1995). O reconhecimento de que a produção literária ou as artes, de maneira geral, estão inseridas numa esfera de disputa (econômica, política e social), produzindo significantes que circulam no imaginário social, nos impulsionou a compreender as maneiras pelas quais estas incidem sobre a produção de subjetividades. Concluímos que a figuração Deslenguada é inscrita como um contraponto, numa produção dissidente e imaginativa, perfurando as políticas heterocapitalista branca e patriarcal, que levam os sujeitos da dissidência sexual aos silenciamentos resultantes da opressão masculina e da heteronormatividade que se atualizam por meio da linguagem
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