Caracterização postural de crianças de 7 e 8 anos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-29042008-135958/ |
Resumo: | Durante a infância, a postura sofre uma série de ajustes associados aos estágios de crescimento e aos problemas de equilíbrio que surgem em razão das mudanças nas proporções do corpo. A formação do esquema corporal, durante a infância, ocorre através das experiências motoras e possibilita a estruturação tônico-postural, sendo que desequilíbrios posturais adquiridos nesse período podem perdurar ao longo da adolescência e vida adulta. O objetivo deste estudo foi caracterizar quantitativamente a postura de crianças de 7 e 8 anos e verificar diferenças entre os sexos e idades quanto aos aspectos posturais analisados. Foram avaliadas 230 crianças entre 7 e 8 anos das escolas municipais da cidade de Amparo/SP. A análise postural foi feita por meio de fotografias das crianças em posição ortostática e analisadas com o auxílio de linhas guias traçadas com o software CorelDraw® v. 10.0, baseadas nos pontos ósseos. Foram medidos os seguintes segmentos - tornozelo, joelho, pelve, lombar, torácica, ombro, escápula e cabeça, além do desvio lateral da coluna, do teste do 3o dedo ao chão e da impressão plantar. Os dados foram submetidos a análises descritivas (média, desvio padrão e porcentagem) e ANOVA para verificar diferenças entre os grupos, adotando-se alfa de 5%. Foram definidos valores médios e intervalos de confiança para as variáveis analisadas. Algumas variáveis apresentaram diferenças para o sexo, como terceiro dedo ao chão, postura da cabeça, impressão plantar e distância intermaleolar. Outras apresentaram diferença significativa para a idade - cifose torácica e ombro no plano frontal. Para a lordose lombar, os meninos de 7 anos apresentaram valor médio de 38,49o±15,32 e as demais crianças 42,29o±7,13. A postura da escápula apresentou influência tanto do fator sexo quanto idade, as meninas de 7 anos apresentaram valor médio de 5,29cm±1,82 e as de 8 anos 5,67cm±1,82, os meninos de 7 anos apresentaram 5,74cm±1,97 e os de 8 anos 6,12cm±1,97. As demais variáveis analisadas não apresentaram influência do sexo e da idade, formando apenas um grupo com todas as crianças estudadas - postura de tornozelo (6,67o±4,25), joelho no plano sagital (184,28o±5,46), inclinação pélvica (15,82o±5,46), ombro no plano sagital (6,76cm±1,52), desvio lateral da coluna (3,48o±2,12) e distância intercondilar (1,14cm±1,36). Para o teste do terceiro dedo ao chão, as meninas apresentaram valor médio de 29,15cm±8,80 enquanto os meninos de 27,41cm±10,01 e, para a postura da cabeça, as meninas apresentaram ângulo médio de 49,55o±6,67 e os meninos de 52,16o±7,58. Os valores médios da impressão plantar, pelo Índice de Chipaux-Smirak, classificaram os pés, tanto das meninas (21,02%±19,71) quanto dos meninos (26,31%±22,44), com arco morfologicamente normal. Para cifose torácica, as crianças de 7 anos apresentaram 28,07o±7,73 e as de 8 anos 30,32o±7,73. Não se identificou um padrão de simetria postural para a amostra estudada e observaram-se diferenças entre o sexo e a idade para alguns dos segmentos analisados. Os valores encontrados neste estudo podem servir de auxílio no tratamento fisioterapêutico quando associados a outros fatores da avaliação e da sintomatologia clínica. |
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Caracterização postural de crianças de 7 e 8 anosPostural characterization of children between 7 and 8 years of ageAvaliaçãoChild.CriançaEvaluationFisioterapia (especialidade)Physical therapy (specialty)PosturaPostureDurante a infância, a postura sofre uma série de ajustes associados aos estágios de crescimento e aos problemas de equilíbrio que surgem em razão das mudanças nas proporções do corpo. A formação do esquema corporal, durante a infância, ocorre através das experiências motoras e possibilita a estruturação tônico-postural, sendo que desequilíbrios posturais adquiridos nesse período podem perdurar ao longo da adolescência e vida adulta. O objetivo deste estudo foi caracterizar quantitativamente a postura de crianças de 7 e 8 anos e verificar diferenças entre os sexos e idades quanto aos aspectos posturais analisados. Foram avaliadas 230 crianças entre 7 e 8 anos das escolas municipais da cidade de Amparo/SP. A análise postural foi feita por meio de fotografias das crianças em posição ortostática e analisadas com o auxílio de linhas guias traçadas com o software CorelDraw® v. 10.0, baseadas nos pontos ósseos. Foram medidos os seguintes segmentos - tornozelo, joelho, pelve, lombar, torácica, ombro, escápula e cabeça, além do desvio lateral da coluna, do teste do 3o dedo ao chão e da impressão plantar. Os dados foram submetidos a análises descritivas (média, desvio padrão e porcentagem) e ANOVA para verificar diferenças entre os grupos, adotando-se alfa de 5%. Foram definidos valores médios e intervalos de confiança para as variáveis analisadas. Algumas variáveis apresentaram diferenças para o sexo, como terceiro dedo ao chão, postura da cabeça, impressão plantar e distância intermaleolar. Outras apresentaram diferença significativa para a idade - cifose torácica e ombro no plano frontal. Para a lordose lombar, os meninos de 7 anos apresentaram valor médio de 38,49o±15,32 e as demais crianças 42,29o±7,13. A postura da escápula apresentou influência tanto do fator sexo quanto idade, as meninas de 7 anos apresentaram valor médio de 5,29cm±1,82 e as de 8 anos 5,67cm±1,82, os meninos de 7 anos apresentaram 5,74cm±1,97 e os de 8 anos 6,12cm±1,97. As demais variáveis analisadas não apresentaram influência do sexo e da idade, formando apenas um grupo com todas as crianças estudadas - postura de tornozelo (6,67o±4,25), joelho no plano sagital (184,28o±5,46), inclinação pélvica (15,82o±5,46), ombro no plano sagital (6,76cm±1,52), desvio lateral da coluna (3,48o±2,12) e distância intercondilar (1,14cm±1,36). Para o teste do terceiro dedo ao chão, as meninas apresentaram valor médio de 29,15cm±8,80 enquanto os meninos de 27,41cm±10,01 e, para a postura da cabeça, as meninas apresentaram ângulo médio de 49,55o±6,67 e os meninos de 52,16o±7,58. Os valores médios da impressão plantar, pelo Índice de Chipaux-Smirak, classificaram os pés, tanto das meninas (21,02%±19,71) quanto dos meninos (26,31%±22,44), com arco morfologicamente normal. Para cifose torácica, as crianças de 7 anos apresentaram 28,07o±7,73 e as de 8 anos 30,32o±7,73. Não se identificou um padrão de simetria postural para a amostra estudada e observaram-se diferenças entre o sexo e a idade para alguns dos segmentos analisados. Os valores encontrados neste estudo podem servir de auxílio no tratamento fisioterapêutico quando associados a outros fatores da avaliação e da sintomatologia clínica.During the infancy, the posture undergoes many adjustments related to growth stages due to changes of the body proportions. The formation of the body schema, in childhood, occurs through the motor experiences and allows the tonic-postural structuring, and the postural imbalance acquired in this period can last for the entire adolescence and adult life. The purpose of this study was to characterize quantitatively the posture of children between 7 and 8 years of age and to verify the difference between sex and age for the analyzed postural aspects. Two hundred and thirty children between 7 and 8 years of Amparo/SP city public schools were assessed. The posture evaluation was made through subjects digital photos in orthostatic position and analyzed with the CorelDraw® v. 10.0 software guidelines and the bony landmarks. The following segments were measured - ankle, knee, pelvis, lumbar, thoracic, shoulder, scapula and head, besides lateral spine deviation, fingertip-to-floor test and footprint. Data were analyzed using descriptive statistic (average, standard deviation and percentage) and ANOVA models to verify differences among the groups, adopting alfa of 5%. It was found average values and confidence intervals to the analyzed variables. Some of these variables showed differences to sex, as fingertip-to-floor test, head posture, footprint and intermalleolar distance. The other ones showed significant difference to age - thoracic kyphosis and shoulder in the frontal plane. To lumbar lordosis, boys of 7 years of age showed average value of 38,49o±15,32 and the other children 42,29o±7,13. The scapula posture showed influence of the factors sex and age, girls of 7 years of age showed average value of 5,29cm±1,82 and the one of 8 years 5,67cm±1,82, boys of 7 years of age showed 5,74cm±1,97 and the one of 8 years 6,12cm±1,97. The other analyzed variables do not showed influence of sex and age and they formed only a group with all the studied children - ankle posture (6,67o±4,25), knee in the sagittal plane (184,28o±5,46), pelvic inclination (15,82o±5,46), shoulder in the sagittal plane (6,76cm±1,52), lateral spine deviation (3,48o±2,12) and intercondylar distance (1,14cm±1,36). To the fingertip-to-floor test, girls showed average value of 29,15cm±8,80 while boys showed 27,41cm±10,01 and, to head posture, girls presented average angle of 49,55o±6,67 and boys of 52,16o±7,58. The footprint average values, measured by the Chipaux-Smirak Index, classified the foot, as of the girls ones (21,02%±19,71) as the boys (26,31%±22,44), with normal morphologically arch. To thoracic kyphosis, children of 7 years of age showed 28,07o±7,73 and ones of 8 years of age 30,32o±7,73. It was not identify a pattern of postural symmetry to the studied sample and it was found differences between sex and age for some of the analyzed segments. The values found in this study may help in the physiotherapy treatment when they are associated with other aspects of the clinical assessment and symptomatology.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJoão, Silvia Maria AmadoPenha, Patricia Jundi2008-02-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-29042008-135958/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-29042008-135958Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Durante a infância, a postura sofre uma série de ajustes associados aos estágios de crescimento e aos problemas de equilíbrio que surgem em razão das mudanças nas proporções do corpo. A formação do esquema corporal, durante a infância, ocorre através das experiências motoras e possibilita a estruturação tônico-postural, sendo que desequilíbrios posturais adquiridos nesse período podem perdurar ao longo da adolescência e vida adulta. O objetivo deste estudo foi caracterizar quantitativamente a postura de crianças de 7 e 8 anos e verificar diferenças entre os sexos e idades quanto aos aspectos posturais analisados. Foram avaliadas 230 crianças entre 7 e 8 anos das escolas municipais da cidade de Amparo/SP. A análise postural foi feita por meio de fotografias das crianças em posição ortostática e analisadas com o auxílio de linhas guias traçadas com o software CorelDraw® v. 10.0, baseadas nos pontos ósseos. Foram medidos os seguintes segmentos - tornozelo, joelho, pelve, lombar, torácica, ombro, escápula e cabeça, além do desvio lateral da coluna, do teste do 3o dedo ao chão e da impressão plantar. Os dados foram submetidos a análises descritivas (média, desvio padrão e porcentagem) e ANOVA para verificar diferenças entre os grupos, adotando-se alfa de 5%. Foram definidos valores médios e intervalos de confiança para as variáveis analisadas. Algumas variáveis apresentaram diferenças para o sexo, como terceiro dedo ao chão, postura da cabeça, impressão plantar e distância intermaleolar. Outras apresentaram diferença significativa para a idade - cifose torácica e ombro no plano frontal. Para a lordose lombar, os meninos de 7 anos apresentaram valor médio de 38,49o±15,32 e as demais crianças 42,29o±7,13. A postura da escápula apresentou influência tanto do fator sexo quanto idade, as meninas de 7 anos apresentaram valor médio de 5,29cm±1,82 e as de 8 anos 5,67cm±1,82, os meninos de 7 anos apresentaram 5,74cm±1,97 e os de 8 anos 6,12cm±1,97. As demais variáveis analisadas não apresentaram influência do sexo e da idade, formando apenas um grupo com todas as crianças estudadas - postura de tornozelo (6,67o±4,25), joelho no plano sagital (184,28o±5,46), inclinação pélvica (15,82o±5,46), ombro no plano sagital (6,76cm±1,52), desvio lateral da coluna (3,48o±2,12) e distância intercondilar (1,14cm±1,36). Para o teste do terceiro dedo ao chão, as meninas apresentaram valor médio de 29,15cm±8,80 enquanto os meninos de 27,41cm±10,01 e, para a postura da cabeça, as meninas apresentaram ângulo médio de 49,55o±6,67 e os meninos de 52,16o±7,58. Os valores médios da impressão plantar, pelo Índice de Chipaux-Smirak, classificaram os pés, tanto das meninas (21,02%±19,71) quanto dos meninos (26,31%±22,44), com arco morfologicamente normal. Para cifose torácica, as crianças de 7 anos apresentaram 28,07o±7,73 e as de 8 anos 30,32o±7,73. Não se identificou um padrão de simetria postural para a amostra estudada e observaram-se diferenças entre o sexo e a idade para alguns dos segmentos analisados. Os valores encontrados neste estudo podem servir de auxílio no tratamento fisioterapêutico quando associados a outros fatores da avaliação e da sintomatologia clínica. |
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