Perda dentária, acesso a serviço odontológico e fragilidade em idosos da atenção primária a saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Letícia Marques de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-10112021-095408/
Resumo: Avaliou-se a associação entre perda dentária, variáveis sociodemográficas e comorbidades em relação a síndrome da fragilidade em idosos, e o acesso ao serviço odontológico. Foi realizado um estudo observacional do tipo transversal com idosos a partir de 65 anos moradores na área de abrangência da Estratégia Saúde da Família da cidade de Bauru, estado de São Paulo, Brasil. Participaram do estudo 238 idosos, os quais foram avaliados em 2015. Foram utilizados instrumentos estruturados para a coleta de dados e exame bucal. Para a variável perda dentária foi utilizado o índice de cárie com os critérios da Organização Mundial da Saúde, e para fragilidade foi utilizado o instrumento Edmonton Frail Scale que avalia nove domínios representados por onze itens, os quais foram categorizados em sem fragilidade e com fragilidade. As covariáveis sociodemográficas e relacionadas à saúde sistêmica também fizeram parte do estudo, assim como o acesso a saúde bucal o qual foi avaliado por meio do questionário da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010. Após descrição das variáveis relacionadas aos aspectos sociodemográficos, à perda dentária e fragilidade, estas foram submetidas ao teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, e, em seguida, a análise bivariada. Posteriormente foi realizada a regressão linear múltipla com variáveis independentes que apresentaram probabilidade menor que 0,20 na análise bivarada. A prevalência de fragilidade foi de 31,51% entre os idosos. Idosos acima de 75 anos apresentaram maiores índices de fragilidade (41,50%). Metade dos idosos analfabetos (50,00%), bem como 24,51% daqueles com menos de oito anos de estudo apresentaram fragilidade. Além dos idosos que não possuíam companheiro (40,59%). A presença de comorbidades esteve relacionada com a fragilidade, assim como o número de dentes, pois 58,98% dos idosos com menos de 21 dentes eram frágeis. A regressão linear múltipla revelou associação entre o menor número de dentes e a síndrome da fragilidade. Quanto ao acesso ao serviço odontológico, quatro idosos relataram nunca ter ido a esse serviço, e 55,88% realizaram a última consulta odontológica há três anos ou mais. A maioria dos idosos (57,56%) que procurou por serviço odontológico foi atendida em serviços particulares. É evidente a relação entre o menor número de dentes com a fragilidade, esse fator pode ser preditor no desenvolvimento deste agravo na pessoa idosa. Por esse motivo, não se pode descartar a atenção à saúde oral durante o processo de envelhecimento, pois pode haver uma íntima relação com a síndrome da fragilidade. Assim, o acesso de pessoas idosas ao serviço odontológico deve ser incentivado por ser de fundamental importância para promoção de uma condição bucal adequada com melhor qualidade de vida.
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Para a variável perda dentária foi utilizado o índice de cárie com os critérios da Organização Mundial da Saúde, e para fragilidade foi utilizado o instrumento Edmonton Frail Scale que avalia nove domínios representados por onze itens, os quais foram categorizados em sem fragilidade e com fragilidade. As covariáveis sociodemográficas e relacionadas à saúde sistêmica também fizeram parte do estudo, assim como o acesso a saúde bucal o qual foi avaliado por meio do questionário da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010. Após descrição das variáveis relacionadas aos aspectos sociodemográficos, à perda dentária e fragilidade, estas foram submetidas ao teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, e, em seguida, a análise bivariada. Posteriormente foi realizada a regressão linear múltipla com variáveis independentes que apresentaram probabilidade menor que 0,20 na análise bivarada. A prevalência de fragilidade foi de 31,51% entre os idosos. Idosos acima de 75 anos apresentaram maiores índices de fragilidade (41,50%). Metade dos idosos analfabetos (50,00%), bem como 24,51% daqueles com menos de oito anos de estudo apresentaram fragilidade. Além dos idosos que não possuíam companheiro (40,59%). A presença de comorbidades esteve relacionada com a fragilidade, assim como o número de dentes, pois 58,98% dos idosos com menos de 21 dentes eram frágeis. A regressão linear múltipla revelou associação entre o menor número de dentes e a síndrome da fragilidade. Quanto ao acesso ao serviço odontológico, quatro idosos relataram nunca ter ido a esse serviço, e 55,88% realizaram a última consulta odontológica há três anos ou mais. A maioria dos idosos (57,56%) que procurou por serviço odontológico foi atendida em serviços particulares. É evidente a relação entre o menor número de dentes com a fragilidade, esse fator pode ser preditor no desenvolvimento deste agravo na pessoa idosa. Por esse motivo, não se pode descartar a atenção à saúde oral durante o processo de envelhecimento, pois pode haver uma íntima relação com a síndrome da fragilidade. Assim, o acesso de pessoas idosas ao serviço odontológico deve ser incentivado por ser de fundamental importância para promoção de uma condição bucal adequada com melhor qualidade de vida.We evaluated the association between tooth loss, sociodemographic variables and comorbidities in relation to the frailty syndrome in the elderly, and access to dental services. It was an observational cross-sectional study with elderly people from 65 years old residents in the area covered by the Family Health Strategy in the city of Bauru, São Paulo State, Brazil. The study included 238 participants, which were assessed in 2015. Structured instruments were used for data collection and oral examination. For the variable tooth loss we used the dental caries index with World Health Organization criteria, and for frailty we used the Edmonton Frail Scale tool that evaluates nine domains represented by eleven items, which were categorized into \"no frailty\" and \"frailty\". Sociodemographic covariates and related systemic health were also part of the study, as well as the oral health access which was assessed by questionnaire of the Brazilian National Oral Health Survey 2010. After description of the variables related to sociodemographic characteristics, to tooth loss and frailty, these were submitted to Kolmogorov-Smirnov normality test, and then the bivariate analysis. Multiple linear regression with independent variables that were less likely than 0.20 in bivarada analysis was subsequently performed. The prevalence of frailty was 31.51% among the elderly. Seniors over 75 years showed higher frailty rates (41.50%). Half of the illiterate elderly (50.00%) and 24.51% of those with less than eight years of study showed frailty. In addition to the elderly who did not have a partner (40.59%). The presence of comorbidities was related to the frailty, as well as the number of teeth, because 58.98% of seniors with less than 21 teeth were frail. Multiple linear regression analysis revealed an association between the smaller number of teeth and the frailty syndrome. Regarding access to dental services, four elderly people reported they have never went to the dental service, and 55.88% had the last dental appointment for three years or more. Most seniors (57.56%) who looked for dental service has found it in private services. Clearly the relationship between the minimum number of teeth to the frailty, this factor might be a predictor for the development of diseases in the elderly. For this reason, we should not avoid the oral health attention during the ageing process, because there might be an intimate relationship with the frailty syndrome. Thus, the older people access to dental service should be encouraged because of the fundamental importance to promote a good oral health with better quality of life.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBastos, Roosevelt da SilvaSá, Letícia Marques de2016-04-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-10112021-095408/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-12T13:09:02Zoai:teses.usp.br:tde-10112021-095408Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-12T13:09:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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