Resistências femininas: redes de comunicação de mulheres migrantes latino-americanas na Região Metropolitana de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Canjani, Elisa Camargo
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-10022022-124842/
Resumo: O objetivo desta dissertação é compreender como as tecnologias da comunicação e informação são estruturadas e acionadas, bem como, em que medida, a constituição de redes comunicativas potencializa a capacidade de agência de mulheres migrantes bolivianas que vivem na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Tem como objeto a rede comunicativa da associação feminina formada por elas, que se utiliza do instant messenger WhatsApp. O trabalho, que adotou inicialmente a observação participante como metodologia, acompanhou as mulheres em dinâmicas reflexivas, confraternizações e ativismo político. O evento da pandemia obrigou uma correção de rota e a posição de participante foi assumida, integrando o esforço de auxílio humanitário à comunidade. Os encontros registrados em diário de campo e a comunicação pelo WhatsApp compõem o material de análise. Foram adotados dois eixos referenciais teóricos: as teorias das migrações, que fundamentam a análise olhando para a migração feminina transnacional; e as teorias da comunicação, que olham para o universo das TICs. Este trabalho justifica-se, portanto, como parte de um conjunto de pesquisas que se dedicam a refletir sobre as migrações femininas contemporâneas enquanto fenômeno gestado por questões globais em consonância com particularidades locais. Busca contribuir na compreensão das possibilidades de resistência e ressignificação das mulheres migrantes, ampliadas pelo uso das redes sociais digitais na construção de espaços de encontro, reflexão, organização e constituição de cidadãs de direitos. Os achados da pesquisa indicam que a conectividade gratuita organiza o viver migrante e é um forte instrumento de sobrevivência e construção da cidadania transnacional.
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