Sutura meniscal contínua: descrição, análise biomecânica e treinamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-15022024-122955/ |
Resumo: | Introdução: Lesões meniscais são causas comuns de dor no joelho. O tratamento cirúrgico dessas lesões pode ser realizado por meio de meniscectomia ou reparo meniscal. O reparo meniscal, quando realizado, aumenta a chance de cicatrização da área lesionada, contribuindo significativamente para a preservação do compartimento do joelho afetado. Apesar disso, estudos epidemiológicos ao redor do mundo demonstram uma maior incidência de meniscectomia parcial em comparação ao reparo meniscal. Este estudo foca no desenvolvimento de uma nova técnica cirúrgica, a sutura meniscal contínua, que visa facilitar a execução e ser possivelmente mais rápida e eficaz que a técnica padrão ouro para o reparo de lesões longitudinais. Objetivos: Comparar as técnicas de sutura inside-out vertical contínua (grupo SC) e sutura inside-out vertical tradicional (grupo IO) em lesões meniscais longitudinais do menisco medial. Inicialmente, a técnica da sutura inside-out vertical contínua foi descrita detalhadamente. A comparação entre as técnicas contínua e tradicional foi realizada por meio de análise biomecânica. Após a avaliação biomecânica, analisou-se comparativamente o treinamento das duas técnicas, avaliando o tempo que médicos cirurgiões de joelho e residentes de ortopedia utilizaram para a realização das mesmas. Resultados: Os resultados indicaram que não houve diferenças significativas entre os grupos SC e IO em termos de distância média da lesão, carga final de falha e rigidez do sistema. A técnica de sutura contínua demonstrou ser mais rápida que a tradicional, com diferenças significativas no tempo de execução. Não houve diferença significativa nos tempos de execução entre cirurgiões e residentes na sutura contínua. Conclusão: A técnica de sutura meniscal vertical contínua mostrou-se eficaz, sendo realizada em menor tempo que a tradicional, e possivelmente apresentando uma menor curva de aprendizado. Esta técnica exibiu características biomecânicas similares à técnica padrão ouro, sugerindo-se como uma boa opção para o tratamento cirúrgico de lesões meniscais longitudinais, particularmente no menisco medial. Essas conclusões apontam para a necessidade de futuras investigações clínicas para confirmar sua eficácia. |
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Sutura meniscal contínua: descrição, análise biomecânica e treinamentoContinuous meniscal suture: description, biomechanical analysis and trainingContinuous sutureMeniscal repairMeniscal sutureMeniscoMeniscusReparo de meniscoSutura contínuaSutura de meniscoIntrodução: Lesões meniscais são causas comuns de dor no joelho. O tratamento cirúrgico dessas lesões pode ser realizado por meio de meniscectomia ou reparo meniscal. O reparo meniscal, quando realizado, aumenta a chance de cicatrização da área lesionada, contribuindo significativamente para a preservação do compartimento do joelho afetado. Apesar disso, estudos epidemiológicos ao redor do mundo demonstram uma maior incidência de meniscectomia parcial em comparação ao reparo meniscal. Este estudo foca no desenvolvimento de uma nova técnica cirúrgica, a sutura meniscal contínua, que visa facilitar a execução e ser possivelmente mais rápida e eficaz que a técnica padrão ouro para o reparo de lesões longitudinais. Objetivos: Comparar as técnicas de sutura inside-out vertical contínua (grupo SC) e sutura inside-out vertical tradicional (grupo IO) em lesões meniscais longitudinais do menisco medial. Inicialmente, a técnica da sutura inside-out vertical contínua foi descrita detalhadamente. A comparação entre as técnicas contínua e tradicional foi realizada por meio de análise biomecânica. Após a avaliação biomecânica, analisou-se comparativamente o treinamento das duas técnicas, avaliando o tempo que médicos cirurgiões de joelho e residentes de ortopedia utilizaram para a realização das mesmas. Resultados: Os resultados indicaram que não houve diferenças significativas entre os grupos SC e IO em termos de distância média da lesão, carga final de falha e rigidez do sistema. A técnica de sutura contínua demonstrou ser mais rápida que a tradicional, com diferenças significativas no tempo de execução. Não houve diferença significativa nos tempos de execução entre cirurgiões e residentes na sutura contínua. Conclusão: A técnica de sutura meniscal vertical contínua mostrou-se eficaz, sendo realizada em menor tempo que a tradicional, e possivelmente apresentando uma menor curva de aprendizado. Esta técnica exibiu características biomecânicas similares à técnica padrão ouro, sugerindo-se como uma boa opção para o tratamento cirúrgico de lesões meniscais longitudinais, particularmente no menisco medial. Essas conclusões apontam para a necessidade de futuras investigações clínicas para confirmar sua eficácia.Introduction: Meniscal tears are common causes of knee pain. Surgical treatment of these injuries can be performed through partial meniscectomy or meniscal repair. Meniscal repair, when executed, increases the chances of healing the injured area, significantly contributing to the preservation of the affected knee compartment. Despite this, epidemiological studies around the world demonstrate a higher incidence of partial meniscectomy compared to meniscal repair. This study focuses on the development of a new surgical technique, continuous meniscal suture, aimed at facilitating execution and potentially being faster and more effective than the gold standard technique for the repair of longitudinal lesions. Objectives: To compare the techniques of continuous vertical inside-out meniscal suture (CS group) and traditional vertical inside-out meniscal repair (IO group) for longitudinal meniscal lesions of the medial meniscus in 28 porcine models. Initially, the technique of continuous vertical inside-out was described in detail. The comparison between the continuous and traditional techniques was made through biomechanical analysis. After the biomechanical evaluation, the training of the two techniques was comparatively analyzed, assessing the time that knee surgeons and orthopedic residents took to perform them. Results: The results indicated that there were no significant differences between the CS and IO groups in terms of average lesion displacement, ultimate failure load, and system stiffness. The continuous suture technique proved to be faster than the traditional one, with significant differences in execution time. There was no significant difference in execution times between surgeons and residents for the continuous suture. Conclusion: The continuous vertical meniscal suture technique proved to be effective, being performed in less time than the traditional method, and possibly presenting a lower learning curve. This technique exhibited biomechanical characteristics similar to the gold standard technique, suggesting it as a good option for the surgical treatment of longitudinal meniscal lesions, particularly in the medial meniscus. These conclusions point to the need for future clinical investigations to confirm its efficacy.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSalim, RodrigoFaria, José Leonardo Rocha de2023-11-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-15022024-122955/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-15022024-122955Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: Lesões meniscais são causas comuns de dor no joelho. O tratamento cirúrgico dessas lesões pode ser realizado por meio de meniscectomia ou reparo meniscal. O reparo meniscal, quando realizado, aumenta a chance de cicatrização da área lesionada, contribuindo significativamente para a preservação do compartimento do joelho afetado. Apesar disso, estudos epidemiológicos ao redor do mundo demonstram uma maior incidência de meniscectomia parcial em comparação ao reparo meniscal. Este estudo foca no desenvolvimento de uma nova técnica cirúrgica, a sutura meniscal contínua, que visa facilitar a execução e ser possivelmente mais rápida e eficaz que a técnica padrão ouro para o reparo de lesões longitudinais. Objetivos: Comparar as técnicas de sutura inside-out vertical contínua (grupo SC) e sutura inside-out vertical tradicional (grupo IO) em lesões meniscais longitudinais do menisco medial. Inicialmente, a técnica da sutura inside-out vertical contínua foi descrita detalhadamente. A comparação entre as técnicas contínua e tradicional foi realizada por meio de análise biomecânica. Após a avaliação biomecânica, analisou-se comparativamente o treinamento das duas técnicas, avaliando o tempo que médicos cirurgiões de joelho e residentes de ortopedia utilizaram para a realização das mesmas. Resultados: Os resultados indicaram que não houve diferenças significativas entre os grupos SC e IO em termos de distância média da lesão, carga final de falha e rigidez do sistema. A técnica de sutura contínua demonstrou ser mais rápida que a tradicional, com diferenças significativas no tempo de execução. Não houve diferença significativa nos tempos de execução entre cirurgiões e residentes na sutura contínua. Conclusão: A técnica de sutura meniscal vertical contínua mostrou-se eficaz, sendo realizada em menor tempo que a tradicional, e possivelmente apresentando uma menor curva de aprendizado. Esta técnica exibiu características biomecânicas similares à técnica padrão ouro, sugerindo-se como uma boa opção para o tratamento cirúrgico de lesões meniscais longitudinais, particularmente no menisco medial. Essas conclusões apontam para a necessidade de futuras investigações clínicas para confirmar sua eficácia. |
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