A percepção do enfermeiro acerca de suas vivências no acolhimento com classificação de risco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Débora Luiza da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-19032019-185339/
Resumo: O estudo teve como objetivo analisar as percepções de enfermeiros no trabalho ao aplicar a classificação de risco em serviços de Urgência e Emergência, verificar o contexto de trabalho desses enfermeiros e avaliar indicadores de desgaste, valorização e reconhecimento. Método: Estudo quantitativo descritivo do tipo estudo de caso realizado em 4 serviços de Pronto Atendimento, participaram uma amostra de 33 enfermeiros. Coleta de dados, através observação participante (consulta a documentos, conversas informais com enfermeiros e a observação propriamente dita). Além de aplicação do instrumento EIPST (Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho) construída no Brasil por Mendes (2001) com objetivo de avaliar os fatores de Desgaste, valorização e reconhecimento. Resultados. Todos os casos conheciam o Protocolo de Classificação de Risco (PCR), porém não se verificou a padronização preconizada. O registro dos atendimentos realizados na PCR foi falho devido carência ou mau funcionamento de insumos (computadores); as instalações mostraram ser inadequadas em termos de ambiência (acolhimento dos pacientes e à realização do trabalho); os tempos de espera por atendimento médico após a PCR foram demorados (média de três horas para qualquer tipo de ficha). Dos enfermeiros destacam-se que poucos possuíam especialização em urgência e emergência, embora atuassem nos locais há um tempo considerável (média de 7,9 anos). E quanto ao trabalho executado (72,73% dos enfermeiros) relataram que rotineiramente estendem sua carga horária de trabalho. O fator valorização foi o que indicou diferenças significativas em relação ao desgaste e reconhecimento. Porém, os fatores valorização e Reconhecimento se mostraram próximos da média estipulada pela escala. O fator desgaste apresentou menor escore, embora enfermeiros possam estar em situações de desgaste em pequeno grau, pois na correlação entre o fator desgaste e esforços físico (81,25%) e mental (69,88%), houve resultados estatisticamente significantes. Além disso a maioria (87,88%) consideraram sua atividade repetitiva. Também mais da metade (60,61%) percebeu a supervisão do seu trabalho inadequada. Destaca-se o desgaste ocasionado pelo trabalho noturno, pela dupla jornada de trabalho através da correlação desgaste e carga horária estendida e ter outro vínculo empregatício. Mostraram escore de indicadores de valorização significativamente superior os enfermeiros submetidos a novas tarefas, assim como os que receberam treinamento para executar as suas tarefas e o consideraram adequado. Quanto ao reconhecimento, os que trabalhavam à tarde apresentaram escores significativamente superiores de reconhecimento em relação aos que trabalhavam à noite. Também os que perceberam a supervisão como adequada, apresentaram escores de reconhecimento significativamente superiores. Conclusão. O material coletado e analisado permitiu conhecer e compreender a realidade de uma amostra de enfermeiros de serviços de Urgência e Emergência, suas peculiaridades, deficiências ou limitações e os componentes do seu trabalho geradores de desgaste, favorecedores da valorização e reconhecimento. Melhoras devem ocorrer para a aplicação da PCR pois não há padronização na aplicação, além dos espaços e insumos para a sua realização não se mostrarem adequados para os profissionais e pacientes
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Além de aplicação do instrumento EIPST (Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho) construída no Brasil por Mendes (2001) com objetivo de avaliar os fatores de Desgaste, valorização e reconhecimento. Resultados. Todos os casos conheciam o Protocolo de Classificação de Risco (PCR), porém não se verificou a padronização preconizada. O registro dos atendimentos realizados na PCR foi falho devido carência ou mau funcionamento de insumos (computadores); as instalações mostraram ser inadequadas em termos de ambiência (acolhimento dos pacientes e à realização do trabalho); os tempos de espera por atendimento médico após a PCR foram demorados (média de três horas para qualquer tipo de ficha). Dos enfermeiros destacam-se que poucos possuíam especialização em urgência e emergência, embora atuassem nos locais há um tempo considerável (média de 7,9 anos). E quanto ao trabalho executado (72,73% dos enfermeiros) relataram que rotineiramente estendem sua carga horária de trabalho. O fator valorização foi o que indicou diferenças significativas em relação ao desgaste e reconhecimento. Porém, os fatores valorização e Reconhecimento se mostraram próximos da média estipulada pela escala. O fator desgaste apresentou menor escore, embora enfermeiros possam estar em situações de desgaste em pequeno grau, pois na correlação entre o fator desgaste e esforços físico (81,25%) e mental (69,88%), houve resultados estatisticamente significantes. Além disso a maioria (87,88%) consideraram sua atividade repetitiva. Também mais da metade (60,61%) percebeu a supervisão do seu trabalho inadequada. Destaca-se o desgaste ocasionado pelo trabalho noturno, pela dupla jornada de trabalho através da correlação desgaste e carga horária estendida e ter outro vínculo empregatício. Mostraram escore de indicadores de valorização significativamente superior os enfermeiros submetidos a novas tarefas, assim como os que receberam treinamento para executar as suas tarefas e o consideraram adequado. Quanto ao reconhecimento, os que trabalhavam à tarde apresentaram escores significativamente superiores de reconhecimento em relação aos que trabalhavam à noite. Também os que perceberam a supervisão como adequada, apresentaram escores de reconhecimento significativamente superiores. Conclusão. O material coletado e analisado permitiu conhecer e compreender a realidade de uma amostra de enfermeiros de serviços de Urgência e Emergência, suas peculiaridades, deficiências ou limitações e os componentes do seu trabalho geradores de desgaste, favorecedores da valorização e reconhecimento. Melhoras devem ocorrer para a aplicação da PCR pois não há padronização na aplicação, além dos espaços e insumos para a sua realização não se mostrarem adequados para os profissionais e pacientesThe study aimed to analyze the perceptions of nurses at work when applying the classification of risk in and Emergency services, verify the work context of these nurses and evaluate indicators of wear, recovery and recognition. Methods: A quantitative descriptive study of the type of case study carried out in 4 emergency services, participated a sample of 33 nurses. Data collection through participant observation (query documents, informal conversations with nurses, and the observation itself) In addition to applying the instrument the Scale of Pleasure and Suffering at Work, built in Brazil by Mendes (2001) with the objective of evaluating the factors of Wear, valorization and recognition. Results: All cases were familiar with the Risk Classification Protocol (RCP) but the recommended standardization was not verified. The registry of the consultations realized in the PCR was flawed due to lack or poor functioning of inputs (Computers). Facilities proved to be inadequate in terms of ambience (patient care and the performance of work); the waiting times for medical care after the RCP were delayed (average of three hours for any type of card); Of the nurses, it should be noted that few had specialization in emergency and emergency, although they have acted locally for a considerable time (average of 7.9 years) Regarding the work performed (72.73% of the nurses). reported that they routinely extend their workload. The valorization factor indicated significant differences in wear and recognition. However, the valuation and recognition factors were close to the mean stipulated by the scale. Wear factor presented lower score, although nurses may be in low-grade wear situations, because in the correlation between the wear factor and physical (81.25%) and mental (69.88%) efforts, there were statistically significant results. In addition, the majority (87.88%) considered their activity repetitive. Also, more than half (60.61%) perceived the supervision of their work inadequate. Emphasis is given to wear and tear caused by night work, by double working hours through the correlation of wear and extended working hours and having another employment relationship. They showed a significantly higher score for nurses who underwent new tasks, as well as those trained to perform their tasks and considered it appropriate. As for recognition, those who worked in the afternoon presented significantly higher scores of recognition than those who worked at night. Also those who perceived supervision as adequate presented significantly higher recognition scores, Conclusion: The material collected and analyzed allowed to know and understand the reality of a sample of emergency and emergency services nurses, their peculiarities, deficiencies or limitations and the components of their work that generate wear, favoring the recovery and recognition. Improvements must occur for the application of RCP since there is no standardization in the application beyond the spaces and inputs for its realization not to be adequate for professionals and patients.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLuis, Margarita Antonia VillarSilva, Débora Luiza da2018-10-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-19032019-185339/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-08T22:31:01Zoai:teses.usp.br:tde-19032019-185339Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-08T22:31:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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