Controle biológico de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae) com Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-12092006-161606/ |
Resumo: | Baseando-se em estudos de seleção de linhagens, comportamento, liberação e avaliação de parasitismo, incluindo-se técnicas de marcação com radioisótopos 32P, objetivou-se, nesta pesquisa, verificar em laboratório e no campo, a espécie de Trichogramma mais eficiente para o controle de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927). Assim, verificou-se em laboratório que Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, quando comparada com T. pretiosum Riley, 1879, foi a espécie com maior potencial para o controle desta praga. Foi observado que T. atopovirilia apresentou um maior parasitismo na faixa de 20 a 30°C quando comparado às temperaturas de 10, 15 e 35°C, sendo que nesta faixa (15 a 35°C) o parasitismo aumentou a partir de 2 horas de exposição. Houve aumento no parasitismo e na longevidade dos parasitóides, quando foi oferecida uma fonte de alimento (mel puro) aos adultos, logo após a emergência. O parasitismo foi também superior nos ovos mais novos, especialmente, aqueles com 24 horas de desenvolvimento embrionário, comparados aos de 48 e 72 horas, respectivamente, o que pode auxiliar na definição do momento de liberação dos parasitóides no campo. A dosagem do radioisótopo 32P, utilizada para a marcação de espécimens de Trichogramma não interferiu na aceitação e parasitismo de ovos de E. aurantiana e no desenvolvimento dos parasitóides na geração subseqüente. Em condições de campo, o número de parasitóides a serem liberados foi variável dependendo da época do ano. Assim, foram necessários 72 e 288 parasitóides por ovo, nos períodos de abril a junho e de julho a setembro, respectivamente. O grande número de aerópilas presente nos ovos de E. aurantiana facilita o seu ressecamento quando mantidos em substratos artificiais, afetando o comportamento do parasitóide e a sua capacidade de parasitismo em campo. O raio de dispersão e a eficiência de parasitismo em função da distância percorrida por T. atopovirilia foram determinados usando-se o marcador 32P na dosagem determinada. Houve diminuição do parasitismo com o aumento da distância do ponto inicial de liberação dos parasitóides. Observou-se, que nas primeiras 24 horas, as maiores taxas de parasitismo de T. atopovirilia ocorreram entre 8 e 10 m do ponto central de liberação, correspondendo a uma área de 171 m2 de dispersão para os pomares cítricos. Baseando-se nestes resultados, serão necessários 60 pontos de liberação por unidade de área (ha), para viabilizar o uso de T. atopovirilia como uma estratégia de controle biológico de E. aurantiana. |
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Controle biológico de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae) com Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983Biological control of Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae) with Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983bicho-furão-dos-citrosbiologiabiological controlbiologycitrus fruit borercontrole biológicoradioisótoporadiosotopesBaseando-se em estudos de seleção de linhagens, comportamento, liberação e avaliação de parasitismo, incluindo-se técnicas de marcação com radioisótopos 32P, objetivou-se, nesta pesquisa, verificar em laboratório e no campo, a espécie de Trichogramma mais eficiente para o controle de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927). Assim, verificou-se em laboratório que Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, quando comparada com T. pretiosum Riley, 1879, foi a espécie com maior potencial para o controle desta praga. Foi observado que T. atopovirilia apresentou um maior parasitismo na faixa de 20 a 30°C quando comparado às temperaturas de 10, 15 e 35°C, sendo que nesta faixa (15 a 35°C) o parasitismo aumentou a partir de 2 horas de exposição. Houve aumento no parasitismo e na longevidade dos parasitóides, quando foi oferecida uma fonte de alimento (mel puro) aos adultos, logo após a emergência. O parasitismo foi também superior nos ovos mais novos, especialmente, aqueles com 24 horas de desenvolvimento embrionário, comparados aos de 48 e 72 horas, respectivamente, o que pode auxiliar na definição do momento de liberação dos parasitóides no campo. A dosagem do radioisótopo 32P, utilizada para a marcação de espécimens de Trichogramma não interferiu na aceitação e parasitismo de ovos de E. aurantiana e no desenvolvimento dos parasitóides na geração subseqüente. Em condições de campo, o número de parasitóides a serem liberados foi variável dependendo da época do ano. Assim, foram necessários 72 e 288 parasitóides por ovo, nos períodos de abril a junho e de julho a setembro, respectivamente. O grande número de aerópilas presente nos ovos de E. aurantiana facilita o seu ressecamento quando mantidos em substratos artificiais, afetando o comportamento do parasitóide e a sua capacidade de parasitismo em campo. O raio de dispersão e a eficiência de parasitismo em função da distância percorrida por T. atopovirilia foram determinados usando-se o marcador 32P na dosagem determinada. Houve diminuição do parasitismo com o aumento da distância do ponto inicial de liberação dos parasitóides. Observou-se, que nas primeiras 24 horas, as maiores taxas de parasitismo de T. atopovirilia ocorreram entre 8 e 10 m do ponto central de liberação, correspondendo a uma área de 171 m2 de dispersão para os pomares cítricos. Baseando-se nestes resultados, serão necessários 60 pontos de liberação por unidade de área (ha), para viabilizar o uso de T. atopovirilia como uma estratégia de controle biológico de E. aurantiana.Based on strain selection, behavior, release and parasitism evaluation studies including 32P radioisotope marking, one aimed at verifying in laboratory and field the more efficient Trichogramma species to control Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927). Thus, the comparison between Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983 and T. pretiosum Riley, 1879 in laboratory indicated the first one as the species with higher potential to control the pest. The parasitism in T. atopovirilia was observed to be higher in the 20-30°C range in comparison with temperatures of 10, 15 and 35ºC, and at the studied range (15 to 35°C), the parasitism increased starting in 2 hours of exposure. Parasitism and parasitoid longevity increased when a food source (pure honey) was offered to adults right after emergence. The parasitism was also higher in newer eggs, especially those with 24 hours of embrionary development, compared to those of 48 and 72 hours, respectively, which can help define the moment of parasitoid release in the field. The 32P radioisotope dosage used to mark Trichogramma specimens did not interfere in the acceptance and parasitism of E. aurantiana eggs and in the parasitoid development in the following generation. Under field conditions, the number of parasitoids to be released was variable, depending on the time of the year. Thus, 72 and 288 parasitoids were required per egg in the periods of April-June and July-September, respectively. The large number of aeropiles found in E. aurantiana eggs makes them dry out more easily when kept in artificial mediums, affecting the parasitoid behavior and its parasitism capacity in the field. The dispersion range and parasitism efficiency in function of the distance run by T. atopovirilia were determined through the 32P marker at the given dosage. Parasitism decreased as the distance from the initial point of parasitoid released increased. In the first 24 hours the higher T. atopovirilia parasitism rates were observed to occur between 8 and 10 m from the central release point, corresponding to an area of 171 m2 of dispersion towards the citrus groves. Based on these results, 60 release points will be necessary per area unit (ha) to make the use of T. atopovirilia viable as a biological control strategy for E. aurantiana.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPParra, José Roberto PostaliTorres, Mariuxi Lorena Gómez2005-06-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-12092006-161606/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-12092006-161606Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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