Áreas Protegidas habitadas por populações tradicionais e povos indígenas como barreira ao desmatamento na Amazônia Legal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yamane, Marcelo Hideki
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-24022021-165803/
Resumo: As taxas de desmatamento na Amazônia Legal têm crescido nos últimos anos, resultado de questões econômicas, políticas e sociais. O problema ganha destaque por conta da diversidade biológica e cultural da floresta amazônica e pela sua importância no contexto das mudanças climáticas. O problema é enfrentado por diversas frentes, o que inclui a criação e fortalecimento de Áreas Protegidas. Dentre as diversas modalidades, há aqueles que são críticos às modalidades que permitem a moradia de humanos. No entanto, povos indígenas e populações tradicionais são conhecidos pela relação específica que têm com o território, o que pode significar que esses grupos contribuem para a conservação da floresta. O objetivo do trabalho foi verificar se os territórios habitados por comunidades tradicionais (Reservas deDesenvolvimento Sustentável e Reservas Extrativistas) e povos indígenas (TerrasIndígenas) poderiam ser considerados ainda hoje como barreira ao desmatamento na Amazônia Legal. Para isso, nos focamos na relação espaço-temporal dessas áreas e entorno, a fim de verificar se as principais alterações ocorriam fora ou dentro dessas Áreas Protegidas. Utilizamos técnicas de sensoriamento remoto baseadas em estatística de pixel para imagens MODIS, em uma série histórica que vai de de 2000 a 2018, totalizando 427 imagens. Calculamos a média, desvio padrão e desvio médio absoluto dos pixels e, depois, realizamos a subtração das médias, a fim de identificar as áreas que perderam vegetação no período analisado. Também aplicamos um modelo linear de mistura espectral em imagens Landsat, a fim de verificar a precisão de nossa análise. Nossos resultados sugerem de forma didática e clara que essas áreas ainda funcionam como barreira ao desmatamento para a escala analisada.
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