O cotidiano nos espaços de morar e habitar em saúde mental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Covino, Adriana Machado
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7134/tde-19122007-162841/
Resumo: Como conseqüência dos processos de desinstitucionalização psiquiátrica, situam-se as moradias para pessoas com sofrimento psíquico com longo tempo de internação psiquiátrica, que retornam ao território. O presente estudo teve como objetivo narrar e refletir sobre o cotidiano de duas moradias para pessoas com transtornos mentais na cidade de Londres, Reino Unido, de 2002 a 2005. O caminho metodológico emergiu sob a abordagem qualitativa, com o uso da narrativa como recurso metodológico. Essas moradias abrigavam 11 pessoas de diferentes crenças e nacionalidades, tendo em comum o diagnóstico de doenças mentais crônicas e com diversos graus de dependência de cuidados em seu cotidiano, necessitando de atenção nas 24h. O acompanhamento dos moradores era realizado pelos profissionais, que não tinham necessariamente uma formação técnica na área da saúde. Estes recebiam treinamento específico para o acompanhamento e auxílio das atividades diárias dentro e fora da residência. Entre os cuidadores e os profissionais de saúde, que atuavam havia diferenças no olhar e no cuidar de cada morador. Nestas moradias, a convivência suscitou uma reflexão sobre o cotidiano das práticas de cuidado em saúde mental no ambiente de uma moradia e a noção de habitar. Destacaram-se como pontos que merecem atenção: as possibilidades de reconstrução de vidas dentro dessas moradias; as diferenças entre morar e habitar; a importância de se valorizar as ações diárias realizadas no cotidiano desses espaços como possibilidades de resgatar as subjetividades de todos seus habitantes
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